Perspectivas da Educação Ambiental na Formação Docente e os Desafios para a (Re)Construção de uma Sociedade Sustentável

Autores

Palavras-chave:

Currículo, Educação Ambiental, Formação Docente

Resumo

As discussões acerca da necessidade de transformação das sociedades que têm como fundante as forças do capital são urgentes para que seja possível pensar em sociedades sustentáveis, que degradem menos o ambiente. Para tanto, lança-se mão da tendência crítica da Educação Ambiental, que busca enfrentar a problemática socioambiental decorrente do modus vivendi e operandi das sociedades do consumo. Sendo assim, o objetivo deste escrito consiste em refletir sobre as perspectivas da Educação Ambiental nos currículos de formação docente, delineando como locus da pesquisa a Universidade Federal de Sergipe e o Instituto Federal de Sergipe, instituições públicas sergipanas que ofertam cursos de licenciatura. A pesquisa, de abordagem qualitativa e do tipo estudo de caso, teve como procedimento metodológico a análise documental curricular realizada à luz da técnica de Análise de Conteúdo. Desse modo, foram delineadas categorias que possibilitam compreender que perspectiva de Educação Ambiental tem sido abordada no cenário sergipano. Os dados desvelaram que existem possibilidades para a discussão crítica da Educação Ambiental, mas esta se encontra ainda incipiente, reverberando o que apontam os dados do cenário nacional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mônica Andrade Modesto, Universidade Federal de Sergipe/Professora

Licenciada em Pedagogia, Mestra e Doutora em Educação. Professora do Departamento de Educação da Universidade Federal de Sergipe (Campus Alberto Carvalho). Coordenadora adjunta do projeto Sala Verde na UFS e membro do GEPEASE/CNPq.

Maria Inêz Olveira Araujo, Universidade Federal de Sergipe,

Licenciada em Ciências Biológicas, Mestra e Doutora em Educação. Pós-doutora pela Universidade do Porto, com bolsa da CAPES. Professora Titular aposentada da Universidade Federal de Sergipe, com vínculo de professora voluntária no Programa de Pós-Graduação em Educação da mesma instituição. Líder do GEPEASE/CNPq

Referências

Apple, M. W. (2006). Ideologia e currículo. (3a ed., V. Figueira, Trad.). Porto Alegre: Artmed.

Araujo, M. I. O. (2008). A dimensão ambiental no currículo: construindo esperança. In M. I. O. Araujo & L. E. Oliveira (Orgs.). Desafios da formação de professores para o século XXI: o que deve ser ensinado? O que deve ser aprendido? (pp. 61-77). São Cristóvão: CESAD.

Araujo, M. I. O. (2004). A universidade e a formação de professores para a educação ambiental. In Revista brasileira de educação ambiental (n. 0, pp. 71-78). Brasília: Rede Brasileira de Educação Ambiental.

Araujo, M. L. F. (2012). O que fazer da educação ambiental crítico-humanizadora na formação inicial de professores de biologia na universidade. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco. Acesso em: https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/13022/1/tese%20Monica%20final.pdf.

Bardin, L. (2010). Análise de conteúdo. (4a ed). Lisboa: Edições70.

Brasil. (2019). Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 2, de 02 de dezembro de 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial de professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a formação inicial de professores da Educação Básica (BNC-Formação). Brasília. Acesso em: https://abmes.org.br › legislacoes › Resolucao-CNE-CEB-002-2019-12-20.

Brasil. (2013). Constituição da República Federativa do Brasil: Texto consolidado até a Emenda Constitucional nº 64 de 04 de fevereiro de 2010. Senado Federal, Brasília.

Brasil. (1999). Lei 9.795/1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília. Aceso em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm.

Brasil. (2017). Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC. Acesso em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=79601-anexo-texto-bncc-reexportado-pdf-2&category_slug=dezembro-2017-pdf&Itemid=30192>

Brasil. (2015). Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior e para a formação docente continuada. Acesso em: http://www.fenep.org.br/resolucao-no-2-de-1o-de-julho-de-2015-define-as-diretrizes-curriculares-nacionais-para-a-formacao-inicial-em-nivel-superior/.

Brasil. (2012). Resolução nº 2, de 15 de junho de 2012. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Diário Oficial da União, Brasília. Acesso em: portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao13.pdf.

Boff, L. (2017). Sustentabilidade: O que é? O que não é? Petrópolis: Vozes.

Capra, F. (2006). A Teia da Vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. (10a ed.). São Paulo: Cultrix.

Davies, N. (2016). A política educacional nos governos do PT: continuidades ou descontinuidades em relação aos do PSDB? In Revista HISTEDBR On-line. (Campinas, n. 67, pp. 39-52). Acesso em: https://www.researchgate.net/publication/312659610_A_politica_educacional_nos_governos_do_PT_continuidades_ou_descontinuidades_em_relacao_aos_do_PSDB.

Diegues, A. C. (2003). Sociedades e comunidades sustentáveis. In Publicações do Nupaub-USP. Acesso em: http://nupaub.fflch.usp.br/sites/nupaub.fflch.usp.br/files/color/comsust.pdf.

Frigotto, G., & Ciavatta, M. (2003). Educação Básica no Brasil na década de 1990: Subordinação ativa e consentida à lógica do mercado. In Educ. Soc. (Campinas, Vol. 24, n. 82, pp. 93-130). Acesso m: http://www.scielo.br/pdf/es/v24n82/a05v24n82.pdf.

Goodson, I. F. (1995). Currículo: Teoria e História. Petrópolis: Vozes.

Guerra, A. F. S. (2011). Educação ambiental e sustentabilidade: a ambientalização curricular nas práticas docentes. Fala proferida na mesa-redonda Educação socioambiental da 63ª Reunião anual da SBPC. s. p. In Anais da 63ª Reunião anual da SBPC. Acesso em: http://www.sbpcnet.org.br/livro/63ra/resumos/PDFs/arq_1246_338.pdf.

Guerra, A. F. S., & Figueiredo, M. L. (2014). Ambientalização curricular na Educação Superior: desafios e perspectivas. In Educar em Revista. (Edição Especial, n. 3, 2014, pp. 109-126). Curitiba: Editora UFPR. Acesso em: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/educar/article/view/38110/23611.

Guimarães, M. (2016). Por uma educação ambiental crítica na sociedade atual. In Revista Margens Interdisciplinares. (pp. 11-22). Acesso em: www.periodicos.ufpa.br.

Layrargues, P. P. (2012). Para onde vai a educação ambiental? O cenário político-ideológico da educação ambiental brasileira e os desafios de uma agenda política crítica contra-hegemônica. In Revista Contemporânea de Educação. (Vol. 7, n. 14, pp. 388-411). Acesso em: https://revistas.ufrj.br/index.php/rce/article/view/1677/.

Leff, E. (2018). Les universités et la formation environnementale en Amérique Latine. In Desenvolvimento e Meio Ambiente. (Vol. 47, pp. 311-335). Acesso em: https://revistas.ufpr.br/made/article/download/62454/36717.

Mészáros, I. (2011). Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. São Paulo: Boitempo, 2011.

Modesto, M. A. (2019). Pela estrada se vai com anseios no peito e pés no chão: por entre quereres e fazeres da (trans)formação ambiental na educação do campo. Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe. São Cristóvão. 205 fls. Acesso em: https://ri.ufs.br/handle/riufs/11845.

Modesto, M. A. (2016). Que revelam os discursos emergentes do currículo? Possibilidades para formação ambiental do pedagogo mediante o ensino de história. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe. São Cristóvão. 188 fls. Acesso em: https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/4760/1/MONICA_ANDRADE_MODESTO.pdf.

Motin, S., Gonçalves, R. M. T., Cassins, D. M. S. de O., & Saheb, D. (2019). Educação ambiental na formação inicial docente: um mapeamento das pesquisas brasileiras em teses e dissertações. In Investigações em Ensino de Ciências. (Vol. 02, n. 21, pp. 81-102). Acesso em: https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/1219/pdf.

Negret, F. (2018). Problemática socioambiental das favelas Sol Nascente e Pôr do Sol no Distrito Federal – 2000/2015: ausências e precariedade no espaço de vida. In Desenvolvimento e Meio Ambiente. (Vol. 46, pp. 229-253). Acesso em: https://revistas.ufpr.br/made/article/view/56375.

Ribeiro, M. A. (2018). A espetacularização da natureza no Pantanal. In Interações (Campo Grande, Vol. 19, n. 4, pp. 803-812). Acesso em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-70122018000400803&lng=en&nrm=iso.

Sacristán, J. G. (2013). O que significa o currículo? In Sacristán, J. G. (Org.). Saberes e incertezas sobre o currículo. São Paulo: Penso Editora.

Silva, T. T. (2015). Documentos de identidade: uma introdução às teorias críticas do currículo. (3a ed., 7a reimp.). Belo Horizonte: Autêntica Editora.

Taffarel, C. N. Z., & Neves, M. L. C. (2019). Tendências da educação frente à correlação de forças na luta de classes: uma análise do governo Bolsonaro na perspectiva educacional. In Estudos IAT. (Salvador, Vol. 4, n. 2, pp. 310-329). Acesso em: http://estudosiat.sec.ba.gov.br/index.php/estudosiat/article/viewFile/153/201.

Teixeira, L. A., Agudo, M. M., & Tozoni-Reis, M. F. C. (2017). Sustentabilidade ou “terra de ninguém”? – Formação de professores e educação ambiental. In Revista Trabalho, Política e Sociedade (Vol. II, n. 02, pp. 43-64). Acesso em: http://www.ufrrj.br/SEER/index.php?journal=RTPS&page=article&op=view&path%5B%5D=3259&path%5B%5D=2219.

Tozoni-Reis, M. F. C., & Campos, L. M. L. (2015). A formação de professores para a educação ambiental escolar. In Comunicações (Ano 22, n. 2, pp. 13-33).

Tristão, M. (2004). A educação ambiental na formação de professores: redes de saberes. São Paulo, AnnaBlume.

Yin, R. K. (2015). Estudo de caso: Planejamento e métodos. (5a ed., D. Grassi, Trad.). Porto Alegre: Bookman.

Downloads

Publicado

2021-12-03

Como Citar

Andrade Modesto, M., & Oliveira Araujo, M. I. (2021). Perspectivas da Educação Ambiental na Formação Docente e os Desafios para a (Re)Construção de uma Sociedade Sustentável. Mandacaru: Revista De Ensino De Ciências E Matemática, 1(1), 5–24. Recuperado de https://journals.ufrpe.br/index.php/mandacaru/article/view/4067

Edição

Seção

Formação inicial e continuada de professores