Hematologia, bioquímica e cortisol de gatos tratados com prednisolona

Autores

  • J. N. M. Monteiro

Resumo

A utilização de glicocorticóides pode desencadear diversas alterações em animais, entretanto, a espécie felina é citada como menos susceptível aos efeitos colaterais deste fármaco. Este ensaio clínico teve como objetivo verificar as possíveis alterações em gatos tratados com corticóides através da avaliação do hemograma, bioquímica sérica e urinária e cortisolemia. Foram utilizados oito gatos, os quais receberam 6mg/kg de prednisolona pelo período de 14 dias consecutivos. No hemograma verificou-se aumento significativo no volume corpuscular médio (VCM), plaquetas e diminuição dos linfócitos entre o momento inicial (M1) e final (M2), mas os resultados estavam dentro dos limites fisiológicos. Os monócitos apresentavam-se acima dos valores de normalidade antes e após o tratamento. Na avaliação bioquímica sérica e urinária houve significante elevação entre os dois momentos avaliados para aspartato amino transferase (AST), colesterol (Col), gama-glutamiltransferase urinária (?-GTur), enquanto que os níveis séricos de potássio e cortisol diminuíram. Pode-se concluir que o uso de prednisolona nas condições desta pesquisa, provoca alterações precoces, em apenas duas semanas de tratamento, que indicam efeitos adversos como linfopenia, redução da produção endógena de cortisol e aumento da excreção de potássio observado nos valores encontrados nos exames laboratoriais. Adicionalmente, pela hipocortisolemia observa-se supressão do eixo pituitário-hipotalâmico-adrenal.

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Publicado

29-03-2012

Como Citar

Monteiro, J. N. M. (2012). Hematologia, bioquímica e cortisol de gatos tratados com prednisolona. Medicina Veterinária, 5(2), 14–18. Recuperado de https://journals.ufrpe.br/index.php/medicinaveterinaria/article/view/634

Edição

Seção

Clínica e cirurgia de pequenos animais