Limites na Transição Agroecológica dos Sistemas de Produção Diversificados e Monoculturais: Estudo de Caso no Alto Sertão de Sergipe.

Autores

  • Eliane Dalmora INSTITUTO FEDERAL DE SERGIPE
  • Irineia Rosa Nascimento Instituto Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.52719/bjas.v3i1.3968

Palavras-chave:

Semiárido

Resumo

A introdução de práticas agroecológicas é uma estratégia necessária para a convivência no semiárido, pois permite reduzir as pressões sobre a caatinga, promovendo o bem-estar animal, integrando as criações as culturas anuais e perenes para gerar maior suporte de matéria orgânica ao sistema de produção. O objetivo do estudo foi descrever, comparativamente os sistemas de produção que apresentaram potenciais e limites para a transição agroecológica no semiárido. O estudo comparativo foi realizado na Colônia Agrícola Salete Strozake (município de Poço Redondo) e no Assentamento Jacaré Curutuba (município de Canindé de São Francisco), localizados próximos.  Para o diagnóstico foi aplicado o roteiro do Plano de Manejo Orgânico. Também foram realizadas ações de extensão envolvendo reuniões, debates e aplicações de práticas agroecológicas.  Foram utilizados os indicadores autonomia, estabilidade e diversidade ao realizar o comparativo dos sistemas de produção.  O sistema simplificado se caracterizou pela dependência de insumos e a comercialização indireta, sem participar na definição dos preços dos produtos.  Já no sistema diversificado havia o uso dos insumos internos ao sistema, buscando mercados locais e regionais de comercialização.  Observou-se os limites dos sistemas de produção para gerar renda, garantir autonomia alimentar e adaptação das tecnologias para a realidade ambiental do semiárido.  Os sistemas de produção diversificados igualmente são vitimados pela escassez das águas devido, a não adequação do sistema de produção a realidade do semiárido. A aplicação do plano de manejo orgânico favoreceu o debate identificando limites dos sistemas usais e a necessidade de suplantar práticas da agricultura convencional. 

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Biografia do Autor

Eliane Dalmora, INSTITUTO FEDERAL DE SERGIPE

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Maria (1989), mestrado em Extensão Rural pela Universidade Federal de Santa Maria (1994) e doutorado em Interdisciplinar em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004).Professora efetiva no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sergipe- Campus São Cristovão. Atua no Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia. Tem experiência na área de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural, atuando principalmente nas seguintes temáticas: agricultura familiar, agroecologia, ecodesenvolvimento, etnodesenvolvimento e sistemas de produção.

Irineia Rosa Nascimento, Instituto Federal de Sergipe

Possui graduação em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1987), mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Sergipe (1997) e doutorado em Química Analítica pela Universidade Federal da Bahia (2009). Professora efetiva do Instituto Federal de Sergipe, Campus São Cristóvão - Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia (2010). Tem experiência na área de Ciências Agrárias, desenvolvendo trabalhos sobre Sistemas de Produção Agrícola Sustentável e Agroecologia, Ciência de Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Avaliação e Controle de Qualidade de Alimentos. Atua principalmente nos seguintes temas: agricultura familiar, agroecologia, qualidade do leite e comunidades tradicionais. É professora orientadora do Programa de Mestrado em Turismo do IFS - PPMTUR , Líder do Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos Agroecológicos do IFS - NEA-IFS. Atualmente exerce o cargo de Diretora de Assuntos Estudantis do IFS.

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Publicado

2021-08-22

Como Citar

Dalmora, E., & Nascimento, I. R. (2021). Limites na Transição Agroecológica dos Sistemas de Produção Diversificados e Monoculturais: Estudo de Caso no Alto Sertão de Sergipe. Brazilian Journal of Agroecology and Sustainability, 3(1). https://doi.org/10.52719/bjas.v3i1.3968

Edição

Seção

Artigos