Sala de Aula Invertida e Ensino sob Medida Aplicados Remotamente para o Ensino de Química: Ganho de Hake
DOI:
https://doi.org/10.53003/redequim.v9i4.5146Palavras-chave:
Sala de Aula Invertida, Ganho de Hake, Ensino de Química, COVID-19Resumo
A Sala de Aula Invertida (SAI), do inglês Flipped Classroom, e o Ensino sob Medida (EsM), Just-in-Time Teaching, despontam como metodologias ativas de ensino que enfatizam o uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) na aquisição do conhecimento, capazes de proporcionar uma aprendizagem ativa, personalizada e direcionada às necessidades individuais dos estudantes. O presente estudo analisou os impactos no processo de ensino e aprendizagem após aplicação da SAI associada ao EsM na disciplina de Química, trabalhando a temática Eletroquímica, adaptadas ao formato remoto, em duas escolas de ensino médio, durante a pandemia de COVID-19. Para tal, foram utilizadas videoaulas autorais disponibilizadas no YouTube, formulários de atividades on-line, aulas remotas síncronas e debates/discussões acerca dos conteúdos. O ganho de aprendizagem conceitual foi analisado pelo parâmetro Ganho de Hake, o qual considera as variações de acertos nos testes conceituais antes (Spré%) e após (Spós%) a metodologia adotada. Os resultados mostraram que após a aplicação da SAI/EsM houve um Ganho de Hake positivo: ‹g› = 0,41 (Escola-A) e ‹g› = 0,29 (Escola-B), mostrando ganho de aprendizado em relação ao conhecimento inicial dos estudantes. De um modo geral, a SAI/EsM promoveu um maior estímulo para a aprendizagem durante o ensino remoto, contribuindo para o desenvolvimento da autonomia e do protagonismo dos estudantes, além de oferecer um ensino mais flexível e personalizado.Downloads
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