COMUNIDADE QUILOMBOLA DE ATOLEIRO: HISTÓRIAS, ORALIDADES E AQUILOMBAMENTOS

Autores

Palavras-chave:

Oralidade, Aquilombamento, Resistência

Resumo

O presente artigo pretende discorrer sobre a importância da tradição oral da Comunidade Quilombola Atoleiro, localizada em Caetés-PE, por meio do estudo das suas histórias e oralidades. Destacaremos ao longo do texto, como essa cultura da oralidade pode ser entendida enquanto um movimento de aquilombamento, bem como o quanto a troca de experiências entre os anciões e juventude dessa comunidade pode contribuir para a perpetuação dos saberes ancestrais presentes na mesma. Para isso, ao longo do texto iremos debater três camadas/conceitos: a história da comunidade, as oralidades e o aquilombamento, como forma de resistência que se propaga na juventude através dos ensinamentos propiciados pela oralidade. Analisaremos ainda, como essas práticas são vivenciadas através de entrevistas que foram realizadas pela “Comissão da Juventude Quilombola de Atoleiro”, um grupo organizado pela própria comunidade que tem por intuito central resgatar e fortalecer a sua cultura. Contaremos então, a história desse Quilombo sob o ponto de vista dos seus moradores, para além disto, através da análise desta história buscaremos aqui, contribuir para existência de um olhar mais amplo acerca do que vem a “ser um quilombola”, a fim de exterminar a visão errônea desse quilombola apenas como o “negro fugido”.

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Biografia do Autor

Lucenildo Vicente, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Estudante de Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE) Garanhuns-PE, participa do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Educação Emancipadora (NIEPEE - 2021) e do Programa em Educação Tutorial (PET) Conexões de Saberes: Comunidade Populares e Quilombolas (2023). Foi participante do Programa institucional de Bolsa Iniciação à Docência PIBID/UFRPE- Núcleo de Pedagogia, desenvolvendo atividades na área de Alfabetização e Letramento e aperfeiçoamento a prática docente através da atuação na escola municipal inserida ao Programa (2020-2022), participou do Grupo de Estudos e Pesquisas Cátedra Paulo Freire: espaço de reinvenção do legado freiriano (2020), Grupo de estudos e pesquisas em Paulo Freire: rumo ao centenário do educador (2021), e do Projeto de Extensão Revistando o legado do educador Paulo Freire: estudos e pesquisas (2022), além do Grupo de Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação em Paulo Freire (GPEEIPF, 2022-2023 ) ambos pela Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

José Bezerra de Brito Neto, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

É professor e historiador da arte da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco - UFAPE. É doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. É líder do Grupo de Pesquisa CNPQ: Insurgências Decoloniais: Artes, histórias e trasnspedagogia. É membro da Associação Nacional de História (ANPUH - PE). É membro do Conselho Fiscal da Associação Brasileira de História Oral (ABHO), Biênio 2023- 2025. É autor do Livro: "Quem se Associa se Afia: a Profissionalização dos Artistas Plásticos de Pernambuco". Suas pesquisas concentram-se nas áreas de História da Arte de Pernambuco, acervos de artistas, coleções públicas e privadas, mercado de artes em Pernambuco, profissionalização de artistas plásticos, teorias decoloniais e ensino de história

Raquel Janira Da Silva, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Graduada em Pedagogia, pela Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação popular Quilombola é membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas Insurgências Decoloniais: Artes, Histórias e Transpedagogias.

Referências

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Publicado

2025-07-21

Como Citar

Vicente, L., de Brito Neto, J. B., & Da Silva, R. J. (2025). COMUNIDADE QUILOMBOLA DE ATOLEIRO: HISTÓRIAS, ORALIDADES E AQUILOMBAMENTOS. Educação E (Trans)formação, 1(1), 79–92. Recuperado de https://journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/article/view/7635

Edição

Seção

Artigos