Uso de Agrotóxico ou Controle Agroecológico de Pragas e Doenças da Agricultura? Uma Reflexão a Partir do Município de Alvorada do Gurguéia-PI
DOI:
https://doi.org/10.52719/bjas.v1i2.2925Resumo
Objetivou-se com a pesquisa analisar a percepção dos agricultores de Alvorada do Gurguéia em relação ao controle de pragas e doenças das plantações, bem como os impactos e consequências das formas de controle usadas. Para isso, utilizamos a revisão bibliográfica e trabalho de campo em que foram realizadas nove entrevistas. Os resultados da pesquisa evidenciam que boa parte dos agricultores passaram a usar defensivos e fertilizantes químicos em Alvorada do Gurguéia após a chegada de um projeto para agricultura irrigada. No entanto, tais agricultores desejam alguma alternativa para substituir o uso de agrotóxicos em virtude dos impactos já percebidos no município. As discussões levam à conclusão de que apesar do investimento do capital e dos pacotes tecnológicos é possível resistir e fazer uma agricultura que considere os saberes, as culturas dos povos e os princípios da natureza. A agroecologia é posta como uma alternativa sustentável não somente para o combate de pragas e doenças da agricultura, mas para todo o sistema produtivo e social.Downloads
Referências
Altieri, M (1999). Agroecologia: bases científicas para uma agricultura sustentável. Montevideo: Nordan.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2016). Relatório das análises de amostras monitoradas no período de 2013 a 2015. Brasília,DF.
Bombardi, Larissa M. (2017). Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil e conexões com a União Europeia. São Paulo: FFLCH-USP.
Bombardi, Larissa M. (2012). Agrotóxicos e agronegócio: arcaico e moderno se fundem no campo brasileiro. Direitos Humanos no Brasil 2012 - Relatório de Rede Social de Justiça e Direitos Humanos. São Paulo.
Brasil (1989). Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989. Diário Oficial da República Federativa do Brasil.
Brasil (2000). Lei Nº 9.974, de 6 de junho de 2000. Diário Oficial da República Federativa do Brasil.
Cara, C. A. (2009). Modernização da agricultura brasileira e impactos ambientais. Perspectivas Geográficas - Unioeste Geografia. 1,2(5) 126-135.
Carneiro, F. F. (2015). Dossiê ABRASCO: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde. EPSJV/Expressão Popular.
Curvo, H. R. M.; Pignati, W. A.; & Pignatti, M. G. (2013). Morbilidade por câncer infanto-juvenil associado ao uso de agrotóxicos no Estado do Mato Grosso, Brasil. Cad. Saúde Colet., Rio de Janeiro, p. 10-17
.
De Souza, G. V. A., & Pereira, M. F. V. (2019). Matopiba: A Inteligência Territorial Estratégica (Ite) E A Regionalização Como Ferramenta/Matopiba: Strategic Territorial Intelligence And Regionalization As A Tool/Matopiba: La Inteligencia Territorial Estratégica Y La Regionalización Como Herramienta. REVISTA NERA, (47), 22-45.
De Andrade Palma, D. C., & Lourencetti, C. (2011). Agrotóxicos em água e alimentos: risco a saúde humana. Revista Brasileira Multidisciplinar, 14(2), 7-21.
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. (2013). História. (23 de outubro de 2013). Recuperado em https://www2.dnocs.gov.br/historia.
Gliessman,
Stephen R. (2002). Agroecologia: procesos ecológicos en agricultura sostenible. Turrialba, C.R.: CATIE.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2019). História. Alvora do Gurguéia. Recuperado em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pi/alvorada-do-gurgueia/panorama.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2017). Censo Agropecuário 2017. Recuperado em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pi/alvorada-do-gurgueia/pesquisa/24/75511
Instituto Nacional do Câncer. (2018). Agrotóxico. Recuperado em https://www.inca.gov.br/exposicao-no-trabalho-e-no-ambiente/agrotoxicos
Pereira, L. A., & Sousa, R. A. D. (2016). O uso intensivo de agrotóxicos: a nova questão agrária. OKARA: Geografia em Debate. 10(1) 185-194.
Pereira, M. C. B (2012). Revolução Verde. In: Caldart, Roseli Salete; Pereira, Isabel Brasil; Alentejano, Paulo; Frigotto, Gaudêncio. Dicionário da Educação do Campo. São Paulo: Expressão Popular. p. 687-691.
Petersen, P. (2012). Agriculturas Alternativas. In: Caldart, Roseli Salete, Pereira, Isabel Brasil, Alentejano, & Paulo, Frigotto Gaudêncio. Dicionário da Educação do Campo. Rio de Janeiro, São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Expressão Popular.
Primavesi, A. (1992). Agricultura sustentável: manual do produtor rural, maior produtividade, maiores lucros, respeito à terra. São Paulo, Brazil: Nobel.
Primavesi, A. (1994). Manejo ecológico de pragas e doenças: técnicas alternativas para a produção agropecuária e defesa do meio ambiente. São Paulo: Nobel.
Rigotto, R. (2011). Agrotóxicos, trabalho e saúde: vulnerabilidade e resistência no contexto da modernização agrícola no baixo Jaguaribe, CE. In Agrotóxicos, trabalho e saúde: vulnerabilidade e resistência no contexto da modernização agrícola no baixo Jaguaribe, CE (pp. 612-612).
Rufo. T. F. (2013). Modernização agrícola no sudoeste piauiense: impactos na rede urbana regional, no meio ambiente e nas comunidades. 2013. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação), Universidade Brasília, Instituto de ciências Humanas, Departamento de Geografia. Brasília- DF.
Spadotto, B. R., & Cogueto, J. V. (2019). Avanço Do Agronegócio Nos Cerrados Do Piauí: Horizontalidades E Verticalidades Na Relação Entre O Ambientalismo Dos Pobres E O Controle De Terras Pelo Capital Financeiro/The Rush Of Agribusiness In The Cerrado Of Piauí: Horizontalities And Verticalities In The Relation Between The Environmentalism Of The Poor And The Global Land Grabbing/El Avance Del Agronegocio En El Cerrado De Piauí: Horizontalidades Y Verticalidades En La Relación Entre El Ambientalismo De Los Pobres Y El Acaparamiento De Tierras. REVISTA NERA, (47), 202-229.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Brazilian Journal of Agroecology and Sustainability
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.