Constituintes da profissão docente no ensino de Química da Educação Básica
DOI:
https://doi.org/10.53003/redequim.v7i1.3055Palavras-chave:
Revisão de literatura, Licenciatura em Química, Profissão docenteResumo
Este artigo apresenta resultados de pesquisas acadêmicas nacionais e internacionais, nas últimas duas décadas, sobre os constituintes da profissão docente na área de Ciências da Natureza, focalizando a disciplina de Química, sobretudo formação inicial e docência. Para isto, realizou-se uma revisão de literatura sistematizada, considerando o período 2000 – 2018, com o levantamento de 10 teses, 21 dissertações e 5 artigos científicos. Os trabalhos foram identificados por meio de uso dos descritores “formação inicial de professores de Química and profissão professor”, “carreira docente em Química and profissão professor” e “profissão professor de Química and atratividade da docência”, nos repositórios Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, Catálogo de Teses e Dissertações da Capes, Portal de Periódicos da Capes e ScienceDirect. Por meio da análise de evidências extraídas destes trabalhos, foi possível identificar que a pesquisa sobre a temática em estudo vem sendo desenvolvida predominantemente: i) pelo suporte das categorias teóricas profissão, identidade, formação e trabalho, relativas à docência; ii) por abordagem qualitativa; iii) pelo estudo de caso, tendo por ambiente de investigação o curso de licenciatura em Química ofertado em universidade; iv) pela captação de dados qualitativos com uso de questionário e entrevista aplicados ao licenciando e ao egresso deste curso, bem como os oriundos de documentos que caracterizam-no; v) por técnicas de análise de dados baseadas na compreensão da linguagem humana. Considera-se que, no cenário brasileiro, nos últimos anos, a profissão docente na área de Química passou a ser investigada em Programas de Pós-Graduação stricto sensu de algumas universidades.Downloads
Referências
Almeida, Patrícia A., Tartuce, Gisela L. B. P., Nunes, Marina M. R. (2014). Quais as razões para a baixa atratividade da docência por alunos do ensino médio? Psicologia: Ensino & Formação, 5(2), 103-121.
Altet, Marguerite. (2001). As competências do professor profissional: entre conhecimentos, esquemas de ação e adaptação, saber analisar. In: Perrenoud, Philippe. (Org.). Formando Professores Profissionais. Ed. Artmed, 2 ed. São Paulo, SP, 23-35.
Alves-Mazzotti, Alda J. (2002). A “revisão de literatura” em teses e dissertações: meus tipos inesquecíveis – o retorno. In: Bianchetti, Lucidio., Machado, Ana M. N. (Org.). A bússola do escrever: desafios e estratégias na orientação de teses e dissertações. São Paulo: Cortez, 25-44.
Anderson, Jo Anne. (2005). Accountability in education. Paris: International Institute for Educactional Planning.
Boote, Davidy N., Beile, Penny. (2005). Scholars before researchers: on the centrality of the dissertation literature review in research preparation. Educational Researcher, 34(6), 3-15.
Brasil. MEC. (1961). Lei Nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/ 1960-1969/lei-4024-20-dezembro-1961-353722-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 21 set. 2019.
Brasil. MEC. (1971). Lei Nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1º e 2º graus, e dá outras providências. Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ Ccivil_03/ LEIS/L5692.htm. Acesso em: 21 set. 2019.
Brasil. MEC. (1996). Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27833. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 21 set. 2019.
Brasil. (2014). Lei n.13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Brasília, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, DF., 26 jun. 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/ L13005.htm. Acesso em 15 set. 2019.
Brasil. MEC. (2015a). Parecer CNE/CP n. 02/2015, de 26 de junho de 2015. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica. Brasília, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, seção 1, p. 13, 2 de junho de 2015. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view= download&alias=17625-parecer-cne-cp-2-2015-aprovado-9-unho-2015&category_ slug=junho-2015-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 01 out. 2019.
Brasil. MEC. (2015b). Resolução CNE/CP n. 02/2015, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Brasília, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, seção 1, n. 124, p. 8-12, 02 de julho de 2015. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/ agosto-2017-pdf/70431-res-cne-cp-002-03072015-pdf/file. Acesso em: 21 set. 2019.
Capes. (2018). Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID chamada pública para apresentação de propostas Edital Nº 7/2018. Disponível em: https://www.capes.gov.br/ images/stories/download/editais/120318-Edital_0631954_Edital_Capes_07_2018_Pibid_Re tificado.pdf. Acesso em: 27 set. 2019.
Christino, Verônica C. L. (2013). A formação inicial de professores de química e o exercício da docência na escola: que discursos estão em jogo? Dissertação (Mestrado). 117f. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas.
Corrêa, Roberta. G. (2015). Formação inicial de professores de química: discursos, saberes e práticas. Tese (Doutorado). 165f. Universidade Federal de São Carlos, 2015. São Carlos.
Creswell, John W. (2014). Investigação qualitativa e projeto de pesquisa: escolhendo entre cinco abordagens. Trad. Sandra Mallmann da Rosa. 3. ed. Porto Alegre: Penso.
Damasceno, Deangelis., Godinho, Mariana S., Soares, Marlon H. F. B., Oliveira, Anselmo. E. (2010). O Perfil da Carreira dos Docentes de Química da Rede de Ensino Pública do Estado de Goiás, Brasil: Uma Análise Multivariada. Educ. quím., 21(3), 246-253.
Darling-Hammond, Linda, Lieberman, Ann. (2012). Teacher Education around the world. New York: Routledge.
Dourado, Luís F. (2016). Formação de profissionais do magistério da Educação Básica: novas diretrizes e perspectivas. Comunicação & Educação, 1, 27-39.
Echeverría, Augustina R., Zanon, Lenir B. (org). (2010). Formação Superior Em Química No Brasil – Práticas e Fundamentos curriculares. Ijuí: Unijuí.
Fernandez, Carmen. (2018). Formação de professores de Química no Brasil e no mundo. Estudos Avançados, 32(94), 205-224.
Fonseca, Carlos V. (2014). A formação de professores de química em instituições de ensino superior do Rio Grande do Sul: saberes, práticas e currículos. Tese de Doutorado, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Fonseca, Fabiana B. (2002). E-learning e a profissão docente. In: Associação Brasileira de Educação a Distância. Anais do Congresso Internacional ABED de Educação a Distância. 1-7. Disponível em: http://www.abed.org.br/congresso2002/trabalhos/texto43.htm. Acesso em: 05 out. 2020.
Furlan, Elaine G. M. (2011). O processo de socialização e construção de identidade profissional do professor iniciante de química. Tese (Doutorado em Educação), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
Gatti, Bernadete A. (2017). Formação de professores, complexidade e trabalho docente. Revista Diálogo Educacional, 17(53), 721-737.
Gauthier, Clermont, Martineau, Stéphane, Desbiens, Jean F., Malo, Annie, Simard, Denis. (1998). Por uma teoria da pedagogia: pesquisas contemporâneas sobre o saber docente. Trad. do francês por Francisco Pereira de Lima. Ijuí: UNIJUÍ.
Gil, Antônio C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.
Grier, Jeanne M., Johnston, Carol C. (2009). An Inquiry Into the Development of Teacher Identities in STEM Career Changers. Journal Science Teacher Education, 20, 57–75.
Herbert, Sandra., Hobbs, Linda. (2018). Pre-Service Teachers’ Views of School-Based Approaches to Pre-Service Primary Science Teacher Education. Res. Sci. Educ., 48, 777–809.
Imbernón, Francisco. (2011). Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. 9. ed. São Paulo: Cortez.
INEP. (2018). Censo escolar 2017. Notas estatísticas. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. 20 p. Disponível em: http://download.inep.gov.br/ educacao_basica/censo_escolar/notas_estatisticas/2018/notas_estatisticas_Censo_Escolar_2017.pdf. Acesso em: 28 out. 2019.
Iza, Dijnane F. V., Benites, Larissa C., Sanches Neto, Luiz., Cyrino, Marina., Ananias, Elisangela V., Arnosti, Rebeca P., Souza Neto, Samuel. (2014). Identidade docente: as várias faces da constituição do ser professor. Revista Eletrônica de Educação, 8(2), 273-292.
Janerine, Aline. S. (2013). Vozes normalizadoras presentes no processo de identificação profissional de professores de Química do Ensino Médio em início de carreira. São João Del-Rei. 201f. Dissertação (Mestrado em Educação). Departamento de Ciências da Educação, Universidade Federal de São João del-Rei, São João del-Rei – MG.
Jesus, Weverton S., Araújo, Renato S., Vianna, Deise M. (2014). Formação de professores de Química: a realidade dos cursos de Licenciatura segundo os dados estatísticos. Scientia Plena, 10(8), 1-12.
Krasilchik, Mirian. (2000). Reformas e Realidade: o caso do ensino de Ciências. São Paulo em Perspectiva, 14(1), 85-93.
Lambrecht, Eliakim O., Zara, Reginaldo A. (2017). Impacto da ampliação das Vagas no Ensino Superior sobre a Formação de Professores de Física e Química para a Educação Básica. Ens. Tecnol. R., Londrina, 1(2), 58-169.
Leite, Luciana R. (2016). De licenciando a professor: análise das influências da formação inicial na prática pedagógica do professor de Química do ensino médio. Dissertação (Mestrado). 148 f. Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza.
Maldaner, Otávio A. (2008). A Formação Inicial e Continuada de Professores de Química. Professores/pesquisadores. Ijuí: Ed. Unijuí.
Marcelo, Carlos. (2009). A identidade docente: constantes e desafios. Formação Docente, 1(1), 109-131.
Medeiros, Marinalva V., Cabral, Carmen L. O. (2006). Formação docente: da teoria à prática, em uma abordagem sócio-histórica. Revista E-curriculum, 1(2), 1-17.
Mesquita, Nyuara A. S., Soares, Marlon H. F. B. (2011). Aspectos históricos dos cursos de licenciatura em química no Brasil nas décadas de 1930 a 1980. Química Nova, 34(1), 165-174.
Melville, Wayne., Wallace, John. (2007). Workplace as Community: Perspectives on Science Teachers Professional Learning. Journal of Science Teacher Education, 18, 543–558.
Moreira, Walter. (2004). Revisão de Literatura e desenvolvimento científico: conceitos e estratégias para confecção. Janus, Lorena-SP, 1(1), 20-30.
Nóvoa, Antônio. (1989). Profissão: Professor. Reflexões Históricas e Sociológicas". Análise Psicológica, 1-2-3 (VII), 435-456.
Nóvoa, Antônio. (1995). Profissão professor. Porto: Porto editora.
Oliveira, Dalila A. (2004). A reestruturação do trabalho docente. Precarização e flexibilização. Educação & Sociedade, 25(89), 1127-1144.
Oliveira, Dalila A. (2008). O trabalho docente na América latina: Identidade e profissionalização. Revista Retratos da Escola, 2(2-3), p. 23-39.
Oliveira, Hosana L. G., Leiro, Augusto C. R. (2019). Políticas de formação de professores no Brasil: referenciais legais em foco. Pro-posições, 30(e20170086), 1-26.
Oliveira, Dalila A., Vieira, Lívia F. (2012). O trabalho docente na educação básica: a condição docente em sete estados brasileiros. Belo Horizonte: Fino Traço.
Pena, Graziela B. O. (2010). O início da docência: vivência, saberes e conflitos de professores de química. Dissertação (Mestrado em Química). Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia.
Risch, Bjoern. (2010). Teaching Chemistry in Germany. In: Risch, Bjoern. (Org.). Teaching Chemistry around the world. Berlin: Waxmann Verlag GMBH, 1, 267-79.
Rozelle, Jeffrey J., Wilson, Suzanne M. (2012). Opening the black box of field experiences: How cooperating teachers’ beliefs and practices shape student teachers’ beliefs and practices. Teaching and Teacher Education, 28, 1196-1205.
Sá, Carmen S. S. (2012). Currículo ativo e a constituição de identidades profissionais em um curso de licenciatura em química. Tese (Doutorado). 304 f. Universidade de Brasília. Brasília: Faculdade de Educação.
Sá, Carmen S. S., Santos, Wildson L. P. (2011). Licenciatura em Química: carência de professores, condições de trabalho e motivação pela carreira docente. Anais do VIII ENPEC: 2011. Disponível em: http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R0544-1.pdf. Acesso em 21 set. 2019.
Santos, Rodrigo M. (2015). Estado da arte e história da pesquisa em educação estatística em programas brasileiros de pós-graduação. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
Santos, Westerley A. (2015). Uma reflexão necessária sobre a profissão docente no Brasil, a partir dos cinco tipos de desvalorização do professor. Sapere Aude, 6(11), 349-58.
Santos, Wildson L. P., Maldaner, Otávio A., Machado, Patrícia F. L. (2011). Ensino de Química em Foco. Ijuí: Ed. Unijuí.
Shulman, Lee S. (1987). Knowledge and teaching: foundations of a new reform. Harvard Educational Review, 57(1), 1-22.
Silva, Francielen K. (2011). O trabalho docente de professores de química: Evadir, Resignar ou Persistir? Dissertação (Mestrado). 126 f. Universidade do Sul de Santa Catarina. Tubarão.
Tardif, Maurice. (2000). Saberes docentes profissionais dos professores e conhecimentos universitários: elementos para uma epistemologia da prática profissional dos professores e suas consequências em relação à formação para o magistério. Revista Brasileira de Educação, 13, 5-24.
Tardif, Maurice. (2002). Saberes docentes e formação profissional. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Vozes.
Tardif, Maurice., Raymond, D. (2000). Saberes, tempo e aprendizagem no trabalho no magistério. Educação e Sociedade, 73, 209-244.
Tardif, Maurice, Lessard, Claude. (2014a). Trabalho docente. Elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Trad. KREUCH, J. B. 9ª ed. Petrópolis: Vozes.
Tardif, Maurice, Lessard, Claude. (2014b). O ofício de professor. História, perspectivas e desafios internacionais. Trad. Lucy Magalhães, 6ª ed. Petrópolis: Vozes.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Francisco Ranulfo Freitas Martins Júnior, Eloisa Maia Vidal

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A REDEQUIM utiliza da Licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.