AS SAGRADAS FAMÍLIAS DA TEORIA CRÍTICA NOS ESTUDOS ORGANIZACIONAIS BRASILEIROS: UMA PROVOCAÇÃO
Palavras-chave:
Epistemologia, Marxismo, Teoria Crítica, Estudos OrganizacionaisResumo
O ensaio propõe aprofundar o estado da arte da teoria crítica nos Estudos Organizacionais, explorando suas afiliações no Brasil e destacando as divergências e convergências entre suas principais vertentes. Baseado em suas premissas marxianas, discute-se a Escola de Frankfurt, os Critical Management Studies (CMS) / Estudos Críticos em Administração (ECA) e os Estudos Organizacionais Críticos (EOC). O texto aborda críticas dentro do campo, incluindo acusações de mentalidade colonial e binarismo intelectual entre seus praticantes. Destaca-se o caráter epistemológico da Teoria Crítica, reconhecendo sua potencialidade emancipatória, interdisciplinar e sua capacidade de proporcionar uma compreensão sócio-histórica dos Estudos Organizacionais, sem fornecer diagnósticos definitivos.Downloads
Referências
ADLER, P. S., FORBES, L.; WILLMOTT, H. On critical management studies. In: BRIEF, A.; WALSH, J. (Ed.). The Annals of the Academy of Management, 2007. Forthcoming.
ALCADIPANI, R.; TURETA, C. Perspectivas críticas no Brasil: entre a "verdadeira crítica" e o dia a dia. Cadernos EBAPE.BR (FGV), v. 7, p. 504-508, 2009.
ALVESSON, M.; WILLMOTT, H. Critical management studies. London: Sage Publications, 1992.
ALVESSON, M. e DEETZ, S. Teoria crítica e abordagens pós-modernas para estudos organizacionais. In: Clegg, S., Hardy, C., Nord. São Paulo: Atlas, 1999.
ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. 7 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
BETERO, C. O. Estudos organizacionais em perspectiva. RAE-revista de administração de empresas, v.5, n.1, p. 92-93, 2005.
DAVEL, E; ALCADIPANI, R. Estudos críticos em administração: a produção científica brasileira nos anos 1990. RAE - Revista de Administração de Empresas, v. 43, n. 4, p. 72- 85, out/dez. 2003.
DAVIES, R. W. As opções econômicas da URSS. In HOBSBAWM, Eric J. História do Marxismo; o marxismo na época da terceira internacional: a URSS, da construção do socialismo ao Stalinismo. v.8. Rio de Janeiro, 1986.
FARIA, J. H. de. Teoria Crítica em Estudos Organizacionais no Brasil: o estado da arte. Cadernos EBAPE.BR (FGV), v. 7, p. 509-515, 2009.
FOUGEYROLLAS, P. Marx. São Paulo: Ática, 1985.
FREITAG, B. A teoria crítica: ontem e hoje. São Paulo: Brasiliense, 2004
FROMM, E. Conceito marxista do homem. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1970).
GADOTTI, M. Marx: transformar o mundo. São Paulo: FTD, 1989.
GREY, G.; FOURNIER, V. At critical moment: Conditions and perspectives for critical management studies. Plenum Publishing Corporation, New York, Jan. 2000.
HARNECKER, M. Os conceitos elementares do materialismo histórico. 2 ed. São Paulo: Global Editora, 1983
HOBSBAWN, Eric J. Rosa Luxemburg e a renovação do marxismo. In HOBSBAWN, Eric J. História do Marxismo III: o marxismo na época da Segunda Internacional: segunda parte. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.
HORKHEIMER, M. Teoria Tradicional e Teoria Crítica. In: _____; ADORNO, Theodor W. Textos Escolhidos. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991.
KOSELLECK, R. Futuro Passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto/ Ed. PUC-Rio, 2006.
LARA, L. G. A.; VIZEU, F. . O potencial da frankfurtianidade de Habermas em estudos organizacionais. CADERNOS EBAPE.BR (FGV), v. 17, p. 1-11, 2019.
LIEBICH, A. Os mencheviques diante da construção da URSS. In HOBSBAWM, Eric J. História do Marxismo; o marxismo na época da terceira internacional: a URSS, da construção do socialismo ao Stalinismo. v.8. Rio de Janeiro, 1986.
LÖWY, M. As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen: marxismo e o positivismo na sociologia do conhecimento. São Paulo: Cortez, 1994.
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política: livro I. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2011.
MCLEAN, C; ALCADIPANI, R. Critical management studies: some reflections. BAR. Brazilian Administration Review, p. 26-42, 2008.
MELO, R. Marx e Habermas. Teoria crítica e os sentidos da emancipação. São Paulo: Saraiva, 2013.
MISOCZKY, M. C; AMANTINO-DE-ANDRADE, J. Uma crítica à crítica domesticada nos estudos organizacionais. Revista de Administração Contemporânea, Curitiba , v. 9, n. 1, p. 193-210, Mar. 2005.
PAES DE PAULA, A. P.. Guerreiro Ramos: resgatando o pensamento de um sociólogo crítico das organizações. Organizações & Sociedade (Online), v. 14, p. 169-188, 2007.
PAES DE PAULA, A. P.; MARANHAO, C. S. ; BARRETO, R. ; KLECHEN, C. F. A tradição e a autonomia dos estudos organizacionais críticos no Brasil. RAE-Revista de Administração de Empresas, v. 50, p. 10-23, 2010.
PAULO NETTO, João. O que é marxismo. São Paulo: Editora brasiliense, 1987.
RICOEUR, P. Interpretação e ideologias. 4 ed. Rio de Janeiro: F. Alves, 1990.
ROSA, A. R.; ALCADIPANI, R. A Terceira Margem do Rio dos Estudos Críticos sobre Administração e Organizações no Brasil: (Re)pensando a Crítica a Partir do Pós-Colonialismo. RAM. Revista de Administração Mackenzie (Impresso), v. 14, p. 186-215, 2013.
SINGER, P. Introdução à economia solidária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2002.
SOUSA SANTOS, B. Porque é tão difícil construir uma teoria crítica? Revista Crítica de Ciências Sociais, Coimbra, n.54, 197-215, jun. 1999. STEINBERG, H-J. O partido e a formação da ortodoxia marxista. In HOBSBAWN, Eric J. História do Marxismo II: o marxismo da segunda Internacional. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
VIZEU, Fabio. Ação Comunicativa e Estudos Organizacionais. RAE-Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 45, n.4, p. 10-21, 2005.
VIZEU, Fabio. Potencialidades da análise histórica nos estudos organizacionais brasileiros. RAE-Revista de Administração de Empresas (Impresso), v. 50, p. 36-46, 2010a.
VIZEU, Fabio. (Re)contando a Velha História: Reflexões sobre a Gênese do Management. RAC. Revista de Administração Contemporânea (Impresso), v. 14, p. 780-797, 2010b.
VIZEU, F.; MENEGHETTI, F. K.; SEIFERT, R. E. Por uma crítica ao conceito de desenvolvimento sustentável. Cadernos EBAPE.BR (FGV), v. 10, p. 6, 2012.
VIZEU, F; SEIFERT, R. E; HOCAYEN-DA-SILVA, A. J. Non-capitalist organizations in Latin America: lessons from the Brazilian Faxinal grassroot community. Cad. EBAPE.BR, Rio de Janeiro , v. 13, n. 2, p. 369-389, June 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
