Comportamento ingestivo de equinos em pastagens com Panicum maximum Jacq. na região do semiárido de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.26605/medvet-v14n2-3767Palavras-chave:
cavalo, tempo em pastejo, tempo em ócio, taxa de bocados.Resumo
Foi conduzido um experimento objetivando-se avaliar o comportamento ingestivo de equinos sob pastejo em pastagens estabelecidas com dois cultivares de Panicum maximum Jacq., cv. BRS Zuri e cv. Mombaça, em condições do semiárido mineiro. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com dois pastos representando os tratamentos, cada um com quatro repetições. O período experimental teve duração de 45 dias, sendo 17 dias de adaptação e quatro dias para avaliações do comportamento em pastejo de 10 éguas solteiras, realizadas durante 24 horas a cada 10 minutos, com intervalos de sete dias entre elas. Foram aferidos além dos tempos em pastejo diurno, noturno e diário, tempos total em ócio diurno, noturno e diário, a taxa e número de bocados diários, a estrutura morfológica e a composição químico-bromatológica dos pastos. No cv. BRS Zuri constatou-se maiores proteína bruta (11,76%), densidade volumétrica de folhas (208,91 kg/ha.cm MS) e taxa de bocado diário (35,10 bocado/minuto), enquanto que no cv. Mombaça observou-se maiores teores de matéria seca (39,16%), FDN (71,85%) e altura do pasto (61,75 cm). Porém, isso não provocou diferença entre os tempos em pastejo e ócio diurno, noturno e diário, das éguas. Éguas solteiras dispendem o mesmo tempo em pastejo sob temperaturas do ar elevadas independente dos cultivares de Panicum maximum Jacq. embora estas apresentem estruturas morfológicas diferentes.Downloads
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