Restingas no litoral sul da Bahia: diversidade, estrutura e distribuição da vegetação lenhosa

Autores

  • Valdira de Jesus Santos Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Catherine Rios Santos Universidade Federal de Minas Gerais
  • Camila dos Santos Pires Museu Paraense Emílio Goeldi
  • Hauanen Araujo Rocha Universidade Federal do Maranhão
  • Carmen Silvia Zickel Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Eduardo Bezerra de Almeida Jr. Universidade Federal do Maranhão

DOI:

https://doi.org/10.24221/jeap.8.3.2023.5523.172-183

Palavras-chave:

Costa Nordeste, fitossociologia, geoprocessamento, riqueza vegetal

Resumo

Estudos sobre diversidade vegetal das restingas auxiliam na conservação e alertam para a degradação desse ecossistema. Diante disso, o objetivo do estudo foi descrever a estrutura e a distribuição da vegetação lenhosa da restinga de Ituberá e Serra Grande na Bahia. Para amostragem foram utilizados cinco transectos paralelos, distando 10 m entre si, sendo alocados 50 pontos em cada área. Foram selecionados os indivíduos lenhosos com PAS > 10 cm e os parâmetros fitossociológicos foram calculados utilizando o FITOPAC. Foram selecionadas as espécies de maior valor de importância (VI) de cada área para analisar as distribuições de densidade de Kernel. Foram identificadas 57 espécies e 34 famílias em Ituberá e 30 espécies e 16 famílias em Serra Grande. As espécies com maior VI foram Miconia holosericea, Tapirira guianensis e Terminalia tetraphylla em Ituberá e Manilkara salzmannii, Didymopanax morototoni e Eugenia punicifolia em Serra Grande. A média dos diâmetros variou de 11,80 cm a 8,70 cm, entre as áreas de Ituberá e Serra Grande, respectivamente. Os índices de diversidade e equabilidade foram H' = 3,319 nat.ind-1 e J' = 0,821 em Ituberá, e H' = 2,828 nat.ind-1 e J' = 0,831 em Serra Grande. Os mapas das espécies de maior VI evidenciaram uma alta concentração da densidade das espécies no litoral baiano, exceto para a espécie E. punicifolia que apresenta maior distribuição no interior do Estado. É necessário ampliar as pesquisas nos ecossistemas litorâneos para subsidiar políticas públicas direcionadas para manutenção e criação de novas áreas para proteção das restingas no Nordeste do Brasil.

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Biografia do Autor

Camila dos Santos Pires, Museu Paraense Emílio Goeldi

Programa de Pós Graduação em Ciências Biológicas, Botânica Tropical, Museu Paraense Emílio Goeldi/ Universidade Federal Rural da Amazônia

Hauanen Araujo Rocha, Universidade Federal do Maranhão

Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação, Universidade Federal do Maranhão

Eduardo Bezerra de Almeida Jr., Universidade Federal do Maranhão

Departamento de Biologia, Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Conservação

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Publicado

2023-07-28

Como Citar

Santos, V. de J., Santos, C. R., Pires, C. dos S., Rocha, H. A., Zickel, C. S., & Almeida Jr., E. B. de. (2023). Restingas no litoral sul da Bahia: diversidade, estrutura e distribuição da vegetação lenhosa. Journal of Environmental Analysis and Progress, 8(3), 172–183. https://doi.org/10.24221/jeap.8.3.2023.5523.172-183