Compreensão, Uso e Cultivo de Plantas em Ambientes Residenciais Urbanos em Alagoas, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.52719/bjas.v3i1.3923Abstract
Desde épocas muito remotas, as plantas fazem parte da vida e cotidiano das pessoas em vários aspectos, desde ao consumo, até a saberes e valores relacionados à religião. Por meio do presente estudo objetivou-se descrever um perfil social de uma parcela da população do estado de Alagoas, Brasil, sobre a compreensão, uso e formas de cultivo de plantas em espaços residenciais urbanos. Para tanto, como procedimentos metodológicos, foi adotada a estratégia de questionários estruturados por meio de plataforma eletrônica do Google forms, onde o questionário foi disseminado por meio de plataformas digitais. Subsequentemente, foi realizada a avaliação dos dados coletados por meio das perguntas (gênero, faixa etária, renda, aspectos inerentes às formas e locais de cultivo, motivações e tipos de plantas cultivadas). Os dados foram avaliados quantitativamente por meio da porcentagem, e os dados qualitativos foram interpretados e discutidos. Assim, percebeu-se que a maioria dos entrevistados pertence ao gênero feminino com faixa etária e renda familiar diversa. Quanto ao nível de escolaridade foi abarcada uma parcela com alto nível de instrução majoritariamente superior e pós-graduação. As regiões mais representadas na pesquisa foram Metropolitana e Serrana dos Quilombos (Zona da Mata), o que não influenciou em regionalismos inerentes às espécies cultivadas, onde foi observada uma vasta diversidade entre cultivo de plantas para fins alimentícios, medicinais e estéticos. Ademais, os entrevistados descrevem o uso de meios alternativos quando necessário no controle de pragas, e tem a internet como um dos principais meios de busca de informações sobre o cultivo de plantas. Assim, o cultivo de plantas em espaços residenciais domésticos está relacionado a fatores como facilidade de acesso, facilidade de manutenção, fatores relacionados à saúde e estética pessoal e residencial, bem como valores místicos e espirituais que possam ser exercidos por elas.Downloads
References
Alagoas em Dados (2020). Regiões de Planejamento (3a ed.). Recuperado em 01 set. 2020, de http://dados.al.gov.br/dataset/regioes-de-planejamento-do-estado-de-alagoas/resource/539cdf8a-3fb5-4af7-89da-26d96a90d21e.
Amaral, C. N., & Guarim-Neto, G. (2008). Os quintais como espaços de conservação e cultivo de alimentos: um estudo na cidade de Rosário Oeste (Mato Grosso, Brasil). Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi Série Zoologia, 3(3), 329-41.
Branco, S. M. (1997). O meio ambiente em debate. São Paulo: Moderna.
Carnielo, M. A., Silva, R. S., Cruz, M. A. B., & Guarim-Neto, G. (2010). Quintais urbanos de Mirassol D’Oeste - MT, Brasil: uma abordagem etnobotânica. Acta Amazonica, 40(3), 451-70. https://doi.org/10.1590/S0044-59672010000300005.
Cidreira-Neto, I. R. G., & Rodrigues, G. G. (2017). Relação homem-natureza e os limites para o desenvolvimento Sustentável. Revista Movimentos Sociais e Dinâmicas Espaciais, 6(2), 142-156.
Costantin, A. M., & Vieira, A. R. R. (2004). Quintais agroflorestais: uma perspectiva para a segurança alimentar de uma comunidade do município de Imaruí - SC. Anais do Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais, Curitiba, PR, Brasil, 5.
Cunha, S. A., & Bortollo, I. M. Etnobotânica de plantas medicinais no Assentamento Monjolinho, Município de Anastácio, Mato Grosso do Sul. Acta Botanica Brasilica, 25(3), 685-98. https://doi.org/10.1590/S0102-33062011000300022.
Freiras, A. V. L., Coelho, M. F. B., Maia, S. S. S., & Azevedo, R. A. B. (2012). Plantas medicinais: um estudo etnobotânico nos quintais do Sítio Cruz, São Miguel, Rio Grande do Norte, Brasil. Revista Brasileira de Biociênciência, 10(1), 48-59.
Gil, A. C. (2019). Métodos e técnicas de pesquisa social (5a ed.). São Paulo: Atlas.
Gonçalves, M. C. F. (2006). Filosofia da natureza. São Paulo: Zahar.
Hedberg, I. (1987). Research on medicinal and poisonous plants of the tropics – past, present and future. International Botanica Congress, Berlin, DE.
Loboda, C. R., & Angelis, B. L. D. (2005). Áreas verdes públicas urbanas: conceitos, usos e Funções. Ambiência, 1(1), 125-139.
Maanem, J. V. (1979). Reclaiming qualitative methods for organizational research: a preface. Administrative Scince Quarterly, 24(4), 520-526.
Marconi, M. A., & Lakatos, E. (2020). Fundamentos de metodologia científica (8a ed.). São Paulo: Atlas.
Mendonça, M. A. F. C., Levy, R., & Firmino, F. (2018). Os quintais produtivos urbanos e periurbanos em Três Corações, MG. Cadernos de Agroecologia, 13(1), 1-6.
Naves, J. G. P., & Bernardes, M. B. J. (2014). A Relação histórica homem/natureza e sua importância no enfrentamento da questão ambiental. Geosul, 29(57), 7-26. https://doi.org/10.5007/2177-5230.2014v29n57p7.
Queiroz, D. P. N., & Lamano-Ferreira, A. P. N. (2014). Diversidade e uso de plantas cultivadas em quintais residenciais urbanos localizados na Região da Vila Maria, Zona Norte de São Paulo, SP, Brasil. UNOPAR Científica Ciências Biológicas e Saúde, 16(4), 299-305. https://doi.org/10.17921/2447-8938.2014v16n4p%25p.
Rover, J. O. (2012). O método científico em ciências sociais: dos documentos, questionários e entrevistas à análise de enunciados. Revista Grifos, 21(32/33), 14-28.
Santos, S. R., Francos, M. S., & Lamano-Ferreira, A. P. N. (2014). Perfil socioambiental de moradores que cultivam recursos vegetais em espaços residenciais no município de Guarulhos, SP. Periódico Técnico e Científico Cidades Verdes, 2(3), 1-11. http://dx.doi.org/10.17271/23178604232014717.
Savi, A. C., Hutner Junior, O. L., Faria, F. C., & Uhmann, I. M. S. (2019). Práticas de agricultura urbana: uma análise do cultivo de hortaliças em telhados verdes. Brazilian Journal of Development, 5(10), 20746-20749. https://doi.org/10.34117/bjdv5n10-253.
Selltiz, C., Jahoda, M., Deutsch, M., & Cook, S. W. (1975). Métodos de pesquisa nas relações sociais (5a ed.). São Paulo: EDUSP.
Siviero, A., Delunardo, T. A., Haverroth, M., Oliveira, L. C., & Mendonça, A. M. S. (2011). Cultivo de espécies alimentares em quintais urbanos de Rio Branco, Acre, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 25(3), 549-56. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062011000300006.
Souza, C. C. V., & Scudeller, V. V. (2011). Diversidade vegetal nos quintais do baixo Rio Negro – Manaus (AM). Cadernos de Agroecologia, 6(2).
Thiollent, M. (1998). Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez.
Vendruscolo, G. S., & Mentz, L. A. (2006). Levantamento etnobotânico das plantas utilizadas como medicinais por moradores do bairro Ponta Grossa, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia Série Botanica, 61(1), 83-103.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Agroecology and Sustainability
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.