Diálogos sobre violência e autofiguração na escrita literária de Patrick Chamoiseau
Palabras clave:
violência, ambiguidade, autofiguraçãoResumen
Com objetivo de expandir as discussões literárias acerca das teorias contemporâneas, o presente trabalho propõe um diálogo sobre a violência e a autofiguração na narrativa do romance Un dimanche aucachot, do escritor martiniquense Patrick Chamoiseau. Este ensaio reflete sobre as tensões que ecoam as brutalidades sofridas pelo território e pelo povo antilhano. Inserido no contexto contemporâneo, o romance traz a perlaboração dos traumas do presente através das memórias do passado, que serão desenvolvidas na narrativa das violências vividas por três gerações de mulheres que, durante o regime escravagista, foram aprisionadas e punidas no calabouço de uma velha habitação. Empenhado no debate sobre as problemáticas sociais contemporâneas, Chamoiseau transfere para seus livros determinado desejo de autofiguração, marcando sua aparição por meio de uma corruptela ou pelo uso do seu próprio nome, o que nos revela traços autobiográficos. A autofiguração de Chamoiseau no plano diegético das narrativas constitui-se, portanto, como um reposicionamento do escritor para ouvir as vozes das personagens que foram esquecidas por narrativas com maior respaldo histórico.Descargas
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