Sazonalidade na produção de serrapilheira em dois manejos no semiárido tropical

Autores

  • José Bandeira Brasil Universidade Federal do Ceará
  • Eunice Maia de Andrade Universidade Federal do Ceará
  • Deodato do Nascimento Aquino Universidade Federal do Ceará
  • Lécio Resende Pereira Júnior Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.24221/jeap.2.3.2017.1335.167-176

Palavras-chave:

Floresta tropical seca, precipitação, similaridade

Resumo

O material que é depositado ao longo do ano nas florestas tem importante papel na formação da serrapilheira, especialmente em ambientes sob estresse, como ocorre no semiárido. Este estudo objetivou identificar a inferência da cobertura vegetal na produção de serrapilheira em floresta tropical seca-Caatinga. A área em estudo localiza-se na bacia hidrográfica do Alto Jaguaribe no município de Iguatu-CE. Foram monitoradas duas microbacias, uma mantida com cobertura vegetal de caatinga em regeneração há 38 anos e outra com manejo de raleamento, mantendo-se as espécies vegetais com circunferência do caule ? 10 cm. As coletas de serrapilheira foram realizadas mensalmente (janeiro de 2011 a dezembro de 2013). Foram utilizadas 15 caixas de 1m2 dispostas aleatoriamente em cada microbacia hidrográfica. A quantidade média de serrapilheira produzida nas parcelas com caatinga em regeneração e caatinga raleada foram da ordem de 4.277,2 e 2.248,0 kg.ha-1.ano-1, respectivamente. A produção de serrapilheira apresentou um caráter sazonal, com picos de produção imediatamente posterior a quadra chuvosa, produzindo respectivamente 62,1% e 47,9% de toda a serrapilheira nos meses de maio a setembro. Isso evidencia que a caatinga em regeneração apresentou maior produção devido a sua maior quantidade de indivíduos arbóreos e maior quantidade de espécies.

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Publicado

2017-07-31

Como Citar

Brasil, J. B., Andrade, E. M. de, Aquino, D. do N., & Pereira Júnior, L. R. (2017). Sazonalidade na produção de serrapilheira em dois manejos no semiárido tropical. Journal of Environmental Analysis and Progress, 2(3), 167–176. https://doi.org/10.24221/jeap.2.3.2017.1335.167-176