O romance romântico e a pintura de paisagem
documentos do espaço
Palabras clave:
romantismo, pintura de paisagem, romance, gêneros literários, gêneros pictóricosResumen
Uma coincidência marca o cultivo das formas artísticas no Brasil em fins do século XIX. Por um lado, o romance substitui a historiografia e os tratados sociológicos, e, como assinala Candido (2007), desenvolve-se como instrumento de investigação do real, mapeando os espaços da cidade, do campo e da selva, revelando uma fome de conhecimento e de representatividade do real e, ao mesmo tempo, desafiando o escritor a encontrar a proporção áurea entre poeticidade e ciência. De outro, a pintura de paisagem, a qual, segundo Ana Maria Tavares Cavalcanti (2007), se já estava presente na primeira exposição geral da Academia, organizada por Debret em 1829, a partir da década de 1850 é exaltada pela Academia, que incentiva os jovens estudantes de pintura a explorar o gênero em detrimento da pintura de temática histórica ou mitológica ? empreitada que teve êxito e elevou a pintura de paisagem ao gênero de preferência do público e da crítica de arte. Sendo assim, para que se aprofunde o conhecimento dos pilares da sensibilidade artística brasileira do período ? tanto aquela que move pintores e romancistas como aquela que resulta no consumo dessas manifestações artísticas ?, parece fundamental compreender os gêneros pictóricos, as relações mantidas entre eles em sua historicidade e o processo especular mantido entre a poética ficcional do espaço na literatura e a pintura de paisagem.Descargas
Citas
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