DESVERDECIMENTO DO CAJÁ-MANGA COM O USO DO ETILENO
Palavras-chave:
Coloração, Ethrel, firmeza, Spondias cytherea SonnResumo
Com o presente estudo objetivou-se determinar a concentração mais adequada de Ethrel a ser aplicada no cajá-manga (Spondias cytherea Sonn.) para promover o seu desverdecimento sem alterar sua qualidade físico-química. Os frutos utilizados foram colhidos no estágio pré-climatérico, imersos em fungicida e após secagem foram borrifadas soluções de etileno 0; 0,75; 1,5; 2,25 e 3,0 ppm, sendo posteriormente armazenados sob temperatura ambiente. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, composto por cinco tratamentos e cinco intervalos de avaliação, com quatro repetições por tratamento, e quatro frutos por unidade. Avaliou-se a firmeza, coloração, sólidos solúveis, acidez titulável e perda de massa fresca. Os valores da firmeza reduziram ao longo do tempo. Houve interação significativa apenas para a luminosidade da casca, indicando alterações de cor. A cromaticidade da polpa e casca aumentaram em todas as doses, havendo aumento mais acelerado na dose 1,50 ppm para a casca. Observou-se efeitos isolados para o ângulo Hue da casca e interação significativa para o ângulo Hue da polpa. O pH apresentou média de 3,36 ao longo do experimento. Para os sólidos solúveis, acidez titulável e perda de massa fresca houve algumas interações significativas. A utilização do Ethrel é efetiva no desverdecimento do cajá-manga, acelerando o amadurecimento dos frutos, sendo que as doses de 1,50 e 2,25 ppm de Ethrel as que proporcionaram o desverdecimento mais rápido, sem alterar as características físicas e químicas dos frutos.Downloads
Referências
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