Rinosporidiose nasal canina no Rio Grande do Sul: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.26605/medvet-v19n1-6830Palavras-chave:
cão, histologia, pólipo, Rhinosporidium seeberiResumo
A rinosporidiose é uma doença infecciosa crônica causada pelo agente Rhinosporidium seeberi, que afeta principalmente as mucosas e pode acometer diversas espécies de animais. Ainda que tenha distribuição mundial, ela é considerada uma doença pouco registrada em cães. O presente relato descreveu um caso de rinosporidiose nasal em um cão, na cidade de Eldorado do Sul no estado do Rio Grande do Sul. O cão, macho, sem raça definida, tinha cerca de cinco anos e foi resgatado das vias públicas com quadro clínico de espirros, sangramento e secreção nasal purulenta. Por meio de inspeção visual identificou-se um pólipo na mucosa da cavidade nasal esquerda. Uma porção do pólipo foi expelida por meio dos espirros. O fragmento foi coletado, fixado em formalina a 10% tamponada, processado histologicamente e submetido às colorações de Hematoxilina e Eosina, Ácido Periódico de Schiff e Tricrômico de Gomori. A histopatologia revelou inflamação granulomatosa associada a esporângios em diferentes estádios de maturação. Os achados clínicos, macroscópicos e microscópicos foram compatíveis com rinosporidiose nasal. O restante da lesão regrediu espontaneamente e até o momento não há relato de recidiva.Downloads
Referências
Abraham, Z.S. et al. Synchronous nasal rhinosporidiosis and inverted papilloma in a paediatric patient in Dodoma, Tanzania: Case report. International Journal of Surgery Case Reports, 117: 109578, 2024.
Abud, L.N.; Pereira, J.C. Rinosporidiose Nasal – Relato de Quatro Casos e Revisão de Literatura. Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia, 11(2): 214-219, 2007.
Almeida, F.A. et al. Rhinosporidiose: the largest case series in Brazil. Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 49(4): 473-476, 2016.
Argenta, F.F. et al. Rhinosporidiosis in horses. Pesquisa Veterinária Brasileira, 38(12): 2213-2216, 2018.
Arseculeratne, S.N. et al. Nature and significance of the electron-dense bodies of the endospores of Rhinosporidium seeberi: their reactions with MTT (3-[4,5-dimethyl-2-thiazolyl]-2,5-diphenyl-2Htetrazolium bromide) and TMRE (tetramethyl-rhodamine ethyl ester). Medical Mycology, 43(3): 261-273, 2005.
Bernardo, F.D. et al. Rinosporidiose nasal em equino no Sul do Rio Grande do Sul, Brasil - Relato de Caso. Revista Brasileira de Medicina Veterinária, 38(2): 175-180, 2016.
Boni, E.S. et al. Rinosporidiose da conjuntiva - Relato de caso. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, 65: 103-105, 2002.
Borteiro, C. et al. Rhinosporidiosis in a dog from Uruguay and review of the literature Brazilian Journal of Veterinary Pathology, 11(3): 92-96, 2018.
Caniatti, M. et al. Nasal rhinosporidiosis in dogs: four cases from Europe and a review of the literature. Veterinary Record, 142(13): 334-338, 1998.
Chandran, M. et al. Rhinosporidiosis- Epidemiological, Clinicoradiological, Immunological Profile. Iranian Journal of Otorhinolaryngology, 35(130): 255–262, 2023.
Das, S. et al. Nasal rhinosporidiosis in humans: new interpretations and a review of the literature of this enigmatic disease. Medical Mycology, 49(3): 311–315, 2011.
Easley, J.R. et al. Nasal Rhinosporidiosis in the Dog. Veterinary Pathology, 23(1): 50-56, 1986.
Galiza, G.J.N. et al. Características histomorfológicas e histoquímicas determinantes no diagnóstico da criptococose em animais de companhia. Pesquisa Veterinária Brasileira, 34(3): 261-269, 2014.
Gori, S.; Scasso, A. Cytologic and differential diagnosis of rhinosporidiosis. Acta Cytologica, 38(3): 361-366,1994.
Herr, R.A. et al. Phylogenetic analysis of Rhinosporidium seeberi’s 18S small-subunit ribosomal DNA groups this pathogen among members of the protistan Mesomycetozoa clade. Journal of Clinical Microbiology, 37 (9): 2750-2754, 1999.
Karthikeyan, P. et al. Retrospective Epidemiological Study of Rhinosporidiosis in a Rural Tertiary Care Centre in Pondicherry. Journal of Clinical and Diagnostic Research, 10(5): 4-8, 2016.
Leeming, G. et al. Equine rhinosporidiosis in United Kingdom. Emerging Infectious Diseases, 13(9): 1377–1379, 2007.
Mayer, H.F.; Díaz, B.E. Primer caso de rinosporidiosis (Rhinosporidium seeberi) en Canis familiaris. Anales del Instituto de Medicina Regional Universidad Nacional de Tucumán, 4(1): 1-8, 1954.
Mahajan, V.K. Subcutaneous Mycoses. In: Singal, A.; Grover, C. Comprehensive approach to infections in dDermatology. 1st ed., New Delhi: Jaypee Brothers Medical Publishers, 2016. p.116-157.
Mendoza, L.; Vilela, R. Presumptive synchronized nuclear divisions without cytokinesis in the Rhinosporidium seeberi parasitic life cycle. Microbiology, 159(8): 1545-1551, 2013.
Mishra, L.K.; Gupta, S.; Pradhan, S.K.; Baisakh, M.R. Lacrimal sac rhinosporidiosis. Plastic and Aesthetic Research, 2: 353-356, 2015.
Morelli, L. et al. Human nasal rhinosporidiosis: an Italian case report. Diagnostic pathology. 1:25, 2006.
Neves, C.D. et al. Rinosporidiose nasal canina: relato de caso no Brasil. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, 21(4): 223-225, 2014.
Oliveira, J.C. Micoses subcutâneas. In:_____. Tópicos em micologia médica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Control Lab, 2014. p.111-113.
Ribeiro, F.R. et al. Rinosporidiose Nasal: Relato De Caso. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, 2: 77-83, 2019.
Sampaio, A.J.S.A. et al. Rinosporidiose em equino: Relato de caso. Revista de Ciência Veterinária e Saúde Pública, 5(1): 72-79, 2018.
Santos, A.C. et al. Rinosporidiose nasal e laringeana em equino. Acta Scientiae Veterinariae, 42 (Supp 1): 1-5, 2014.
Sinha, A. et al. Clinicopathological study of rhinosporidiosis with special reference to cytodiagnosis. Journal of Cytology, 29(4): 246-249, 2012.
Tizzano, M.A. et al. Equine rhinosporidiosis in Buenos Aires, Argentina. Revista Argentina de Microbiología, 54 (1): 22-24, 2022.
Vilela, R.; Mendoza, L. The taxonomy and phylogenetics of the human and animal pathogen Rhinosporidium seeberi: A critical review. Revista Iberoamericana de Micología, 29(4): 185–99, 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Carolina Jung Kremer, Alice Faé, Cristine Cerva, Suzane Both Hilgert-Moreira, Angélica Cavalheiro Bertagnolli Rodrigues

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
- A Revista de Medicina Veterinária permite que o autor retenha os direitos de publicação sem restrições, utilizando para tal a licença Creative Commons CC BY-NC-SA 4.0.
- De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.