O DISCURSO CONSUMISTA E SUAS IMPLICAÇÕES EM AS COISAS (1965), DE GEORGES PEREC

Autores/as

  • CRISTIANE CARVALHO UFU

Palabras clave:

Discurso; Consumismo; Modernidade; Literatura.

Resumen

RESUMO: Este artigo propõe uma breve análise do discurso consumista na narrativa As coisas: uma história dos anos sessenta, escrita por Georges Perec em 1965. Busca-se verificar a formação de tal discurso, nos anos 60, o qual aparece consolidado na obra, bem como suas implicações na constituição das personagens como sujeitos. Para isso, será realizada uma investigação ancorada nas teorias da Análise do Discurso francesa, articulando teóricos como Michel Pêcheux (1969) e Michel Foucault (2019 [1969]), para que seja possível mobilizar os conceitos de discurso, enunciado, sujeito, história, língua, entre outros, para a reflexão exposta na narrativa. Dentro disso, considera-se relevante: i) descrever a constituição do discurso consumista; ii) analisar a obra sob a perspectiva desse mesmo discurso; iii) observar como no interior de uma formação discursiva de valorização do consumo inscreve-se a ilusão de que consumo é felicidade; iv) compreender como os dispositivos históricos possibilitaram a emergência desse discurso em meados do século XX; e v) constatar a importância dos meios de comunicação para a circulação do discurso consumista. Vale ainda ressaltar que este estudo pretende contribuir para a compreensão e conscientização de efeitos do sistema capitalista sobre os sujeitos, uma vez que acredita-se que o consumo interfere e influencia na constituição das subjetividades.    

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Publicado

2022-02-01

Cómo citar

CARVALHO, C. (2022). O DISCURSO CONSUMISTA E SUAS IMPLICAÇÕES EM AS COISAS (1965), DE GEORGES PEREC. Entheoria: Cadernos De Letras E Humanas, 8(2), 47–62. Recuperado a partir de https://journals.ufrpe.br/index.php/entheoria/article/view/4331