Inventário das plantas arbustivo-arbóreas utilizadas na arborização urbana em praças públicas
DOI:
https://doi.org/10.24221/jeap.3.2.2018.1834.241-249Palavras-chave:
Áreas verdes, espécies arbustivo-arbóreas, fitossanidadeResumo
Áreas verdes são espaços livres na cidade que devem possuir algum tipo de vegetação e tendem a assumir funções social, estética, ecológica, educativa e psicológica. A arborização urbana caracteriza-se como um dos elementos mais importantes que compõem o ecossistema das cidades e parte dessa arborização envolve as praças da cidade. Picos é uma cidade que apresenta temperaturas altas o ano todo e espaços públicos, como suas praças, são uma alternativa para proporcionar bem-estar para a população em geral. Deste modo, este estudo objetivou realizar um inventário das plantas arbustivo-arbóreas existentes em cinco das principais praças do município de Picos-PI, considerando: riqueza e abundância de espécies, fitossanidade, origem fitogeográfica e presença de plantas tóxicas. Um total 252 indivíduos vegetais foi levantado, distribuídos em 35 espécies e 17 famílias botânicas. As cinco espécies de maior ocorrência foram Ixora coccinea, Azadirachta indica, Adenanthera pavonina, Terminalia catappa e Duranta repens, representando 62,69% da comunidade estudada, sendo a praça Antenor Neiva a de maior riqueza de indivíduos. Na relação entre riqueza e abundância de espécies, verificou-se 7,2 indivíduos/espécie. Com relação à origem fitogeográfica, identificou-se 51% de espécies exóticas e 49% de nativas. A análise da fitossanidade mostrou que 95,23% das árvores encontram-se em boas condições, sem apresentar danos visíveis. Quanto à presença de plantas tóxicas ou comprovada atividade alergênica, indicou-se as espécies Thevetia peruviana, Duranta repens e Mangifera indica, as quais podem representar algum risco para as pessoas que frequentam as praças.Downloads
Referências
AMARAL, E. V. E. J.; GUILHERME, F. A. G. 2014. Arborização em praças no município de Jataí, GO, Brasil. Revista Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 9, n. 2, p 18-33.
APG IV (ANGIOSPERM PHYLOGENY GROUP). 2016. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classifcation for the orders and families of flow. ering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society, v. 181, n. 1, p. 1-20.
ASSUNÇÃO, K. C.; LUZ, P. B.; NEVES, L. G.; SOBRINHO, S. P. 2014. Levantamento quantitativo da arborização de praças da cidade de Cáceres/MT. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 9, n. 1, p 123-132.
BARGOS, D. C; MATIAS, L. F. 2011. Áreas verdes urbanas: um estudo de revisão e proposta conceitual. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v.6, n.3, p.172-188.
BOENI, B. O.; SILVEIRA, D. 2011. Diagnóstico da arborização urbana em bairros do município de
Porto Alegre, RS, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v.6, n.3, p.189-206, 2011.
BRITO, D. R. S.; RAABEL, J. ; SOUSA, W. C.; MELO, R. R.; PEDROSA, T. D. 2012. Diagnóstico da arborização das praças pública no município de Bom Jesus, Piauí. Scientia plena, v. 8, n. 4. p. 1-6.
CAMILO, M. T. A.; MIRANDA, S. C. 2015. A vegetação lenhosa nas praças públicas do município de Palmeiras de Goiás-GO. SaBios, v. 10, n. 3, p. 119-127.
COSTA, C. F.; FONSECA, R. S.; ALMEIDA, D. B.; OLIVEIRA, M. S.; OLIVEIRA, D. S.; BRAGA, J. H. P. 2017. Espécies utilizadas na arborização em praças do município de Caxias, Maranhão. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 12, n. 1, p. 65-78.
DIZERÓ, J. D. 2006. Praça do interior paulista: estudos de caso nas cidades de Ribeirão Preto e Monte Alto/SP. Dissertação de Mestrado. Pontifícia Universidade Católica de Campinas- PUC, Campinas, 159p.
FERNANDES, A.; BEZERRA, P. 1990. Estudo fitogeográfico do Brasil. Stylus Comunicações, Fortaleza.
FREITAS, W. K.; PINHEIRO, M. A. S.; ABRAHÃO, L. L. F. 2015. Análise da Arborização de Quatro Praças no Bairro da Tijuca, RJ, Brasil. Floresta e Ambiente, v. 22, n. 1, p. 23-31.
GÓES, G. S.; OLIVEIRA, M. Z. A. 2011. Arborização de ruas e praças em Salvador, Bahia. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v.6, n.2, p. 22-43.
GUIZZO, D. J.; JASPER, A. 2005. Levantamento das espécies arbóreas dos passeios das vias públicas do Bairro Americano de Lajeado – RS, com indicação de problemas já existentes. Pesquisas botânica, São Leopoldo, n 56, p.185-208.
IBGE. 2014. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: < http: http:// www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=220800. Acesso em 12 de dezembro de 2014.
LEÃO, T. C. C.; ALMEIDA, W. R.; DECHOUM, M. de S.; ZILLER, S. R. 2011. Espécies Exóticas Invasoras no Nordeste do Brasil: Contextualização, Manejo e Políticas Públicas. Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste e Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental. Recife, PE.
LIMA NETO, E. M.; RESENDE, W. X. R.; SENA, M. G. D.; SOUZA, R. M. S. 2007. Análise das áreas verdes das praças do bairro centro e principais avenidas da cidade de Aracaju-SE. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 2, n. 1, 2p. 17-33.
LINDENMAIER, S. D.; SANTOS, O. 2008. Arborização urbana das praças de Cachoeira do Sul-RS-BRASIL: Fitogeografia, diversidade e índice de áreas verdes. Revista Pesquisas botânicas, n.59, p. 208-319.
LORENZI, H. 2001. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 1. 4ª. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum.
LORENZI, H. 2002. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 2. 2ª. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum.
LORENZI, H. 2009. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil, vol. 3. 1ª. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum.
LORENZI, H. 2013. Plantas para jardim no Brasil: herbáceas, arbustivas trepadeiras. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum.
LORENZI, H. KAHN, F.; NOBLICK, L. R.; FERREIRA, E. 2010. Flora brasileira Lorenzi: Arecaceae (palmeiras). Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum.
LORENZI, H. SOUZA, H. M.; TORRES, M.A.V.; BACHER, L. B. 2003. Plantas exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum.
LORENZI, H.; SOUZA, M. S. 2001. Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. 3ª. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Platarum.
MATTA, B. L.; MAZZIERO, F. F. F.; BASTOS, R. K.; OLIVEIRA, R. S.; GALASTRI, N. A. 2017. Árvores, palmeiras e cicas de quatro praças do município de Jaú, SP. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. v. 12, n. 3, p. 80-93.
MENDONÇA, M. G. 2000. Políticas e condições ambientais de Uberlândia - MG no contexto estadual e federal. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Geografia, Uberlândia.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. 2006. Espécies exóticas invasoras: situação brasileira / Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade e Florestas. – Brasília: MMA, 24 p.
MOREIRO, A. M.; SANTOS, R. F.; FIDALGO, E. C. C. 2007. Planejamento ambiental de áreas verdes: estudo de caso de Campinas-SP. Revista do Instituto Florestal, v. 19, n. 1, p. 19-30.
MORI, S.; SILVA, L. A. M.; LISBOA, G.; CORADIN, L. 1989. Manual de manejo do herbário fanerogâmico. Ilhéus: CEPLAC.
OLIVEIRA, M. S.; FERREIRA, A. W. C.; LOPES, J. R. S.; REIS, J. R.; SILVA JUNIOR, W. R.; COSTA, J. A. 2017. Espécies vegetais presentes em praças e avenidas do município de Aldeias Altas, Maranhão, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 12, n. 4, p. 13-22.
REDIN, C. G.; TROJAHN, C. D. P.; GRACIOLI, C. R.; LONGHI, S. J. 2010. Análise da arborização urbana em cinco praças do município de Cachoeira do Sul, RS. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 5, n. 3, p. 149-164.
ROCHA, R. T.; LELES, P. S. F.; OLIVEIRA NETO, S. N. 2004. Arborização de vias públicas em Nova Iguaçú, RJ: O caso dos bairros Rancho Novo e Centro. Revista Árvore, v. 28, n. 4, p. 599-607.
RODRIGUES, L. S.; COPATTI, C. E. 2009. Diversidade arbórea das escolas da área urbana de São Vicente do Sul/RS. Revista Biodiversidade Pampeana, v. 7, n. 1, p. 7-12.
SANTOS, A. F.; JOSE, A. C.; SANTOS, P. A. 2013. Fitossociologia e diversidade de espécies arbóreas das praças centrais do município de Gurupi-TO. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 8, n. 4, p 36‐46.
SILVA, C. D. D. 2016. Composição florística do bairro Nossa Senhora de Nazaré, Natal-RN: Subsídios para arborização urbana. UNISANTA Bioscience, v. 5, n. 2, p.169-175.
SILVA, C. D. D.; ALMEIDA, L. M. 2016. Composição florística e fitossociológica das praças do bairro de Neópolis, Natal-RN. Revista Cultural e Científica do UNIFACEX, v. 14, n. 2, p. 86-103.
SILVA, L. C. 2009. Plantas ornamentais tóxicas presentes no shopping Riverside Walk em Teresina – PI. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 4, n. 3, p.69-85.
SILVA, L. M.; HASSE, I.; MOCCELIN, R.; ZBORALSKI, A. R. 2007. Arborização de vias públicas e a utilização de espécies exóticas: O caso do Bairro Centro de Pato Branco/PR. Scientia Agraria, v.8, n.1, p.47-53.
SILVA R. N.; GOMES M. A. S. 2013. Comparação quali-quantitativa da arborização em espaços públicos da cidade de Arapiraca-AL. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 8, n. 2, p. 104‐117.
SILVA, R. F. L.; RODRIGUES, J. S.; LUCENA, M. F. A. 2017. Avaliação das espécies vegetais utilizadas na arborização em canteiros e praças de Tuparetama, Pernambuco, Nordeste do Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 12, n. 1, p. 132-141.
SINITOX - Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas. Plantas tóxicas no Brasil. Disponível em: < http://www.fiocruz.br/sinitox_novo/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=313>. Acessado em 12 novembro de 2014.
SOUSA, O. P. S.; SOUZA, P. T. S.; FREITAS, A. D. D.; PARAENSE, V. C.; SOUZA, D. V. 2014. Diagnóstico quali-quantitativo da arborização das praças do município de Altamira, Pará. Enciclopédia Biosfera, v. 9, n. 17.
WANDERLEY, R. J. C.; PEREZ, C. A. M.; RABELO, D.; SOUZA, P. A.; GIONGO, M.; SANTOS, A. F. 2017. Estudo quali-quantitativo e percepção ambiental da arborização do setor jardim sevilha, Gurupi – TO. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 12, n. 4, p. 53-68.
WINTERS, H. M. G. 2000. Plantas ornamentais tóxicas. Holambra, SP: Centro Paisagístico.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Material protegido por direitos autorais e plágio. No caso de material com direitos autorais ser reproduzido no manuscrito, a atribuição integral deve ser informada no texto; um documento comprobatório de autorização deve ser enviado para a Comissão Editorial como documento suplementar. É da responsabilidade dos autores, não do JEAP ou dos editores ou revisores, informar, no artigo, a autoria de textos, dados, figuras, imagens e/ou mapas publicados anteriormente em outro lugar. Se existir alguma suspeita sobre a originalidade do material, a Comissão Editorial pode verificar o manuscrito por plágio. Nos casos em que trechos já publicados em outro documento for confirmado, o manuscrito será devolvido sem revisão adicional e sem a possibilidade de nova submissão. Autoplágio (ou seja, o uso de frases idênticas de documentos publicados anteriormente pelo mesmo autor) também não é aceitável.
Direitos autorais: Autor
Material protected by copyright and plagiarism rights. In the case of copyrighted material being reproduced in a manuscript, full attribution should be informed in the text; an authorization document is proving to be sent to the Editorial Board as a supplementary document. It is the responsibility of the authors, not JEAP or editors or reviewers, to inform, in the article, the authors of texts, data, graphics, images and maps previously published elsewhere. If there is any suspicion about the originality of the material, the Editorial Board can check the manuscript for plagiarism. Where plagiarism is confirmed, the document will be returned without further review and the possibility of a new submission. Self-plagiarism (i.e., the use of the same phrases previously published documents by any of the authors) is not acceptable.
Copyright: Author