POLÍTICAS DE DEFESA COMERCIAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A CADEIA PRODUTIVA DO COCO DO BRASIL
Resumo
Entre o final da década de 1980 e início da década de 1990, ocorreu um período de seca no Nordeste (LACERDA et al, 2014/2015), episódio comum no seu território semiárido, mas que nessa oportunidade se estendeu ao litoral e Mata Atlântica, onde se situavam, entre outros cultivos, mais de 90% dos coqueirais do tipo gigante, também conhecido como ‘comum’. Em consequência, houve frustação de safra de coco, cujo fruto seco é a principal matéria-prima para a fabricação do coco ralado, leite de coco e outros derivados (IBGE, 2018).Com a redução das colheitas, e sob o argumento de escassez dessa matéria-prima, parte das empresas processadoras de coco, então todas elas localizadas no Nordeste, se mobilizou no sentido de obter autorização do governo federal para proceder a importação de coco ralado, que é o substituto perfeito do coco seco na fabricação de coco ralado, leite de coco, doces de coco, entre outros derivados. Comporta assinalar que até a década de 1990 era diminuta a abertura comercial brasileira, sobretudo para produtos de origem vegetal e animal, e o coco ralado era um dos produtos cuja importação não estava autorizada (CORSEUIL; KUME, 2003).Downloads
Referências
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