Resposta do tomate cereja à adubação organomineral para incremento na produtividade
DOI:
https://doi.org/10.24221/jeap.8.2.2023.4966.054-061Palavras-chave:
Solanum lycopersicum, liberação lenta, fertilizantesResumo
Na cultura do tomate é notório a necessidade de otimização da produção pela alta demanda de nutrientes e tratos culturais. Atendendo esta demanda, surge o organomineral como alternativa tecnológica para a nutrição e a produção de plantas. Sendo assim, o estudo avaliou o crescimento da planta, a produção e o pós-colheita do tomate cereja submetido a diferentes dosagens de organomineral peletizado, nas porcentagens de 0%, 40%; 80%; 160% e 320% e um tratamento mineral (NPK), ambos fornecidos conforme a necessidade da cultura. Avaliou-se variáveis de crescimento das plantas, acúmulo de matéria seca da parte aérea e sistema radicular, variáveis fisiológicas e produtividade das plantas, presença de cacho floral, peso dos frutos e tempo de prateleira de tomate cereja. Observou-se que a oferta do organomineral à cultura do tomate, obteve-se as melhores médias para o tratamento na proporção de 40% no crescimento da planta, aspectos fisiológicos e para o tempo de prateleira. Contudo, para os valores de produtividade, o tratamento com organomineral 80% obtiveram resultados superiores aos demais tratamentos. Na curva característica de regressão para as doses de organomineral para a variável produtividade, determinou-se como dose ideal o percentual de 193% da dose recomendada de adubação NPK para produção de frutos. O tomateiro apresenta alta exigência nutricional, e os resultados encontrados elucidam que a nutrição com organomineral, principalmente nas doses de 40% e 80% da adubação recomendada, permite que o tomateiro absorva os nutrientes de forma mais eficiente, favorecendo o crescimento da cultura, a produtividade e a qualidade pós-colheita.Downloads
Referências
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