Homogeneização, escrita autodiegética e os protótipos de cidade N'O corpo em que nasci de Guadalupe Nettel

Autores

  • Ágnes Souza Universidade Federal de Pernambuco, UFPE

Palavras-chave:

homogeneização, escrita autodiegética, cidade

Resumo

O presente artigo tem por finalidade de discutir três temáticas recorrentes na literatura contemporânea: a homogeneização, a escrita de si e os protótipos de cidades inseridos nas próprias cidades. Para tal análise, foi utilizado o romance O corpo em que nasci, da escritora mexicana Guadalupe Nettel. As discussões giram em torno de questões do cotidiano da história autobiográfica que a autora narra, como as discussões sobre um desenvolver de um corpo cerceado por olhares homogeneizantes, ser uma autora relativamente jovem e escrever um romance autobiográfico e como são construídas “microcidades”, qual a função delas dentro de uma cidade maior. Para tal foram utilizadas as teorias de Foucault (1991), no tocante às violências veladas; Molloy (1996), Lejeune (2008) e Segre (1985), no que diz respeito à escrita de autoficção; e Sarlo (2014), Oliveira (2004), Sennett (2003) entre outros ao que se refere às interpretações dos protótipos de cidade que aparecem no romance de Nettel.

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Biografia do Autor

Ágnes Souza, Universidade Federal de Pernambuco, UFPE

Mestranda em Teoria da Literatura pelo Programa de Pós-Graduação (PPGL) em Letras pela UniversidadeFederal de Pernambuco (UFPE).

Referências

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SENNETT, R. Carne e Pedra: O corpo e a cidade na civilização ocidental. Rio de Janeiro: Record, 2003.

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Publicado

2021-10-20

Como Citar

Souza, Ágnes . (2021). Homogeneização, escrita autodiegética e os protótipos de cidade N’O corpo em que nasci de Guadalupe Nettel. Encontros De Vista, 19(1), 4–13. Recuperado de https://journals.ufrpe.br/index.php/encontrosdevista/article/view/4652

Edição

Seção

Artigos