Avaliação do nível de estresse em cadelas de abrigo submetidas a um período de adaptação de sete dias em canis experimentais

Autores

  • Fernanda Vieira Henrique Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Patos-PB, Brasil.
  • Roberta Nunes Parentoni Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa-PB, Brasil.
  • Angélica Ramalho Araújo Leite Médico(a) veterinário(a) autônomo(a).
  • Dayvid Vianês Farias Lucena Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Jaboticabal-SP, Brasil
  • Rodrigo Gustavo Dantas dos Santos Médico(a) veterinário(a) autônomo(a).
  • Almir Pereira de Souza Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Patos-PB, Brasil.
  • Pedro Isidro da Nóbrega Neto Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Patos-PB, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.26605/medvet-v13n3-3288

Palavras-chave:

canino, cortisol, glicemia.

Resumo

Objetivou-se avaliar o nível de estresse em cadelas em canis experimentais durante sete dias. Foram utilizadas dez cadelas, pesando 12,96±3,19 kg com idade de 3,4±2,6 anos, provenientes da Associação Patoense de Proteção aos Animais. Amostras de sangue foram coletadas para determinação do cortisol e da glicemia. Foram mensuradas, frequências cardíaca e respiratória, temperatura retal e pressões arteriais sistólica, média e diastólica. Para avaliar clinicamente o estresse foi utilizado um Escore Composto de Estresse. O estresse obtido foi classificado em discreto (escores de 0 a 6), moderado (escores de 7 a 14) e intenso (escores >14).  Na análise estatística utilizou-se o programa computacional Bioestat 5.0 ao nível de 5% de significância. Observou-se um decréscimo do cortisol, porém, estatisticamente, apenas 144 (0,60±0,67 µg/dL) e 168 horas (0,55±0,55 µg/dL) após a chegada dos animais ao canil o cortisol diferiu do momento basal (2,78±2,7 µg/dL). O estresse foi classificado em discreto em todos os momentos (escores <6). As cadelas deste experimento não perceberam a admissão ao canil como um potencial estressor. Sugere-se que seis dias são suficientes para cadelas se adaptarem a um novo ambiente.

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Publicado

23-04-2020

Como Citar

Henrique, F. V., Parentoni, R. N., Leite, A. R. A., Lucena, D. V. F., Santos, R. G. D. dos, Souza, A. P. de, & Nóbrega Neto, P. I. da. (2020). Avaliação do nível de estresse em cadelas de abrigo submetidas a um período de adaptação de sete dias em canis experimentais. Medicina Veterinária, 13(3), 318–324. https://doi.org/10.26605/medvet-v13n3-3288

Edição

Seção

Clínica e cirurgia de pequenos animais