O efeito do método de desagregação de chuva no hidrograma de projeto para uma bacia hidrográfica rural no semiárido nordestino

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24221/jeap.4.2.2019.2376.146-156

Palavras-chave:

Bureau of Reclamation, blocos alternados, Gumbel, Bell, relações entre durações, hidrologia estatística.

Resumo

A determinação da vazão de projeto é de extrema importância para o dimensionamento de diversas obras de infraestrutura hidráulica. Nesse contexto, esse trabalho tem como objetivo avaliar a influência da metodologia de Bell e das relações entre durações na desagregação de precipitações máximas diárias para a obtenção de hidrogramas de projeto. A bacia de estudo utilizada foi a do Riacho da Cachoeira, localizada no estado da Bahia, e as séries históricas utilizadas foram obtidas na Agência Nacional de Águas. Para a construção dos hietogramas de projeto foram utilizados os métodos do Bureau of Reclamation e dos Blocos Alternados. Para a construção do hidrograma foi utilizada a metodologia do hidrograma unitário sintético do Soil Conservation Service. A distribuição Gumbel foi capaz de representar as precipitações extremas na região ao nível de significância de 5%. O método das relações entre durações apresentou um coeficiente de determinação de 99,79% enquanto que o método de Bell obteve um coeficiente de 99,64%. O método do Bureau of Reclamation gerou um pico de vazão maior que o método dos Blocos Alternados. O método de Bell gerou vazões e intensidades de precipitação maiores que o método das relações entre durações. O método de Bell com o Bureau of Reclamation apresentou as maiores vazões e o método das relações entre durações com o método dos Blocos Alternados apresentou as menores vazões.

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Biografia do Autor

Artur Paiva Coutinho, Professor Adjunto da Universidade Federal de Pernambuco

Engenheiro Civil UFPE 2009Mestre em Engenharia Civil na área de Concentração de Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos UFPE - 2011Doutor em Engenharia Civil UFPE - 2015

Lucas Ravellys Pyrrho de Alcântara, Programa de Pos Graduação em Tecnologia Energeticas e Nucleares

Engenheiro Civil pela Universidade Federal de Pernambuco Campusdo Agreste em 2018.Mestrando em Tecnologia Energeticas e Nucleares pela Universidade Federal de Pernambuco.

Ialy Rayane de Aguiar Costa, Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil

Engenheira Civil UFPE 2018Mestranda do Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil

Vitor Hugo de Oliveira Barros, Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil e Tecnologia Ambiental do Centro Acadêmico do Agreste

Engenheiro Civil UFPE Mestrando do Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil e Ambiental

Larissa Fernandes Costa, Professora substituta da Universidade Federal de Pernambuco

Engenheira Civil UFPE 2014Mestre em Engenharia Civil na área de Concentração de Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos UFPE - 2016Doutoranda em Tecnologia Energeticas e Nucleares pela Universidade Federal de Pernambuco.

Larissa Virgínia da Silva Ribas, Professora substituta da Universidade Federal de Pernambuco

Engenheira Civil UFPE 2014Mestre em Engenharia Civil na área de Concentração de Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos UFPE - 2017  

Edevaldo Miguel Alves, Professor Adjunto da Universidade Federal de Pernambuco

Licenciatura Plena em Física pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2006)Mestre em Tecnologia Energéticas e Nucleares (PROTEN) pela Universidade Federal de Pernambuco (2009), na área de Aplicação de Radioisótopos (Física de Solos) Doutor em Engenharia Civil (2015), com área de concentração em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos.

Antonio Celso Dantas Antonino, Professor Titular da Universidade Federal de Pernambuco

Professor Titular do Departamento de Energia Nuclear

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Publicado

2019-04-30

Como Citar

Coutinho, A. P., de Alcântara, L. R. P., Costa, I. R. de A., Barros, V. H. de O., Costa, L. F., Ribas, L. V. da S., Alves, E. M., & Antonino, A. C. D. (2019). O efeito do método de desagregação de chuva no hidrograma de projeto para uma bacia hidrográfica rural no semiárido nordestino. Journal of Environmental Analysis and Progress, 4(2), 146–156. https://doi.org/10.24221/jeap.4.2.2019.2376.146-156

Edição

Seção

Environmental Geotechnology