Sensibilidade do modelo SiSPAT em área de brejo de altitude no Nordeste do Brasil

Autores

  • Willames Albuquerque Soares Universidade de Pernambuco
  • Antonio Celso Dantas Antonino
  • José Romualdo Sousa Lima
  • Manuella Virginia Salgueiro Gondim
  • Valmir Felix Lima
  • Rodolfo Marcondes Silva Souza
  • Edevaldo Miguel Alves
  • Artur Paiva Coutinho

DOI:

https://doi.org/10.24221/jeap.1.1.2016.985.70-83

Palavras-chave:

Energy balance, soil moisture, evapotranspiration

Resumo

A compreensão e a quantificação das trocas de água e de energia são importantes para propósitos meteorológicos, agronômicos e hidrológicos. Os processos biofísicos envolvidos nessas trocas são numerosos e complexos, dificultando sua medição direta em grandes áreas, de forma contínua e num grande intervalo de tempo, devido ao grande número de equipamentos e recursos envolvidos. Desse modo, foram concebidos modelos que descrevem essas trocas de massa e de calor no sistema Solo-Vegetação-Atmosfera, os chamados modelos SVATs. O SiSPAT (Simple Soil-Plant-Atmosphere Transfer) é um desses modelos e o mesmo foi muito utilizado nas condições ambientais da Europa. Assim sendo, este trabalho teve como objetivo determinar a sensibilidade do modelo SiSPAT a oito parâmetros relativos a vegetação, para uma cultura de mamona, e a 4 parâmetros relativos à caracterização hídrica do solo. Os componentes do balanço de energia e a evapotranspiração acumulada foram utilizados como dados de resposta. Dentre os parâmetros da vegetação o índice de área foliar foi o que apresentou maior influência nos valores calculados pelo modelo SiSPAT. O modelo mostrou-se mais sensível as variações nos parâmetros relativos ao solo, sendo o parâmetro n o de maior influência. O fluxo de calor sensível foi o dado de saída analisado mais sensível.

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Publicado

2016-10-13

Como Citar

Soares, W. A., Antonino, A. C. D., Lima, J. R. S., Gondim, M. V. S., Lima, V. F., Souza, R. M. S., Alves, E. M., & Coutinho, A. P. (2016). Sensibilidade do modelo SiSPAT em área de brejo de altitude no Nordeste do Brasil. Journal of Environmental Analysis and Progress, 1(1), 70–83. https://doi.org/10.24221/jeap.1.1.2016.985.70-83