Paradigmas de reconstrução dos sistemas alimentares em um mundo pós COVID-19
Palavras-chave:
Uso do solo, Serviços ambientais, Agroecologia, Cidades sustentáveis, Educação não formalResumo
Este trabalho discute alguns tópicos ambientais pertinentes aos sistemas alimentares e reflete sobre os possíveis caminhos de reconstrução da produção e do consumo de alimentos no contexto de mudanças climáticas e pandemia mundial. Por meio de pesquisas bibliográficas de trabalhos relevantes publicados nos últimos sete anos, o objetivo é abordar a produção agroindustrial e do consumo alimentar, pontuar os vínculos entre a saúde, segurança, soberania alimentar e conservação ambiental. O artigo destaca a importância das certificações participativas como estratégia que facilitam o acesso à alimentos nutritivos e isentos de contaminantes, que busca preços justos, valorização e autonomia dos pequenos agricultores familiares. Estes circuitos curtos promovem a descentralização da cadeia produtiva ao construir relações de confiança entre produtor e consumidor e contestam o poder dos mercados convencionais, ao invés de competir com desigualdade. Além disso, valoriza a produção local, a preservação das sementes crioulas e a produção de alimentos saudáveis ao mesmo tempo em que conserva os recursos naturais. Para isso, é preciso que os atores reconheçam a importância de suas escolhas e ações, empoderem-se e busquem alternativas de rompimento com os padrões convencionais degradantes. Neste sentido, é fundamental o incentivo à pesquisas e tecnologia de acesso aberto, a criação de políticas de apoio às iniciativas voltadas à economia solidária e à educação alimentar e agroecológica, sensibilizando protagonistas que atuem criticamente no gerenciamento dos bens de uso comum.Downloads
Referências
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