A RESISTÊNCIA EM A ILHA SOB O MAR: PRODUÇÃO DE POSSIBILIDADES NO CONTEXTO COLONIAL

Autores

Palavras-chave:

A ilha sob o mar, colonização, gênero, raça, resistência.

Resumo

Este trabalho propõe uma análise do romance A ilha sob o mar, de Isabel Allende (2019), com o objetivo de compreender as condições de existência das populações negras no cenário colonial das Américas. São levantadas três questões que são entrelaçadas pelo enredo: a resistência como prática afirmativa, a desumanização da mulher negra e a concepção da diferença racial. Glissant (2005) é uma das principais referências utilizadas para pensar a resistência como produção de possibilidade. A partir da observação das coalizões que aparecem no romance, é realizada uma análise das relações de gênero com foco na protagonista em sua condição de mulher negra e escravizada. As propostas de Lugones (2019) permitirá uma perspectiva crítica da especificidade dessa condição. A partir da representação do colonizador, são levantadas reflexões sobre os modos de operação do pensamento racista que procura racionalizar a diferença racial como desviança, conceito proposto por Deleuze e Guattari (2012). Como conclusão é observado o modo como o entrelaçamento dessas três temáticas permite a evidência de uma transformação intersubjetiva que ocorre como consequência da conquista da liberdade.

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Biografia do Autor

Isabella Giordano Bezerra, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco.

Departamento de Letras, Pós-graduação em teoria literária. Ênfase em teoria crítica feminista.

Referências

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Publicado

2020-12-29

Como Citar

Bezerra, I. G. (2020). A RESISTÊNCIA EM A ILHA SOB O MAR: PRODUÇÃO DE POSSIBILIDADES NO CONTEXTO COLONIAL. Entheoria: Cadernos De Letras E Humanas, 7(2), 16–33. Recuperado de https://journals.ufrpe.br/index.php/entheoria/article/view/3811