Limites na Transição Agroecológica dos Sistemas de Produção Diversificados e Monoculturais: Estudo de Caso no Alto Sertão de Sergipe.
DOI:
https://doi.org/10.52719/bjas.v3i1.3968Palavras-chave:
SemiáridoResumo
A introdução de práticas agroecológicas é uma estratégia necessária para a convivência no semiárido, pois permite reduzir as pressões sobre a caatinga, promovendo o bem-estar animal, integrando as criações as culturas anuais e perenes para gerar maior suporte de matéria orgânica ao sistema de produção. O objetivo do estudo foi descrever, comparativamente os sistemas de produção que apresentaram potenciais e limites para a transição agroecológica no semiárido. O estudo comparativo foi realizado na Colônia Agrícola Salete Strozake (município de Poço Redondo) e no Assentamento Jacaré Curutuba (município de Canindé de São Francisco), localizados próximos. Para o diagnóstico foi aplicado o roteiro do Plano de Manejo Orgânico. Também foram realizadas ações de extensão envolvendo reuniões, debates e aplicações de práticas agroecológicas. Foram utilizados os indicadores autonomia, estabilidade e diversidade ao realizar o comparativo dos sistemas de produção. O sistema simplificado se caracterizou pela dependência de insumos e a comercialização indireta, sem participar na definição dos preços dos produtos. Já no sistema diversificado havia o uso dos insumos internos ao sistema, buscando mercados locais e regionais de comercialização. Observou-se os limites dos sistemas de produção para gerar renda, garantir autonomia alimentar e adaptação das tecnologias para a realidade ambiental do semiárido. Os sistemas de produção diversificados igualmente são vitimados pela escassez das águas devido, a não adequação do sistema de produção a realidade do semiárido. A aplicação do plano de manejo orgânico favoreceu o debate identificando limites dos sistemas usais e a necessidade de suplantar práticas da agricultura convencional.Downloads
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