Bioindicadores florísticos do estado de conservação da mata ciliar do rio Pajeú, município de Serra Talhada – PE (Brasil)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24221/jeap.8.4.2023.5575.299-306

Palavras-chave:

Bioindicadores, mata ciliar, conservação

Resumo

As matas ciliares da Caatinga têm estado sob intensos processos de degradação ambiental, ocasionados pela urbanização acelerada, o que acarreta a redução destas e, consequentemente, na perda da biodiversidade. Portanto, os bioindicadores são ferramentas de avaliação do estado de conservação do meio ambiente, a partir de organismos vivos. Neste contexto, o estudo objetivou identificar bioindicadores florísticos que expressem a conservação da mata ciliar do Rio Pajeú, no trecho do município de Serra Talhada. As espécies avaliadas foram mulungu (Erythrina velutina) e caraúba (Tabebuia aurea), utilizando parâmetros previamente definidos. Designou-se os pesos e as notas com relação ao nível de importância e de representatividade, respectivamente. Com os dados obtidos, realizou-se o somatório e identificou-se o bioindicador florístico do estado de conservação florística da mata ciliar na Caatinga. Realizou-se a análise estatística de quartil, considerando como 100% um ótimo bioindicador. Ambas as espécies são boas para a bioindicação; o mulungu foi considerado como o melhor, por apresentar maior quantidade de parâmetros. Recomenda-se ambas as espécies para a avaliação da qualidade florística da mata ciliar da Caatinga.

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Biografia do Autor

Lucas Alves Batista Pequeno, UFRPE

Técnico em Petróleo e Gás pelo Instituto Federal da Paraíba - IFPB. Bacharel em Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB. Mestrando em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE.

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Publicado

2023-12-07

Como Citar

Carolino, M. P., Pequeno, L. A. B., El-Deir, S. G., & Junior, G. B. (2023). Bioindicadores florísticos do estado de conservação da mata ciliar do rio Pajeú, município de Serra Talhada – PE (Brasil). Journal of Environmental Analysis and Progress, 8(4), 299–306. https://doi.org/10.24221/jeap.8.4.2023.5575.299-306