AS FORMAS DO SILÊNCIO EM RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL, DE RICARDO PIGLIA
Palavras-chave:
literatura argentina, ricardo piglia, testemunhoResumo
“Dá uma história? Se dá, começa há três anos. Em abril de 1976, quando é publicado meu primeiro livro, ele me manda uma carta” (PIGLIA, 2010, p. 10), escreve Emilio Renzi, o primeiro narrador do livro Respiração artificial, de Ricardo Piglia. Da carta, se ramifica uma história, o que nos permite afirmar que a resposta para o primeiro questionamento de Renzi é positiva. Este artigo almeja propor um estudo sobre a construção alegórica e figurativa do livro Respiração artificial. Para tanto, analisamos a correspondência entre as expressões dos sentidos no romance e os significados latentes e ocultos identificados ao curso da composição narrativa. Embasamos nossas proposições de análise nos escritos de Sarlo (2007) e Orlandi (2002) que tratam sobre as relações entre o silêncio e as possibilidades de sentido em contextos político-ideológicos de repressão. Cruzaremos os referidos estudos com os apontamentos de Agamben (2008) e Seligmann-Silva (1998, 2010) sobre as expressões testemunhais na intenção de melhor compreender a relação entre as construções de sentido e o (entre)lugar da literatura latino-americana, conforme analisado por Santiago (1982, 2019).Downloads
Referências
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