Comportamento térmico de um protótipo de telhado verde: estudo de caso

Autores

Palavras-chave:

telhado verde, arquitetura bioclimática, sustentabilidade, conforto térmico

Resumo

Em meio a um crescente cenário de urbanização, a escassez de áreas verdes aliada aos materiais convencionais de construção que absorvem energia solar em excesso tornam preocupante a situação energética e climática hodierna. São conhecidos os diversos danos que o uso excessivo de energia e a devastação da cobertura vegetal trazem à qualidade de vida das pessoas, desde à escassez da energia à extinção das fontes não renováveis. Nesse contexto, a necessidade de gerar a inércia térmica de uma edificação para evitar o desconforto térmico em seu interior já é uma questão fundamental ao se considerar os problemas energéticos que podem ocorrer num futuro não muito distante. Dessa forma, se uma edificação tiver artifícios de arquitetura bioclimática, ela é capaz de assegurar o conforto térmico no interior do ambiente durante as horas de maiores temperaturas e incidências de radiações solares, controlando o excesso de calor. Diante disso, o telhado verde surge como uma alternativa construtiva benéfica para o ambiente local, minimizando os impactos ambientais e contribuindo com o conforto térmico dos usuários, isso pois ele funciona como um isolamento na cobertura das edificações, fator expressivo para verificar a eficiência energética pelo uso de cobertura vegetal extensiva (telhado verde) comparado ao uso de cobertura convencional, analisando também as variáveis construtivas do telhado verde e verificando seu desempenho e eficiência, questão a ser desenvolvida nesta pesquisa.

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Biografia do Autor

Giulia Padilha Fontanella Daleffe, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Paraná, Brasil

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2019) e MBA em Gestão Empresarial e Inovação pela PUC-PR (2021). Atualmente é Professora Substituta na UTFPR Campus Guarapuava, lecionando as disciplinas de Introdução à Engenharia Civil, Desenho de Projeto Arquitetônico, Instalações Prediais Hidrossanitárias,Tecnologia da Construção Civil 2 e Especificações e Orçamentos. Possui estudos nos seguintes temas: conforto térmico, sustentabilidade e arquitetura bioclimática.

Michael Collin Vargas, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Paraná, Brasil

Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2018). Tem experiência na área de Engenharia Civil em projetos Autorais Arquitetônicos, Estruturais, Elétricos e Hidráulicos. Planejamento, Gerenciamento e Orçamento de empresas e projetos executivos. Possuo ênfase em Eficiência Energética e Sistemas Energéticos. Mestre em Engenharia de Energia na Agricultura, área de Fontes Renováveis e Racionalização de Energia, pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2020). Atualmente cursando o Doutorado em Engenharia de Energia na Agricultura na área de Hidrogênio Verde.

Samuel Nelson Melegari de Souza, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Paraná, Brasil

Concluiu o Curso de Graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP-Campus de Guaratinguetá - SP, em 1991, o Curso de Mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU-DEM, em 1994, e o Curso de Doutorado em Planejamento de Sistemas Energéticos pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP-FEM, em 1998. Atua como Docente na Universidade Estadual do Oeste do Paraná-UNIOESTE, Centro de Ciência Exatas e Tecnológicas-CCET, desde 1999. Atualmente é Professor Associado C em Regime T.40 DE da UNIOESTE. Atuou como Professor permanente do Programa de Pós Graduação em Engenharia Agrícola PGEAGRI-UNIOESTE entre os anos de 2000 a 2006. Atua como professor permanente no Programa de Pós Graduação em Engenharia de Energia na Agricultura-PPGEA-UNIOESTE desde 2010, sendo um de seus idealizadores. Coordena o Programa de Pós Graduação em Engenharia de Energia Energia na Agricultura-PPGEA-UNIOESTE desde o ano de 2012. Atua também como Professor permanente no Programa de Pós Graduação em Engenharia e Tecnologia Ambiental-PPGETA-UNIOESTE/UFPR. Na graduação atua como docente dos Cursos de Engenharia Agrícola e Engenharia Civil da UNIOESTE. Vem coordenando, desde o ano 2000, vários projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na área de Energias Renováveis, financiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico (CNPq), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e Fundação Araucária (Paraná). Atua como Bolsista de Produtividade em Pesquisa Nível 1A do CNPq. Orientou mais de 30 dissertações de Mestrado.

Deonir Secco, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Paraná, Brasil

Possui Graduação em Agronomia (1989), Mestrado em Engenharia Agrícola (1993); Doutorado em Agronomia (2003) e Pós-Doutorado (2013), com ênfase em Física do Solo, pela Universidade Federal de Santa Maria. Trabalhou na Indústria de Máquinas Agrícolas Fuchs- IMASA, no departamento técnico (desenvolvimento de produtos) e comercial (divulgação) de 10/1989 a 12/1990. Foi professor na Universidade de Cruz Alta-UNICRUZ, no Curso de Agronomia no período de 03/1992 a 06/2002, onde lecionou as disciplinas máquinas e mecanização agrícola. Atualmente é professor associado da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Leciona na Graduação no Curso de Engenharia Agrícola (disciplinas: Gênese, Classificação e Física dos Solos e Manejo e Conservação do Solo). Atua como professor permanente no Programa de Pós Graduação em Engenharia de Energia na Agricultura-PPGEA-UNIOESTE desde 2010, sendo um de seus idealizadores e do qual foi Coordenador no período de 03/2010 - 02/2012 onde leciona a disciplina Física do Solo e Manejo e Conservação do Solo. Coordena o Laboratório de Física do Solo-LAFIS na Unioeste/Cascavel. Tem experiência na área de Agronomia atuando principalmente nos seguintes temas: gênese e degradação da estrutura do solo, monitoramento da qualidade física do solo em sistema plantio direto, aporte de carbono orgânico, cultivo de culturas energéticas visando a produção de biocombustíveis. Coordenou e coordena projetos de pesquisa financiados em órgãos de fomento (SETI-UGF; CNPq; FINEP; FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA; CAPES). É o líder do grupo de pesquisa: Manejo de solos para sustentabilidade de cultivos agrícolas-MSSCA (http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/767539).

Carlos Eduardo Camargo Nogueira, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Paraná, Brasil

Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina, graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa, especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Federal do Paraná, mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é Professor Associado da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica e Agrícola, atuando principalmente nos seguintes temas: otimização de sistemas energéticos, energização rural, sustentabilidade energética, auditoria energética e segurança do trabalho. É bolsista de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico do CNPq.

Waldir Mariano Machado Junior, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Paraná, Brasil

Possui graduação em Engenharia Industrial Mecânica pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2007), especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Unioeste (2010), mestrado (2015) e doutorado (2019), ambos, em Engenharia Mecânica e Materiais pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Atua como professor Adjunto na Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste. Tem experiência na área de Engenharia Mecânica, com ênfase em Elementos de Máquina, Materiais de Construção Mecânica e Resistência dos Materiais.

Referências

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Publicado

2025-04-26

Como Citar

Fontanella Daleffe, G. P., Vargas, M. C., Melegari de Souza, S. N., Secco, D., Camargo Nogueira, C. E., & Machado Junior, W. M. (2025). Comportamento térmico de um protótipo de telhado verde: estudo de caso. Revista Geama, 11(1), 4–11. Recuperado de https://journals.ufrpe.br/index.php/geama/article/view/7030

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ARTIGOS