Demodiciose canina: estudo retrospectivo dos casos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2013-2017)

Autores

  • Natália Lôres Lopes Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica-RJ, Brasil.
  • Marília Alves Machado Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica-RJ, Brasil.
  • Dayane Caicó Colares Araújo Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica-RJ, Brasil.
  • Carolina de Moraes Barbalho Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica-RJ, Brasil.
  • Bruna Land Manier Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica-RJ, Brasil.
  • Fabrícia Ferreira e Ferreira Médica Veterinária autonoma
  • Thiago Souza Costa Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica-RJ, Brasil.
  • Julio Israel Fernandes Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica-RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.26605/medvet-v12n3-2392

Palavras-chave:

dermatopatia, cães, Demodex canis

Resumo

A demodiciose é uma das principais dermatopatias parasitárias atendidas na rotina de clínicas veterinárias, acometendo principalmente animais jovens, cujo diagnóstico pode ser realizado através do raspado cutâneo profundo, tricograma e fita de acetato. Os sinais dermatológicos, incluindo alopecia, eritema, crostas e pápulas localizam-se principalmente na face. O objetivo do trabalho foi realizar levantamento de casos de demodiciose canina diagnosticados no setor de Dermatologia do Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro no período de janeiro de 2013 a abril de 2017. Foram utilizadas 125 fichas com diagnóstico de demodiciose de um total de 1282 animais atendidos. Foi encontrada uma ocorrência de 9,75%(125/1282) da doença em cães, predominantemente jovens, com idade inferior a um ano e sem predileção sexual. Com relação a distribuição racial, a de maior prevalência foi a sem raça definida (29,6%; 37/125), tendo como principal sinal clínico a hipotricose (60,8%; 76/125) e apresentando-se de forma generalizadas (76,8%; 96/125). O método diagnóstico mais utilizado foi o raspado cutâneo (61,6%; 77/125). Foi possível concluir que a demodiciose é uma doença que deve estar dentre os diagnósticos diferenciais na clínica de animais de companhia, principalmente em animais jovens, com idade inferior a 1 ano de idade. E que esta doença acomete principalmente região de cabeça com lesões mais frequentes de hipotricose e eritema.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Bowden, D.; Outerbridge, C.; Kissel, M.B.; Baron, J.N.; White, S.D. Canine demodicosis: a retrospective study of a veterinary hospital population in California, USA (2000-2016). Veterinary Dermatology, 28:1-9, 2017.

Cury, G.M.M.; Pereira, S.T.; Botoni, L.S.; Pereira, R.D.O.; Telles, T.C.; Ferreira, A.P.; CostaVal, A.P. Diagnosis of canine demodicosis: comparative study between hair pluck in gand adhesive tape tests. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, 20 (3): 137-139, 2013.

Delayte, E.H.; Otsuka, M.; Larsson, C.E.; Castro, R.C.C. Eficácia das lactonas macrocíclicas sistêmicas (ivermectina e moxidectina) na terapia da demodicidose canina generalizada. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 58(1):31-38, 2006.

Delayte, E.H. Demodiciose canina. In: Larsson, C.E.; Lucas, R. Tratado de medicina externa- dermatologia veterinária. 1a ed. São Caetano do Sul: Interbook, 2016, p.369389.

Ferrer, L.; Ravera, I.; Silbermayr, K. Immunology and pathogenesis of canine demodicosis. Veterinary Dermatology, 25:427-e65, 2014. Gasparetto, N.D.; Trevisan, Y.P.A.; Almeida, N.B.; Neves, R.C.S.M.; Almeida, A.B.P.F.; Dutra, V.; Colodel, E.M.; Sousa, V.R.F. Prevalência das doenças de pele não neoplásicas em cães no município de Cuiabá, Mato Grosso. Pesquisa Veterinária Brasileira, 33 (3): p.359-362, 2013.

Ghubash, R. Parasitic miticidal therapy. Clinical Techniques in Small Animal Practice, 21(3):135-44, 2006.

Holm, B. Efficacy of milbemycinoxime in the treatment of canine generalized demodicosis: a retrospective study of 99 dogs (1995-2000). Veterinary Dermatology, 14:189-195, 2003.

Lemarie, S.L.; Hosgood, G.; Foil, C.S. A retrospective study of juvenile- and adultonset generalized demodicosis in dogs (198691). Veterinary Dermatology, 7: p.3-10, 1996.

Miller, W.H.; Griffin, C.E.; Campbell, K.L. Muller and Kirk's small animal dermatology. 7th ed. St Louis: Elsevier, 2013, 948p.

Mueller, R. S.; Bensignor, E.; Ferrer, L.; Holm, B.; Lemarie, S.; Paradis, M.; Shipstone, M. A. Treatment of demodicosis in dogs: 2011 clinical practice guidelines, Veterinary Dermatology, 23:86-e21, 2012.

Nayak, D.C.; Tripathy, S.B.; Dey, P.C.; Ray, S.K.; Mohanty, D.N.; Parida, G.S.; Biswal, S.; DAS, M. Prevalence of canine demodicosis in Orissa (India). Veterinary Parasitology, 73:347-352, 1997.

Plant, J.D.; Lund, E.M.; Yang, M. A case–control study of the risk factors for canine juvenileonset generalized demodicosis in the USA. Veterinary Dermatology, 22: 95-99, 2010.

Pereira, A.V.; Pereira, S.A.; Gremião, I.D.F.; Campos, M.P.; Ferreira, A.M.R. Comparison of acetate tape impression with queezing versus skin scraping for the diagnosis of canine demodicosis. Australian Veterinary Journal, 90(11):448-450, 2012.

Pereira, D.T.; Castro, L.J.M.; Centenaro, V.B; Amaral, A.S; Krause, A.; Schmidt, C. Skin impression with acetate tape in Demodex canis and Scarcoptes scabiei var. vulpes diagnosis. Arquivo Brasileiro de Medicina Veteterinária e Zootecnia, 67(1):49-54, 2015.

Ravera, I.; Altet, L.; Francino, O.; Sánchez, A.; Rolda, N.W.; Villanueva, S.; Bardagi, M.; Ferrer, L. Small Demodex populations colonize most parts of the skin of healthy dogs. Veterinary Dermatology, 24:168-e37, 2013.

Reddy, B.S.; Sivajothi, S. CD4+ and CD8+ T cells in the peripheral blood of dogs affected with generalized demodicosis. Comparative Clinical Pathology, 25:295-297, 2016.

Rocha, G.S.; Ahid, S.M.M.; Bezerra, A.C.D.S.; Filgueira, K.D.; Santos, J.P.S.S. Freqüência de ácaros em cães e gatos no município de Mossoró, Rio Grande do Norte. Acta Scientiae Veterinariae, 36(3): 263-266, 2008. Saridomichelakis, M.N.; Koutinas, A.F.; Farmaki, R.; Leontides, L.S.; Kasabalis, D. Relative sensitivity of hair pluckings and exudate microscopy for the diagnosis of canine demodicosis. Veterinary Dermatology,18 (2):138-41, 2007.

Silva, L.V.A.; Santana, I.M.; Alves, L.C.; Faustino, M.A.G. Infecção por Demodex canis em cães dermatologicamente sadios e com dermatopatias, procedentes da região metropolitana de Recife, Estado de Pernambuco. Medicina Veterinária, 5 (3):16, 2011.

Sivajothi, S.; Reddy, B.S.; Rayulu, V.C. Demodicosis caused by Demodex canis and Demodex cornei in dogs. Journal of Parasitic Diseases, 39 (4):673-676, 2015.

Ural, K.; Voyvoda, H.; Ulutaş, B.; Paşa, S.; Aysul, N.; Gültekin, M. Understanding Primary and Secondary Skin Lesions among Infectious Dermatoses in Dogs: Lessons We Learned From Cases. Animal Health, Production and Hygiene, 1(2):86-99, 2012.

Downloads

Publicado

20-03-2019

Como Citar

Lopes, N. L., Machado, M. A., Colares Araújo, D. C., Barbalho, C. de M., Manier, B. L., e Ferreira, F. F., Costa, T. S., & Fernandes, J. I. (2019). Demodiciose canina: estudo retrospectivo dos casos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2013-2017). Medicina Veterinária, 12(3), 174–180. https://doi.org/10.26605/medvet-v12n3-2392

Edição

Seção

Clínica e cirurgia de pequenos animais