Morfologia externa de Miconia prasina (Sw.) DC. em estádio inicial de desenvolvimento

Autores

  • Bárbara Jossany Gomes de Santana Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Joselane Príscila Gomes da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Luiz Carlos Marangon Universidade Federal Rural de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.24221/jeap.6.4.2021.3679.310-316

Palavras-chave:

Cotilédone, Germinação, Plântula.

Resumo

Estudos relacionados à morfologia externa de plântulas subsidiam diferentes áreas do conhecimento, destacando aqueles sobre regeneração e sucessão natural, por auxiliar na identificação das espécies. O estudo objetivou descrever a morfologia externa de Miconia prasina (Sw.) DC., em estádio inicial de desenvolvimento. Os frutos foram coletados em um remanescente de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas. O material retirado dos coletores foi levado para o Laboratório de Análise de Sementes Florestais (LASF), no Departamento de Ciência Florestal (DCFL) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Para a descrição das plântulas, as sementes foram semeadas em caixa gerbox, utilizando papel toalha como substrato. Após a germinação das sementes e crescimento inicial das plântulas, estas foram transplantadas para recipientes de polietileno contendo solo comum e vermiculita. Em seguida, foram levadas para casa de vegetação no viveiro florestal-DCFL/UFRPE onde foram regadas, manualmente, e observado, diariamente, o desenvolvimento das plântulas, descrevendo todas as características da morfologia externa. A germinação iniciou no 17º dia após a semeadura, com a emissão da radícula. O início da emissão dos cotilédones deu-se no 19º dia, com tegumento ainda persistente no ápice. No 25º dia houve a exposição total dos cotilédones, foliáceos, de coloração verde. Desta forma, a germinação foi classificada como epígea fanerocotiledonar. Os primeiros eófilos surgiram 35 dias após a semeadura, apresentando-se simples, pubescentes, bordo liso, peciolados e com filotaxia oposta. A espécie expressou características semelhantes ao indivíduo adulto, porém com um leve polimorfismo, o que impossibilitou a identificação até o estádio de plântula.

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Biografia do Autor

Bárbara Jossany Gomes de Santana, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Graduanda do curso de Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, bolsista do grupo PET Engenharia Florestal. Pesquisadora com enfoque na área de tecnologia de sementes e produção de mudas, com foco em especies florestais nativas.

Joselane Príscila Gomes da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, Departamento de Ciência Florestal, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900

Luiz Carlos Marangon, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Professor Titular do Departamento de Ciência Florestal, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900.  

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Publicado

2021-10-12

Como Citar

Santana, B. J. G. de, Silva, J. P. G. da, & Marangon, L. C. (2021). Morfologia externa de Miconia prasina (Sw.) DC. em estádio inicial de desenvolvimento. Journal of Environmental Analysis and Progress, 6(4), 310–316. https://doi.org/10.24221/jeap.6.4.2021.3679.310-316