Frequência de parasitos intestinais, em amostras de fezes de cães e gatos, recebidas no laboratório de doenças parasitarias da UFPel, entre os anos de 2015 e 2016.

Autores

  • Alexsander Ferraz Departamento de Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas-RS, Brasil.
  • Bruna dos Santos Pires Departamento de Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas-RS, Brasil.
  • Eduarda Machado dos Santos Departamento de Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas-RS, Brasil.
  • Tainá Ança Evaristo Departamento de Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas-RS, Brasil.
  • Bruno Cabral Chagas Departamento de de Microbiologia e Parasitologia, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas-RS, Brasil.
  • Ana Lúcia Coelho Recuero Departamento de Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas-RS, Brasil.
  • Tanize Angonesi de Castro Departamento de Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas-RS, Brasil.
  • Leandro Quintana Nizoli Departamento de Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas-RS, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.26605/medvet-v13n1-2607

Palavras-chave:

helmintos, zoonoses, Ancylostoma, diagnóstico.

Resumo

Objetivou-se determinar a frequência de helmintos gastrintestinais de cães e gatos, em amostras fecais, recebidas e analisadas do laboratório de doenças parasitárias (Ladopar) da Faculdade de Veterinária, UFPel. No período de 2015 a 2016, foram examinadas, 737 amostras fecais, sendo 709 de cães e 28 de gatos.  Os animais avaliados, pertenciam a ambos os sexos, idades variadas e diferentes raças. As fezes foram processadas pelo método de Willis & Mollay (1921). Dentre as amostras avaliadas, 470 (63,77%) apresentaram-se positivas para algum gênero de parasito. Do total das amostras positivas, 301 (64%) apresentaram infecção única, enquanto que 169 (36%) apresentaram coinfecção por parasitos gastrointestinais. O gênero, encontrado em maior frequência, em ambas espécies, foi o Ancylostoma spp. representando 52,04% das amostras dos cães e 17,86% dos gatos. A ocorrência de parasitos com potencial zoonótico e o estreito contato entre os animais e o homem mostra a necessidade de um controle efetivo e específico, visto que a redução da carga parasitária dos animais e consequentemente do ambiente, diminui a exposição dos humanos a importantes zoonoses.

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Publicado

09-09-2019

Como Citar

Ferraz, A., Pires, B. dos S., Santos, E. M. dos, Evaristo, T. A., Chagas, B. C., Recuero, A. L. C., Castro, T. A. de, & Nizoli, L. Q. (2019). Frequência de parasitos intestinais, em amostras de fezes de cães e gatos, recebidas no laboratório de doenças parasitarias da UFPel, entre os anos de 2015 e 2016. Medicina Veterinária, 13(1), 38–42. https://doi.org/10.26605/medvet-v13n1-2607

Edição

Seção

Medicina Veterinária Preventiva