O Processo Argumentativo como Elemento Problematizador na Produção de Materiais Didáticos por Licenciandos

Autores

Palavras-chave:

Argumentação, Produção de Material didático, Atividades investigativas

Resumo

O trabalho teve como objetivo investigar como o processo da argumentação é considerado na elaboração de materiais didáticos com atividades investigativas junto a um grupo de licenciandos do curso de Química inseridos em um Programa de Iniciação à Docência da UFS. O estudo estruturou-se metodologicamente através do desenvolvimento das atividades investigativas para a promoção do desenvolvimento argumentativo sendo adotada a Design Research, também conhecida como pesquisa de desenvolvimento através de um curso de formação mediada pela pesquisadora em questão, buscando tecer relações entre o que eles consideravam importante para a elaboração desse material através da discussão de textos, artigos e de suas experiências em geral, além do que seria introduzido com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento argumentativo e de que maneira se daria essa inserção. Os registros de áudios desses encontros foram transcritos, codificados e interpretados segundo a técnica de Análise de Conteúdo de Moraes analisando também quais momentos foram modificados e/ou inseridos comparando-os com a primeira versão do material. Entre os resultados alcançados, observou-se que os licenciandos consideravam importante a inserção de atividades investigativas experimentais, a promoção de interações e discussões entre os estudantes, bem como considerar o contexto durante a elaboração dessas atividades, além de enfatizarem que a elaboração de uma estratégia de ensino através da produção de um material didático atrelado ao seu desenvolvimento e construção pode permitir auxiliar no processo argumentativo dos estudantes e na formação docente, levando-os a refletir sobre a relevância do conhecimento teórico durante a construção de um método de ensino.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alícia Rodrigues dos Reis, Universidade Federal de Sergipe

.

Erivanildo Lopes da Silva, Universidade Federal de Sergipe

.

Referências

Borges, A.T. (2002) Novos Rumos para o Laboratório Escolar de Ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 19, n. 3, p. 291-313.

Capecchi, M. C. V. M.; Carvalho, A. M. P.; SILVA, D. (2002) “Relações entre o discurso do professor e a argumentação dos alunos em uma aula de física” Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, Vol.2, No 2.

Carvalho, A. M. P. (2011) Uma metodologia de pesquisa para estudar os processos de ensino e aprendizagem em salas de aula. In: SANTOS, F. M. T.; GRECA, I. M. A Pesquisa em Ensino de Ciências no Brasil e suas Metodologias. 2. Ed. – Ijuí-RS: Ed. Unijuí.

Carvalho, A. M. P. (2013) O ensino de ciências e a proposição de sequências de ensino investigativas. In: CARVALHO, A. M. P. (Org.) Ensino de Ciências por Investigação: Condições para implementação em sala de aula – São Paulo: Cengage Learning, p. 1-20.

Carvalho, A.M.P. (2017) (org.) Ensino de Ciências por Investigação: Condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, p.152.

Duschl, R. A., & Grandy, R. E. (Eds.) (2008). Teaching scientific inquiry: recommendations for research and implementation. Roterdam: Sense Publishers.

Ferraz, A. T.; Sasseron, L.H.; (2017) Propósitos epistêmicos para a promoção da argumentação em aulas investigativas. Investigações em Ensino de Ciências, v. 22, n. 1, p. 42-60.

Jimenéz-Aleixandre, M. P. (2010) Argumentar consiste em evaluarlos enunciados en base a pruebas. In: ______. 10 ideas clave. Competencias em argumentación y uso de pruebas. 1. Ed. Barcelona: Editorial Graó, Cap. 1, p. 17-30.

Kelly, G. J. (2008). Inquiry, Activity, and Epistemic Practice. In Duschl, R. A., & Grandy, R. E. (Orgs.), Teaching Scientific Inquiry. Recommendations for Research and Implementation. (pp. 99-117). Rotterdam,The Netherlands: Sense Publishers.

Kelly, G. J., & Licona, P. (2006) Epistemic practices and science education. In Matthews, M. (Org.). History, philosophy and science teaching: New research perspectives. Dordrecht: Springer.

Lidar, M., Lundqvist, E., & Östman, L.. Teaching and learning in the Science classroom: The interplay between teachers’ epistemological moves and students’ practical epistemology. Science Education, 90(1), 148-163. DOI: 10.1002/sce.20092

Maldaner, O. A. (2000) Formação Inicial e Continuada de Professores de Química: Professores/Pesquisador es. Ijuí, RS: UNIJU.

Oliveira, J. R. S. (2010) A perspectiva sócio histórica de Vygotsky e suas relações com a prática da experimentação no ensino de Química. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v. 3, n. 3, p. 25-45.

Plomp, T. (2018) Pesquisa-aplicação em educação: uma introdução. In: PLOMP, T., et al. (org.).Pesquisa-aplicação em educação: uma introdução. Tradução: Emanuel do Rosário Santos Nonato. 1ª ed. São Paulo: Artesanato Educacional, 2018. p. 25-66. Título original: Educational Design Research. Acesso em: http://www.abed.org.br/arquivos/PesquisaAplicacao.pdf.

Sasseron, L. H; Carvalho, A. M. P.(2013) Ações e indicadores da construção do argumento em aula de Ciências. Revista Ensaio, Belo Horizonte, v.15, n. 02, p. 169-189.

Silva, E. L. (2014) Contribuições da elaboração de sequências de ensino aprendizagem tratando das tendências interdisciplinaridade, cotidiano e história da ciência no âmbito da formação de professores da Universidade Federal de Sergipe. Tese (Doutorado) – Universidade Federal da Bahia / Universidade Estadual de Feira de Santana, Instituto de Física, Salvador..

Souza, S. E. (2007) O uso de recursos didáticos no ensino escolar. In: I Encontro De Pesquisa Em Educação, IV Jornada De Prática De Ensino, XIII Semana De Pedagogia Da UEM, Maringá.

Toledo, E. J. L.; Ferreira, L. H. (2016) A atividade investigativa na elaboração e análise de experimentos didáticos. Rev. Bras. Ens. Ciência e Tecnol., v. 9, n. 2, p.1-23.

Zanon, L. B. (2008) Tendências curriculares no ensino de ciências/química: um olhar para a contextualização e a interdisciplinaridade como princípios da formação escolar. In: ROSA, M. I. P; ROSSI, A. V. (Orgs). Educação Química no Brasil:memórias, políticas e tendências. Campinas, São Paulo: Átomo.

Zion, M., & Mendelovici, R. (2012) Moving from structured to open inquiry: Challenges and limits, Science Education International, 23 (4), 383-399.

Downloads

Publicado

2024-12-23

Como Citar

Rodrigues dos Reis, A., & Lopes da Silva, E. (2024). O Processo Argumentativo como Elemento Problematizador na Produção de Materiais Didáticos por Licenciandos. Mandacaru: Revista De Ensino De Ciências E Matemática, 4(1), 28–48. Recuperado de https://journals.ufrpe.br/index.php/mandacaru/article/view/6554

Edição

v. 4 n. 1 (2024): .

Seção

Didática das ciências e da matemática

Licença

Copyright (c) 2024 Mandacaru: Revista de Ensino de Ciências e Matemática

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

De acordo com os termos seguintes:

  • Atribuição — Você deve atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença, e indicar se foram feitas alterações. Você pode fazê-lo de qualquer forma razoável, mas não de uma forma que sugira que o licenciante o apoia ou aprova o seu uso.

  • NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.

  • CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições ao abrigo da mesma licença que o original.

  • Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.