Esterco bovino como agente dispersor de plantas daninhas
DOI:
https://doi.org/10.24221/jeap.9.4.2024.7087.265-277Palavras-chave:
Dispersão de Sementes, plantas infestantes, endozoocoria, banco de sementesResumo
Plantas daninhas geram substanciais prejuízos agropecuários. O estudo objetivou analisar o efeito de diferentes sistemas de manejo de bovinos na contaminação do esterco por plantas daninhas. Amostras de partes de fezes bovinas foram coletadas de animais confinados em curral (CC), em pastagem tradicional (PT) e em pastagem mista (PM). Essas amostras foram mescladas a areia autoclavada e colocadas em bandejas. A avaliação do banco de sementes foi aferida a cada 15 dias durante 3,5 meses. Para cada espécie foram determinados: a densidade, frequência e o valor de importância. Também foram calculadas a diversidade e a equabilidade, e efetuadas análises de comparação (teste t, similaridade, dissimilaridade e ANOSIM). No total, foram germinados 507 indivíduos distribuídos em 26 espécies, 17 gêneros e nove famílias. Considerando o CC, foram contabilizados 173 indivíduos e 12 táxons; para o PT, 180 indivíduos e 22 táxons; e para o PM foram 154 indivíduos e 14 táxons. Sete táxons foram semelhantes entre os três tratamentos, duas foram verificadas apenas no CC, sete apenas no PT e duas apenas no PM. A estruturação do banco de sementes variou de acordo com o sistema de manejo, no entanto as espécies com maior valor de importância foram iguais. A diversidade de plantas daninhas foi menor no esterco oriundo do gado confinado em curral. O esterco apresenta uma elevada riqueza de plantas daninhas, com variações na composição, estrutura e diversidade de espécies.Downloads
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