Índices morfofisiológicos e biofísicos da palma forrageira cultivada sob tecnologias hídricas na bacia do Rio Pajeú

Autores

  • Jucilene da Silva Lima Nunes Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada.
  • Kaique Renan da Silva Salvador Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada.
  • Alexandre Maniçoba da Rosa Ferraz Jardim Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE, Departamento de Engenharia Agrícola.
  • George do Nascimento Araújo Júnior Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE, Departamento de Engenharia Agrícola.
  • Ailton Alves de Carvalho Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE, Departamento de Engenharia Agrícola.
  • Luciana Sandra Bastos de Souza Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada.
  • Abelardo Antônio de Assunção Montenegro Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE, Departamento de Engenharia Agrícola.
  • Thieres George Freire da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada.

DOI:

https://doi.org/10.24221/jeap.5.1.2020.2825.128-139

Resumo

Estima-se que metade da superfície da Caatinga já foi modificada. A remoção da vegetação aumenta a fragilidade das terras e intensifica o processo de desertificação. Sob condições de aporte hídrico variado, a adoção de tecnologias hídricas é indicada. As características morfofisiológicas e biofísicas da palma forrageira foram investigadas neste estudo como indicativo à adequação do manejo da cultura sob diferentes tecnologias hídricas (clones, irrigação e cobertura morta). O experimento foi conduzido em blocos casualizados, com três repetições, e sob três ambientes de crescimento com uma ou mais tecnologias hídricas: RH(-) - clones sob regime hídrico inferior à normal climatológica (sequeiro); RH(+) - clones sob regime hídrico superior à normal climatológica (irrigado); e, RH(+C) - clones sob regime hídrico superior à normal climatológica (irrigado) e adoção de cobertura morta. Os clones avaliados foram: IPA Sertânia e Miúda, e Orelha de Elefante Mexicana. Medidas biométricas foram obtidas ao longo do tempo e a matéria seca na ocasião da colheita, a partir dos quais, calculou-se índices morfofisiológicos e biofísicos. Os ambientes de crescimento e sua interação com os clones afetaram apenas a magnitude do índice de distribuição dos cladódios de 5ª ordem (p < 0,05), mas foram decisivos na sazonalidade do acúmulo de matéria seca pelos clones. A maioria dos índices morfofisiológicos e biofísicos foi influenciada pelo tipo de clone (p < 0,05). Os índices biofísicos se mostram ótimas opções de substituição ou complementação dos índices morfofisiológicos quando se dispõem apenas de dados biométricos e de matéria seca da ocasião da colheita da palma forrageira.

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Biografia do Autor

Jucilene da Silva Lima Nunes, Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada.

Mestre em Produção Vegetal, Unidade Acadêmica de Serra Talhada, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE/UAST).

Kaique Renan da Silva Salvador, Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada.

Graduando em Zootecnia, pela Unidade Acadêmica de Serra Talhada, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE/UAST).

Alexandre Maniçoba da Rosa Ferraz Jardim, Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE, Departamento de Engenharia Agrícola.

Doutorando em Engenharia Agrícola, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.

George do Nascimento Araújo Júnior, Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE, Departamento de Engenharia Agrícola.

Doutorando em Engenharia Agrícola, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Ailton Alves de Carvalho, Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE, Departamento de Engenharia Agrícola.

Doutorando em Engenharia Agrícola, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Luciana Sandra Bastos de Souza, Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada.

Professora Adjunta I da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST). Doutora em Meteorologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa.

Abelardo Antônio de Assunção Montenegro, Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE, Departamento de Engenharia Agrícola.

Professor Titular da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Doutor em Water Resources, pela Newcastle University, NCL, Inglaterra.

Thieres George Freire da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada.

Professor Associado I da Área de Agrometeorologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST). Doutor em Meteorologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa.

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Publicado

2020-03-13

Como Citar

Nunes, J. da S. L., Salvador, K. R. da S., Jardim, A. M. da R. F., Araújo Júnior, G. do N., Carvalho, A. A. de, Souza, L. S. B. de, Montenegro, A. A. de A., & Silva, T. G. F. da. (2020). Índices morfofisiológicos e biofísicos da palma forrageira cultivada sob tecnologias hídricas na bacia do Rio Pajeú. Journal of Environmental Analysis and Progress, 5(1), 128–139. https://doi.org/10.24221/jeap.5.1.2020.2825.128-139