Classe c

a (des)estabilização de sentidos do novo pobre brasileiro

Autores/as

  • Raquel Tiemi Masuda Mareco Universidade Estadual de Maringá, UEM
  • André William Alves de Assis Universidade Estadual de Maringá, UEM

Palabras clave:

classe C, fórmula discursiva, pobre

Resumen

Em nossa sociedade as diferenças de classes são marcadas pelas bases capitalistas de acúmulo de renda e exploração da mão de obra. Nesse cenário, o pobre se mostra desde o início dos tempos como força necessária tanto para que a economia seja impulsionada, e a engrenagem social funcione, quanto para que sejam inscritas e reafirmadas essas diferenças sociais por todas as camadas da sociedade. Neste trabalho, sob o viés da teoria das fórmulas discursivas de Krieg-Planque e de estudiosos brasileiros, lançamos um olhar à formação “Classe C”, vocábulos que juntos emanam sentidos diferenciados, contrastantes, polêmicos, de acordo com a circulação e com os posicionamentos em que são inseridos. Nosso corpus constitui-se de enunciados diversos coletados na dispersão de materialidades disponíveis na internet, datadas de 2001 até os dias atuais. Neste trabalho, foi possível evidenciar que a fórmula Classe C possui diferentes paráfrases como “Novo Pobre”, “Classe Média”, “Nova Classe Média”, e tantas outras que evidenciaram um material linguageiro relativamente estável, sequência identificável por Classe C, funcionando como lugar comum do debate, como significante partilhado, e o percurso teórico analítico nos possibilitou observarmos que a fórmula atendeu bem às características de cristalização, inscrição discursiva, referente social e polemicidade. Embora a discussão tenha sido breve, acreditamos que foi possível comprovar que essa construção complexa assumiu posição de fórmula discursiva nos diferentes gêneros explorados, representantes de diversos posicionamentos e campos discursivos emergentes em nossa sociedade.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Raquel Tiemi Masuda Mareco, Universidade Estadual de Maringá, UEM

Mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).

André William Alves de Assis, Universidade Estadual de Maringá, UEM

Mestrando em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Citas

BARONAS, R. L. e GIBIN, F. C. Das condições de emergência da Fórmula: Reforma ortográfica na Mídia. In: MOTA, Ana Raquel & SALGADO, Luciana (Org.). Fórmulas Discursivas. São Paulo: Contexto, 2011, p. 111-122.

BENITES, S. A. L. Plebiscitos em revista: a sátira da fórmula. In: BARONAS, R. L.; MIOTELLO, V. Análise de discurso: teorizações e métodos. São Carlos: Pedro & João Editores, 2011, p. 251-263.

KRIEG-PLANQUE, A. A noção de fórmula em análise do discurso: quadro teórico e metodológico. Trad. Luciana Salazar Salgado & Sírio Possenti. São Paulo: Parábola, 2009.

MIQUELETTI, Fabiana. Breves notas sobre fórmulas e citação. In: MOTTA, Ana Raquel; SALGADO, Luciana. Fórmulas discursivas. São Paulo: Contexto, 2011. p. 69-83.

MOTTA, Ana Raquel; SALGADO, Luciana. Fórmulas discursivas. São Paulo: Contexto, 2011.

Publicado

2021-08-28

Cómo citar

Mareco, R. T. M. ., & Assis, A. W. A. de . (2021). Classe c: a (des)estabilização de sentidos do novo pobre brasileiro. Encontros De Vista, 9(1), 22–35. Recuperado a partir de https://journals.ufrpe.br/index.php/encontrosdevista/article/view/4455

Número

Sección

Artigos