Desafios para la soberanía y la seguridad alimentaria en la agricultura familiar
DOI:
https://doi.org/10.52719/bjas.v4i1.4118Resumen
A soberania e segurança alimentar são temas que nos últimos anos têm sido bastante abordados na comunidade científica, bem como nos espaços de movimentos sociais e são considerados emergentes. O objetivo deste trabalho foi analisar a temática soberania e segurança alimentar, sobretudo compreender como estão sendo abordadas as pesquisas científicas nessa temática, inclusive em um cenário de insegurança alimentar no mundo. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, baseada no método prisma com as perguntas guias: Como as temáticas relacionadas à soberania, à segurança alimentar e à agroecologia foram abordados nos trabalhos desenvolvidos nos últimos 5 anos? O que esses artigos abordaram sobre os subtemas: mulheres, política pública, sistema de produção e Consumo de alimentos dos agricultores familiares ? Para a busca, utilizou-se os termos “soberania” e “segurança alimentar” em português e inglês “sovereignty” and “food security” Foram selecionados 19 artigos para leitura integral. Houve uma maior concentração de estudos em países do continente africano e da América Latina, como o Brasil. Os estudos de maior destaque, com os subtemas mais referidos, foram os que abordam sistemas de produção (31,57%), seguidos do papel das Mulheres na Segurança e Soberania Alimentar (21,05%), política pública (15,78%) e Consumo de alimentos dos agricultores familiares (10,52%). Neste estudo, foi possível perceber o quanto os planejamentos de ações para novas agendas ambientais para agricultura familiar, sobretudo em contexto de crise sanitária global, são extremamente emergentes. Além disso, é necessário também a permanência do fortalecimento das agriculturas familiar, camponesas, dos povos tradicionais e dos modos de produção agrícola sustentáveis. A análise destes estudos é fundamental para que se possa construir formas de se ampliar o reconhecimento, valorização e visibilidade da agricultura praticada por estes grupos, bem como contribuir em pesquisas e extensão para a comunidade científica.Descargas
Citas
Abdoellah, O. S, Schneider, M., Nugraha, L. M., Suparman, Y., Voletta, C. T., Withaningsih, S., Parikesit, Heptiyanggit, A., & Hakim, L. (2020). Homegarden commercialization: extent, household characteristics, and effect on food security and food sovereignty in Rural Indonesia. Sustainability Science, 15, 797–815.
Alonso, A. F., Borras, S. M., Holmes,T., Giménez, E. H., & Robbins, M. J. (2015). Food sovereignty: Convergence and contradictions, conditions and challenges. Third World Quarterly, 36(3), 431–448.
Altieri, M. A., & Nicholls, C. I. (2020). Agroecology and the emergence of a post COVID-19 agriculture. Agric Hum Values, 37, 525–526. https://doi.org/10.1007/s10460-020-10043-7.
Amir, N. (2013). A critique of neoliberal models of food production: food sovereignty as an alternative towards true food security [Doctoral theses]. https://scholar.colorado.edu/honr_theses/525/.
Antão, J. E. R., Santos, N. D., Santos, J., & Souza, M. J. S. (2019). O assentamento Chico Mendes II: uma esperança para a soberania alimentar em Sergipe. Terra – Habitats Urbanos e Rurais, 1043-1054.
Assis, T. R. P., França, A. G. M., & Coelho, A. M. (2019). Agricultura familiar e alimentação escolar: desafios para o acesso aos mercados institucionais em três municípios mineiros. Revista de Economia e Sociologia Rural, 57(4), 577-593. https://doi.org/10.1590/1806-9479.2019.187826
Camacho, R. S. (2012). A insustentabilidade social e ambiental do agronegócio: a territorialização do complexo celulose-papel na região leste de Mato Grosso do Sul. Expansão e Produção Rural X Sustentabilidade, 8(7), 29-45.
Catossa, L. A. (2020). A presença brasileira na agricultura moçambicana e os paradigmas do modelo agrário em questão: um olhar geográfico sobre o prosavana. Geo UERJ, 37, e53913. DOI: 10.12957/geouerj.2020.53913
Cavalli, S. B., Soares, P., Martinelli, S. S., & Schneider, S. (2020). Family farming in times of Covid-19. Rev. Nutr, 33. https:// doi.org/10.1590/1678-9865202033e200180
Conti, M. (2016, February 4-5). Food sovereignty agenda of transnational social movements in the UN global governance [International colloquium]. International Institute of Social Studies (ISS) 2016, The Hague, Netherlands.
Corrêa, M. L. M., Pignati, W. A., & Pignatti, M. G. (2019). Segurança alimentar, produção de alimentos e saúde: um olhar para os territórios agrícolas de Mato Grosso. Aceno, 6(11), 129146.
Daye, R. (2020). Competing food sovereignties: GMO-free activism, democracy and state preemptive laws in Southern Oregon. Agric Hum Values, 37, 1013–1025 https://doi.org/10.1007/s10460-020-10034-8
Escobar, L. G. (2019). Diversidad biocultural, agricultura raizal y soberanía alimentaria en san Andrés y providencia (colombia). Tabula Rasa, 32,195-225. https://doi.org/10.25058/20112742.n32.13
Food and Agriculture Organization. (2020). The State of Food Security and Nutrition in the World (SOFI). http://www.fao.org/3/ca9692en/CA9692EN.pdf
Food and Agriculture Organization . (2018). State of Food Insecurity 2018, Food and Agriculture Organization. https://www.fao.org/3/I9553EN/i9553en.pdf .
Funari, J. N., & Pereira-Brito, M. C. (2018). Caminhos das águas no sertão do pajeú: contribuições e lutas das mulheres camponesas na construção de uma convivência transformadora com o semiárido brasileiro. Revista Pegada, 18(3).
Gallina, L. S., Teo, C. R. P. A., Busato, M. A., Milan, C., & Szinwelski, N. K. (2017). O olhar de mulheres camponesas sobre soberania e segurança alimentar e nutricional. Rev. Bras. de Agroecologia, 12(1), 59-67.
Galvão, T. F., Pansani T. S., & Harrad, D. (2015) Reporting Items for Systematic Reviews and Meta Analyses: The PRISMA tatement. Epidemiol Serv Saúde, 24,335-42.
Hernandez, C. (2020). “Without food there is no resistance”: The impact of the Zapatista conflict on agrobiodiversity and seed sovereignty in Chiapas, Mexico. Geoforum, 128 (2022), 236-250. https://doi.org/10.1016/j.geoforum.2020.08.016 .
Hurtado-Bermúdez, L. J., Vélez-Torres, I., & Mendez, F. (2020, Sep.). No land for food: Prevalence of food insecurity in ethnic communities enclosed by sugarcane monocrop in Colombia. International Journal of Public Health, 65(7), 1087-1096. https://doi.org/10.25058/20112742.n32.13.
Jalil, L., Silva, L. C., & Oliveira, J. (2019). Caderneta agroecológica: a contribuição das mulheres para a soberania e segurança alimentar e conservação da agrobiodiversidade. Cadernos de ciências sociais UFRPE, 2(15), 98-125.
Jalil, L. M. (2009). Mulheres e soberania alimentar: a luta para a transformação do meio rural brasileiro. Dissertação de mestrado, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
Jiren, T. S., Dorresteijn, I., Hanspach, J., Schultner, J., Bergsten, A., & Manlosa, A. (2020). Alternative discourses around the governance of food security: A case study from Ethiopia. Global Food Security, 24, 100338. https://doi.org/10.1016/j.gfs.2019.100338
Kerr, R. B, Hickey, C., Lupafya, E., & Dakishoni, L. (2019). Repairing rifts or reproducing inequalities? Agroecology, food sovereignty, and gender justice in Malawi. The Journal of Peasant Studies, 46(7), 1499-1518.
Liberato, R. S., Noronha, L. M. I., & Bagnol, B. (2019). Soberania Alimentar no Soberania Alimentar no Soberania Alimentar no Soberania Alimentar no Machimbombo Machimbombo e na aldeia: gênero na perspectiva Sul-Sul. Revista Estudos Feministas, 27(3), e66961. DOI: 10.1590/1806-9584-2019v27n366961
Martinelli, S. S., Cavalli, S. B., Fabri, R. K., Veiros, M. B., REIS, A. B. C., & Santos, L. A. (2020). Strategies for the promotion of healthy, adequate and sustainable food in Brazil in times of Covid-19. Rev. Nutr, 33, e20181. https://doi.org/10.1590/1678-9 865202032e200181
McKeon, N. (2015). Food security governance: Empowering Communities, Regulating Corporations. Routledge, UK.
McMichael, P. (2014). Historicizing food sovereignty: A food regime perspective. Paper presented at the food sovereignty: A critical dialogue. New Haven: Yale University.
Ministério Desenvolvimento Social e Agrário. (2013). O direito humano à alimentação adequada e o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/seguranca_alimentar/DHAA_SAN.pdf.
Nyéléni. (2007). Declaration of the Forum for Food Sovereignty, Nyéléni 2007. https://www.nyeleni.org/spip.php?article290.
O’Laughlin, B. (2007). A bigger piece of a very small pie: Intrahousehold resource allocation and Poverty reduction in Africa. Development and Change, 38(1), 21–44. doi:10.1111/j.1467-7660. 2007.00401.x.
Patel, R. (2010). What does food sovereignty look like? In Food sov- ereignty: Reconnecting food, nature and community, ed. Hannah Wittman, AnnetteAurelie Desmarais, and Nettie Wiebe. Oakland: Food First.
Roces, I. G., Montiel, M. S., & Cantó, A. S. (2015). Perspectiva ecofeminista de la soberanía alimentaria: la Red de Agroecología en la Comunidad Moreno Maia en la Amazonía brasileña. Relaciones Internacionales, 27, 75-96
Santos, T. M., Santos Junior, P., Castrillon, S. K. I., & Carniello, M. A. (2017). Conservação da agrobiodiversidade e soberania alimentar em assentamento rural no Pantanal de Cáceres, Mato Grosso. Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, 8(1), 74-90. http://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.001.0007.
Siliprandi, E. (2000). Ecofeminismo: contribuições e limites para as abordagens de políticas ambientais. Revista de Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável,1, 61-71
Siliprandi, E. (2005). Mulheres e agroecologia: a construção de novos sujeitos políticos na agricultura familiar [Tese de doutorado, Universidade de Brasília]. Brasília-DF, Brasil.
Soares, K. R., Ferreira, E. E. S., Seabra Junior, S., & Neves, S. M. A. S. (2019). Extrativismo e produção de Alimentos como estratégia de reprodução de agricultores familiares do Assentamento Seringal, Amazônia Meridional. RESR, 56(4), 645-662. http://dx.doi.org/10.1590/1234-56781806-94790560406.
Shilomboleni, H. (2017). The African green revolution and the food sovereignty movement: contributions to food security and sustainability a case-study of Mozambique [Thesis presented to University of Waterloo]. Ontario, Canada. https://uwspace.uwaterloo.ca/bitstream/handle/10012/11323/Shilomboleni_Helena.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
Shiva, V. (2011). The Violence of Green Revolution: Third World Agriculture, Ecology and Politics. Zed Books, London, UK.
Tuler, A. C., Peixoto, A. L., & Silva, N. C. B. (2018). Plantas alimentícias não convencionais (PANC) na comunidade rural de São José da Figueira, Durandé, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia 70. http://dx.doi.org/10.1590/2175-7860201970077.
Wittman, H., Chappell, M. J., Abson, D. J. et al. (2016). A social ecological perspective on harmonizing food security and biodiversity conservation. Reg. Environ. Change, 17, 1291–1301. https://doi.org/10.1007/s10113-016-1045-9.
X, J. A. (2019). Princípio de conservación: coexistencia entre diversidad de especies comestibles y conocimiento tradicional. Polibotánica Instituto Politecnico Nacional. 47, 179-199.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Brazilian Journal of Agroecology and Sustainability
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.