A Experimentação Fotográfica como Vértice do Estudo de Química, Física e Arte
DOI:
https://doi.org/10.53003/redequim.v8i3.5433Palavras-chave:
Câmera pinhole, Interdisciplinaridade, Processo CriativoResumo
: A educação contemporânea traz como desafio proporcionar aos estudantes um olhar articulado entre os diversos campos do saber, visando à sua formação como cidadão e sua inserção no mundo do trabalho. Nessa perspectiva, este artigo utiliza a oficina como metodologia para integrar a química, a física e a arte, introduzindo no ensino e na aprendizagem o prazer da produção autoral e poética, atrelada aos primórdios da tecnologia fotográfica. O processo foi desenvolvido numa escola técnica com estudantes do ensino médio integrado e abrangeu as seguintes etapas: (a) explanação teórica geral; (b) montagem da câmara pinhole e explanação sobre formação da imagem e nitidez; (c) caracterização a partir do personagem escolhido pelo estudante e processo poético fotográfico; (d) processo de revelação; (e) exposição fotográfica e recepção dos visitantes. A realização das oficinas de fotografia possibilitou desvendar um tipo de aparelho e a própria técnica fotográfica, os fenômenos físicos da luz e o processo de oxidação/redução envolvidos tanto na película fotográfica quanto na sua revelação. A imersão dos participantes no processo despertou interesse nas poéticas fotográficas, ampliando o conhecimento crítico sobre as imagens e oportunizando o protagonismo criativo. A arte, no contexto da química e da física, evoca a criatividade e intensifica o desenvolvimento cognitivo, emocional e psicomotor, além de ampliar a compreensão do mundo pela descoberta de diferentes culturas, relacionando-se com as próprias condições pessoais e sociais dos alunos. A metodologia proposta, influenciada por essas questões, manteve-se aberta a interferências e sugestões, acreditando-se no crescimento orgânico e participativo do conhecimento.Downloads
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