EFEITO DE INDUTORES DE RESISTÊNCIA NO CONTROLE DA ANTRACNOSE DO BASTÃO DO IMPERADOR (ETLINGERA ELATIOR)
Palavras-chave:
Colletotrichum gloeosporioides, controle alternativo, flores tropicais, indução de resistênciaResumo
O cultivo de flores tropicais no Nordeste ocorre nas regiões de maior precipitação e umidade, favorecendo a ocorrência de doenças causadas por fungos, bactérias, nematoides e vírus. Dentre estas se destaca a antracnose, principalmente, pela redução da qualidade das inflorescências para comercialização. Este trabalho objetivou avaliar o efeito de indutores de resistência no controle da antracnose pós-colheita em bastão do imperador e detectar a atividade da proteína de defesa de plantas ?-1,3- glucanase nas inflorescências. Os indutores foram aplicados por pulverização na inflorescência fechada, e 5 a 7 dias após a abertura. Foram testados: Acibenzolar-S-methyl 10 e 20g PC/100 L de água; jasmonato 15 e 30 mg/L de água; Agro-mos® 100-200 mL/ 100 L de água; Crop-Set® 100-200 mL/ 100 L de água; Ecolife®40 100-200 mL/ 100 L de água; Tiofanato-metilico 50-70 g/ 100 L de água, e controle tratado com água. Foram avaliadas as dimensões das lesões e atividade da ?-1,3-glucanase. O isolado de Colletotrichum gloeosporioides, foi identificado pela obtenção de fragmento de 450 pb na reação em cadeia da polimerase (PCR), utilizando os oligonucleotídeos específicos CgInt e ITS4. Houve redução da severidade da antracnose quando jasmonato (2,75 cm) e Crop-set® (2,90 cm) foram utilizados na maior dose, embora sem diferir da testemunha (3,69 cm). Maior atividade de ?-1,3-glucanase resultou da aplicação de Crop-set® (164,71) e Ecolife®40 (145,93) na maior dose, e de jasmonato (147,27) na menor dose, em relação à testemunha (82,69).Downloads
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