Classe c
a (des)estabilização de sentidos do novo pobre brasileiro
Palabras clave:
classe C, fórmula discursiva, pobreResumen
Em nossa sociedade as diferenças de classes são marcadas pelas bases capitalistas de acúmulo de renda e exploração da mão de obra. Nesse cenário, o pobre se mostra desde o início dos tempos como força necessária tanto para que a economia seja impulsionada, e a engrenagem social funcione, quanto para que sejam inscritas e reafirmadas essas diferenças sociais por todas as camadas da sociedade. Neste trabalho, sob o viés da teoria das fórmulas discursivas de Krieg-Planque e de estudiosos brasileiros, lançamos um olhar à formação “Classe C”, vocábulos que juntos emanam sentidos diferenciados, contrastantes, polêmicos, de acordo com a circulação e com os posicionamentos em que são inseridos. Nosso corpus constitui-se de enunciados diversos coletados na dispersão de materialidades disponíveis na internet, datadas de 2001 até os dias atuais. Neste trabalho, foi possível evidenciar que a fórmula Classe C possui diferentes paráfrases como “Novo Pobre”, “Classe Média”, “Nova Classe Média”, e tantas outras que evidenciaram um material linguageiro relativamente estável, sequência identificável por Classe C, funcionando como lugar comum do debate, como significante partilhado, e o percurso teórico analítico nos possibilitou observarmos que a fórmula atendeu bem às características de cristalização, inscrição discursiva, referente social e polemicidade. Embora a discussão tenha sido breve, acreditamos que foi possível comprovar que essa construção complexa assumiu posição de fórmula discursiva nos diferentes gêneros explorados, representantes de diversos posicionamentos e campos discursivos emergentes em nossa sociedade.Descargas
Citas
BARONAS, R. L. e GIBIN, F. C. Das condições de emergência da Fórmula: Reforma ortográfica na Mídia. In: MOTA, Ana Raquel & SALGADO, Luciana (Org.). Fórmulas Discursivas. São Paulo: Contexto, 2011, p. 111-122.
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MOTTA, Ana Raquel; SALGADO, Luciana. Fórmulas discursivas. São Paulo: Contexto, 2011.
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