A Cultura Lúdica e Transgressora do Grafite em Direitos Humanos: Repensando a Democracia pela Arte no Ensino de Química

Autores

  • Kleber Francisco Silva UFG
  • Roberto Dalmo Varallo Lima de Oliveira
  • Márlon Herbert Flora Barbosa Soares

DOI:

https://doi.org/10.53003/redequim.v9i1.4908

Palavras-chave:

Ensino de Química, Interações Intermoleculares, Lúdico, Direitos Humanos

Resumo

Ação de violar ordens, a transgressão, sempre foi encarada como um ato sem moral, de insubordinação às ideias dos detentores do poder na sociedade. O difícil é compreender para quem e por quem essas ordens foram estabelecidas e o porquê de algumas pessoas se recusarem a segui-las. Essa escrita pretende abordar transgressões sociais específicas em contexto histórico de injustiças em favor dos direitos humanos, usando o grafite na perspectiva de trabalhar o ensino de química. Dessa forma, podemos possibilitar reflexões dos direitos humanos, interações intermoleculares e o lúdico em diferentes vertentes. Procuramos denunciar as mazelas sociopolíticas para repensarmos a democracia desigual que estamos inseridos. Para isso trouxemos primeiramente um apanhado teórico para relacionar os conceitos estabelecidos e posteriormente apresentamos a metodologia do estudo de caso do tipo etnográfico com a técnica de análise de conteúdo, desenvolvidos com discentes do ensino médio para construir os dados artísticos apresentados. Observamos nas falas de todos/as os/as estudantes que o ensino de química pensado na Educação em Direitos Humanos relaciona as ciências da natureza com as sociais, fazendo dessa, uma metodologia de conhecimento não apenas científico, mas também social e político.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

André, Marli E. D. A. (2008). Estudo de caso em pesquisa e avaliação educacional, 3ª ed. Brasília: Liber Livro Editora.

Bardin, Laurence. (2010). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Brougère, Gilles. (1998). Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas.

Brougère, Gilles. (2010). Brinquedo e cultura (8ª ed). São Paulo: Cortez.

Caillois, Roger. (1990). Os jogos e os homens: a máscara e a vertigem. Lisboa: Cotovia.

Canclini, Nestor G. (1998). Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: EDUSP.

Candau, Vera M. F., & Sacavino, S. B. (2013). Educação em direitos humanos e formação de educadores. Revista Educação, 36(1), 59-66.

Chaui, Marilena. (2018). Conformismo e resistência. In H. Santiago (Ed.), Coleção Escritos de Marilena Chaui, vol. 4 (1ª. ed.), São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo.

Costa, Luizan P. (2007). Grafite e pichação: institucionalização e transgressão na cena contemporânea. III Encontro de História da Arte, Campinas, Brasil.

Cortina, Adela. (1990). Ética sin moral. Madrid: Tecnos.

Desvallées, André, & Mairesse, François (2013). Conceitos-chave de Museologia. São Paulo: Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus.

Dourado, Luiz F. (2019). Estado, educação e democracia no brasil: retrocessos e resistências. Educação e Sociedade, 40, e0224639.

Estermann, Josef, Tavares, Manuel, & Gomes, Sandra (2017) Interculturalidade crítica e decolonialidade da educação superior: para uma nova geopolítica do conhecimento. Laplage em Revista, 3(3), 17-29.

hooks, bell (2013). Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Martins Fontes.

Huizinga, Johan (2007). Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva.

Jiménez Vélez, Carlos A. (2003). Neuropedagogía, lúdica y competências. Madrid: Coop. Editorial Magisterio.

Laraia, Roque B. (2001). Cultura: um conceito antropológico (14ª ed.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Maldonado-Torres, Nelson (2018). Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico, 2, 27-53.

Marcondes, Maria E. R. (2008). Proposições metodológicas para o ensino de química: oficinas temáticas para a aprendizagem da ciência e o desenvolvimento da cidadania. Revista em Extensão, Uberlândia, 7, 67-77.

Oliveira, Roberto D. V. L., & Queiroz, Glória R. P. C. (2017). Planejar com direitos humanos na formação de professores de ciências. Revista Amazônica de Ensino de Ciências, 10(22), 231-245.

Oliveira, Roberto D. V. L., & Queiroz, Glória R. P. C. (2016). O cotidiano, o contextualizado e a educação em direitos humanos: a escolha de um caminho para uma educação cidadã cosmopolita. Revista Ibero-americana de Educação, 71(1), 75-96.

Piaget, Jean (1973). Estudos sociológicos. Rio de Janeiro: Forense.

Piaget, Jean (2014). Relações entre a afetividade e a inteligência no desenvolvimento mental da criança. Rio de Janeiro: Wak Editora.

Ramos, Célia M. A. (2007). Grafite & pichação: por uma nova epistemologia da cidade e da arte. 16° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas, ANPAP, Florianópolis, Brasil.

Reis, Adriano S. (2008). Ligações hidrogênio no cotidiano: uma contribuição para o ensino de química. (Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Campinas).

Ribeiro, Djamila (2017). O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento.

Soares, Márlon H. F. B. (2015). Jogos e atividades lúdicas para o ensino de química. Goiânia: Kelps.

Tosi, Giuseppe (2004). Direitos humanos: história, teoria e prática. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB.

Downloads

Publicado

2023-05-11

Como Citar

Silva, K. F., Dalmo Varallo Lima de Oliveira , R. ., & Herbert Flora Barbosa Soares , M. . (2023). A Cultura Lúdica e Transgressora do Grafite em Direitos Humanos: Repensando a Democracia pela Arte no Ensino de Química. Revista Debates Em Ensino De Química, 9(1), 22–39. https://doi.org/10.53003/redequim.v9i1.4908

Edição

Seção

Debates em Direitos Humanos, Culturas e Justiça Social no Ensino de Química