Interação Verbal e Atividade Prática Experimental Investigativa: Dimensões para Repensar a Formação Inicial de Professores de Química

Autores

  • Janaína Farias de Ornellas Universidade Federal do Triângulo Mineiro, UFTM, Uberaba/MG
  • Paulo César de Almeida Raboni Faculdade de Ciências e Tecnologia, UNESP-FCT, Presidente Prudente/SP, Brasil.

Palavras-chave:

Ensino de Química, Interações verbais, Atividades práticas, Formação inicial de professores.

Resumo

O presente estudo, vinculado à linha de pesquisa “Práticas Educativas e Formação de Professores” do Programa de Pós-Graduação em Educação, apresenta os resultados de uma pesquisa desenvolvida na disciplina Instrumentação para o Ensino de Química II, em uma universidade pública do estado de São Paulo, levado a termo com licenciandos em Química. Nesse estudo buscamos relacionar duas esferas: a interação verbal e atividade prática, com a formação inicial de professores na tentativa de proporcionar nas aulas, momentos nos quais os sujeitos pudessem ter contato com metodologias e recursos didáticos diversificados. Assim, nossa investigação centra-se em verificar as percepções dos sujeitos participantes da pesquisa a respeito do uso das atividades experimentais e com isso também promover junto aos licenciandos uma reflexão sobre sua própria formação. A relação entre essas duas esferas foi possível e justifica- se pela influência que as atividades práticas exercem sobre as estruturas do pensamento e, consequentemente, sobre a construção de novos sentidos presentes nos enunciados. Para alcançar nossos objetivos utilizamos como fonte de dados, dentre todas as atividades desenvolvidas nas aulas, a aula na qual foi conduzida uma atividade experimental do tipo investigativa aberta, a fim de os alunos expressassem suas percepções, ideias e conhecimentos de forma que pudessem refletir sobre o ensino. Optamos por uma pesquisa de abordagem qualitativa, na qual os dados foram obtidos a partir de diários de sala, de gravações em áudio da aula, entrevistas reflexivas e questionário semiestruturado. Para a análise, utilizamos o instrumento analítico proposto por Mortimer, Massicame, Tiberghien e Buty (2007), expandido pelos estudos de Silva (2008) e fundamentado nas concepções de Vygotsky (1993, 2001) e Bakhtin (1997, 2010). As gravações foram transcritas e organizadas em 73 episódios, que posteriormente foram subdivididos em duas unidades analíticas, constituídas por mapas: de episódio e de sequência discursiva. A entrevista e os questionários foram analisados de forma qualitativa- interpretativa também fundamentada nas concepções Bakhtin. Nossa análise permitiu revelar os indícios das dinâmicas interativas entre a professora e os alunos bem como o fluxo de discurso, auxiliando na compreensão de aspectos importantes da prática docente no que diz respeito à forma de condução da atividade prática pela professora. Também permitiu verificar as ideias e impressões dos sujeitos relacionadas à inserção de atividades investigativas em sala de aula, bem como suas percepções sobre o ensino de química e sobre a formação recebida na licenciatura.

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Publicado

2018-12-31

Como Citar

Ornellas, J. F. de, & Raboni, P. C. de A. (2018). Interação Verbal e Atividade Prática Experimental Investigativa: Dimensões para Repensar a Formação Inicial de Professores de Química. Revista Debates Em Ensino De Química, 4(2), 199–201. Recuperado de https://journals.ufrpe.br/index.php/REDEQUIM/article/view/2270

Edição

Seção

Resumo de Dissertações e Teses