Construção lexical de termos misóginos no facebook: a formação de um discurso sexista
Resumo
O presente artigo tem por objetivo realizar o levantamento de termos de cunho machistas e sexistas usados em comentários de páginas no Facebook, os quais são responsáveis pela desqualificação do movimento feminista por meio da construção de estereótipos misóginos. Nosso intuito é oferecer estratégias de (re) conhecimento que exerçam ações de contrapoder e contraideologia: práticas de resistência à opressão social. Para tanto, buscamos focar as construções lexicais partindo da tríade: discurso-cognição-sociedade, postulada pelas teorias de Van Dijk (2008) em que nos permite inferir que os estudos críticos do discurso não estão meramente interessados em qualquer tipo de poder, mas, em especial, no abuso de poder. Metodologicamente, propusemo-nos a investigar quatro páginas do facebook, de ideologia antifeminista, das quais foram retiradas a materialidade linguística pertinente ao nosso estudo, compreendido, entre o período de junho de 2016 a maio de 2017. Entendemos que tais páginas e seus seguidores nos colocam frente à necessidade de discutir as implicações sociais que perpassam o indivíduo mediante a uma determinada cultura. Reconhecemos a importância de se fazer uma abordagem que correlacione sujeito e sociedade, para que assim, não somente, as estruturas do discurso sejam descritas, mas também explicar como elas se colocam em funcionamento nos meios de interação. Dessa forma, levando em consideração o contexto, categorização e triagem do corpus, buscou-se, avaliar a estratégia semântico-discursiva responsável pela manipulação de modelos mentais e de eventos sociais, que abarcam uma parcela significativa da sociedade, tendo em vista o grande número de receptores e usuários do facebook. Palavras-chave: Facebook; Feminismo; Manipulação e Poder.Downloads
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