Pele clara, pele escura: os efeitos da colonização nos contos Princesa russa, de Mia Couto e O velho chefe Mshlanga, de Dóris Lessing
Palabras clave:
Colonização, Estudos Culturais, Identidade, Literatura.Resumen
Este artigo pretende refletir sobre a constituição da subjetividade tanto do negro quanto do branco durante a colonização tendo como base a análise da perspectiva identitária e de exílio em dois contos pós-coloniais. A perda da terra e o exílio em aldeias transformaram o espaço cultural do povo africano, que sem liberdade tornou-se escravo de seus senhores e de sua própria cor, um destino não escolhido, mas que os desqualifica como seres humanos. Neste caso, investigaremos a relação dos personagens Nádia, Fortin e Júri, em Princesa Russa, de Mia Couto, e de Patroinha, Mshlanga e Jordan em O velho chefe Mshlanga, de Dóris Lessing, observando se há a (des) construção da identidade deles durante este período e como ambos os contos apresentados mostram traços de resistência à escravidão por parte dos nativos africanos e, a representação do exílio e do nacionalismo tanto nas comunidades brancas quanto negras. Para tanto, será de grande uso como base teórica os estudos de autores como Edward W. Said, Stuart Hall e Homi Bhabha que procuram problematizar a questão da representação de identidade nas minorias. Com a análise aqui apresentada espera-se que o leitor possa compreender a importância da literatura pós-colonial para entendermos a visão do outro e seu reflexo, ainda na atualidade.Descargas
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