Almada Negreiros:

um olhar entre tempos

Autores

Palavras-chave:

Memória; Tradição; Inovação; Modernismo; Almada Negreiros.

Resumo

O objectivo deste texto é assinalar como Almada Negreiros segue uma estratégia da inovação modernista, que passa pelo olhar retrospectivo sobre duas tradições da tópica da memória colectiva: a erudita, europeia, e a popular e tradicional, nacional. Através de alguns exemplos mais destacados, procurar-se-á demonstrar esta sintonia, em especial, com Fernando Pessoa, na Literatura.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Annabela Rita, UL-FL-CLEPUL

Literatura Portuguesa, Literatura de autoria feminina, Teorias do Canône, representações, Interartes___________________NOTA CURRICULARDoutorada, com Agregação e dois pós-doutoramentos em Literatura, é professora e Directora de Licenciatura na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.Presidente / Academia Lusófona Luís de Camões-SHIP | Instituto Fernando Pessoa-SHIP | Assembleia Geral da CompaRes, Coordenadora/ CLEPUL, Directora/ Associação Portuguesa de Escritores | Observatório da Língua Portuguesa. Membro de instituições científicas e culturais nacionais (Academia Portuguesa de História, Grémio Literário, Sociedade de Geografia de Lisboa, Sociedade Histórica da Independência de Portugal, etc.) e estrangeiras (CIMEEP – Centro Internacional e Interdisciplinar de Estudos Épicos, CREPAL - Centre de recherches sur les pays lusophones e outros), integrando diversos Conselhos Científicos de revistas e de projectos. Distinções: Diploma de Mérito Cultural (2007) pela Academia Brasileira de Filologia e pela Faculdade CCAA (Rio de Janeiro); Medalha Municipal de Mérito – Grau Ouro (2010) pela Câmara Municipal de Oeiras; Medalha de Mérito Cultural do CLEPUL - Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (2012); Embaixadora da Meeting Industry e da Economia do Conhecimento e Membro do Clube de Embaixadores de Cascais e da Costa do Estoril (2013); Certificado de Mérito da World Communication Association (2015-17); Membro Honorário do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora (2016); “Homenagem e agradecimento” (2017) no Colóquio Internacional Professor Manuel Sérgio; “Mérito Cultural” (2017)  & Categoria “Autoridade Cultural” (2017) pelas Rede Mídia de Comunicação & Editora Sem Fronteiras; Distinção cultural e agradecimento (20º aniversário do Centro de Estudos Regianos, 2017); Membro Correspondente do Instituto Balear de la Historia (2017); Medalha das XIV Jornadas Histórico-Culturais / Junta de Freguesia do Lumiar (2017); “Reconocimiento a la Promoción de la Cultura Ibérica” (2018) da Universidad Libre de Infantes Santo Tomás de Villanueva; Prémio Pró-Autor 2019 da Sociedade Portuguesa de Autores pelo seu relevante trabalho “em prol dos Autores e da Cultura” (2019); Homenagem da Câmara Municipal de Oeiras no âmbito das Comemorações dos seus 250 anos (2019); Recepção como Académica Honorária na Academia Portuguesa da História (2020). Obras principais: Eça de Queirós Cronista (1998; 2017); Labirinto Sensível (2003-04); No Fundo dos Espelhos (2003-2007); Emergências Estéticas (2006); Itinerário (2009); Cartografias Literárias (2010; 2012); Paisagem & Figuras (2011); Focais Literárias (2012); Luz e Sombras no Cânone Literário (2014); Do que não existe. Repensando o Cânone Literário (2018); Novas Breves & Longas no País das Maravilhas (2018); Última vontade régia incumprida (2018); No Fundo dos Espelhos. Em Visita (2018); Perfis & Molduras no Cânone Literário (2018); Sfumato. Figurações in hoc signo. Na senda da identidade nacional (2019); Teolinda Gersão: encenações (2020): Da Língua Portuguesa vêem-se galáxias (2020); COmVID 19 em 2020: na ‘dança’ das representações (2020).

Referências

A ovelha perdida (2008, ago., 21). Para uma leitura da «Nau Catrineta», de Garrett. https://ovelhaperdida.wordpress.com/2008/08/21/para-uma-leitura-da-nau-catrineta-de-garrett/.

André, P. (2008). “A lição da pintura pela pintura. Variações; paráfrases; apropriações; citações”. Vária História, 24 (40), 387-406. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-87752008000200003&script=sci_arttext#top50.

André, P.; Henriques, L. L.; Martinho, L. I.; Apolinário, S.; Costa, R. R. (2013). “Modos de ver e de dar a ver os Painéis de São Vicente”. MIDAS, 2. http://midas.revues.org/256.

Arquivo Nacional Torre do Tombo (1504-1553). Leitura nova. http://digitarq.arquivos.pt/details?id=4223191.

BARRETO, António (2016). Identidade nacional, cultura, política e mudança social, Batalha, Conferências do Mosteiro.

Costa, Dalila Pereira da (2004), Contemplação dos Painéis, Lello Editores, Porto.

DANTAS, Júlio (1915). «Literatura de Manicómio — Os Poetas do Orpheu», A Capital, 30 de Março de 1915.

DANTAS, Júlio (1915). «Poetas-Paranóicos», Ilustração Portuguesa, Lisboa, s. 2, n.º 477, 19 de Abril de 1915.

Franco, José Eduardo (2012). “Entre a afirmação de nós e a negação dos outros: Complexo mítico da identidade nacional portuguesa”, Brotéria, Vol. 175, outubro de 2012, 253-260.

Freitas, L. de (1990). Almada e o número. Lisboa, Editora Soctip.

Loução, P. A. (2019, ago., 1). Começar, o quê?. A nova acrópole – Matemática para filósofos. https://www.matematicaparafilosofos.pt/comecar-o-que/.

Lourenço, E. (1982). “Almada – Mito e os mitos de Almada”. In F. C. Gulbenkian (Ed.), Os anos 40 na arte portuguesa (45-47). Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.

NEGREIROS, Almada (2006). Manifestos e Conferências, Assírio & Alvim, Lisboa, 2006

Painéis de S. Vicente de Fora (s.d.). Capítulo X. O fiel da balança. Painéis de S. Vicente de Fora. http://paineis.org/C10.htm.

Pascoal, Ana Mehnert (2011). A Cidade do Saber. Estudo do Património Artístico integrado nos edifícios projectados pelo arquitecto Porfírio Pardal Monteiro para a Cidade Universitária de Lisboa (1934-1961) (tese de mestrado), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2011.

Pessoa, Fernando (1972). Mensagem. Lisboa, Ática. http://arquivopessoa.net/textos/1264.

QUADROS, António (1989), O Primeiro Modernismo Português: Vanguarda e tradição, Lisboa, Publicações Europa-América.

Reis, L. (2007). “Começar por Almada Negreiros ou Ode à geometria”. Educação e Matemática, 92 (mar.-abr.), 32-37. https://em.apm.pt/index.php/em/article/view/1586/1625.

Rita, A. (2019b). “Futurista e TUDO… Entre tradição e inovação”. In Faria, S. T. de (Ed.), El Futurismo en Europa y Latinoamérica: orígenes y evolución (189-202). Madrid, Ediciones Complutense.

Rita, A. (2003). No Fundo dos Espelhos - I, Porto, Edições Caixotim.

Rita, A. (2014). Luz & sombras do cânone literário. Lisboa, Esfera do Caos.

Rita, A. (2018a). Do que não existe. Lisboa, Gradiva.

Rita, A. (2018b). “Futurismo: entre inovação & memória”. In D. V. Maior & A. Rita (Orgs.), 100 Futurismo (571-584). Lisboa, Edições Esgotadas.

Rita, A. (2019a). Futurismo & memória. In B. Gori (Org.), Futurismo futurismos (433-444). Canterano, Aracne Editrice.

Rita, A. (2019c). Sfumato. Figurações in hoc signo. Na senda da identidade nacional. Lisboa, Edições Esgotadas.

Teixeira, José Monterroso (coord.). Almada: a cena do corpo. Lisboa, Centro Cultural de Belém, 1994.

Valdemar, A. (2015). Almada: os painéis, a geometria e tudo. Lisboa, Assírio & Alvim.

VILA MAIOR, Dionísio, e Annabela Rita (coord.) (2016). 100 Orpheu, Lisboa, Edições Esgotadas.

Downloads

Publicado

2025-11-14

Como Citar

Rita, A. (2025). Almada Negreiros: : um olhar entre tempos. Entheoria: Cadernos De Letras E Humanas , 11(01), 05–23. Recuperado de https://journals.ufrpe.br/index.php/entheoria/article/view/8214