Reabilitação de tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta Linnaeus, 1758) após traumatismo craniano

Autores

  • Amy Borges Moreira Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental, Areia Branca-RN. Projeto Cetáceos da Costa Branca, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró-RN, Brasil. Programa de Pós-Graduação em Ciências Naturais, Faculdade de Ciências Exatas e Naturais, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Mossoró-RN, Brasil. http://orcid.org/0000-0003-2809-9017
  • Fernanda Löffler Niemeyer Attademo Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental, Areia Branca-RN. Projeto Cetáceos da Costa Branca, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró-RN, Brasil http://orcid.org/0000-0003-2640-6714
  • Radan Elvis Matias Oliveira Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental, Areia Branca-RN. Projeto Cetáceos da Costa Branca, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró-RN. Laboratório de Morfofisiologia Animal Aplicada (LABMORFA), Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal (PPGCA), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró-RN, Brasil. Laboratório de Morfofisiologia Animal Aplicada (LABMORFA), Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal (PPGCA), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró-RN, Brasil http://orcid.org/0000-0002-0370-4447
  • Lucas Inácio Santos Melo Projeto Cetáceos da Costa Branca, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró-RN, Brasil. Laboratório de Morfofisiologia Animal Aplicada (LABMORFA), Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal (PPGCA), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró-RN, Brasil http://orcid.org/0000-0002-8696-5932
  • Marcus Arthur Marques Dantas Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental, Areia Branca-RN. Projeto Cetáceos da Costa Branca, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró-RN, Brasil http://orcid.org/0000-0002-9580-7071
  • Augusto Carlos da Bôaviagem Freire Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental, Areia Branca-RN. Projeto Cetáceos da Costa Branca, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró-RN, Brasil http://orcid.org/0000-0003-1705-2096
  • Juliana Maia de Lorena Pires Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental, Areia Branca-RN. Projeto Cetáceos da Costa Branca, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró-RN, Brasil http://orcid.org/0000-0002-1419-581X
  • Heloisa Cristina Morais e Sá Leitão Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental, Areia Branca-RN. Projeto Cetáceos da Costa Branca, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró-RN, Brasil http://orcid.org/0000-0002-8279-2042
  • Iara Cecília da Costa Morais Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental, Areia Branca-RN. Projeto Cetáceos da Costa Branca, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró-RN, Brasil http://orcid.org/0000-0002-9171-9621
  • Flávio José de Lima Silva Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental, Areia Branca-RN. Projeto Cetáceos da Costa Branca, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró-RN. Programa de Pós-Graduação em Ciências Naturais, Faculdade de Ciências Exatas e Naturais, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Mossoró-RN. Laboratório de Morfofisiologia Animal Aplicada (LABMORFA), Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal (PPGCA), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró-RN. Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente Associação Plena em Rede (PRODEMA), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal-RN, Brasil http://orcid.org/0000-0002-6521-9367

DOI:

https://doi.org/10.26605/medvet-v15n4-3571

Palavras-chave:

Exame radiográfico, déficit neurológico, tratamento tópico, traumatismo

Resumo

Traumas cranianos em tartarugas marinhas geralmente estão relacionados à ação antrópica por colisão com embarcações motorizadas. Em sua maioria, estes eventos são fatais, e quando não, várias sequelas podem permanecer. Desta forma, objetivou-se relatar um caso de uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) com politraumatismos craniano. O espécime foi resgatado encalhado no dia 17 de novembro de 2018, na praia de Retirinho, município de Aracati, Ceará, Brasil. O animal foi encontrado ativo e responsivo, com bom escore corpóreo e elevado grau de desidratação. Na inspeção, verificou-se uma lesão traumática na cabeça, que atingiu as placas frontoparietal, parietais e temporais esquerda e supraocular esquerda, com exposição de tecido mole adjacente. No ramo mandibular esquerdo, presença de lesão perfuro-incisa, e na cavidade oral, anzol de pesca aderido à musculatura da sínfise mandibular direita. No exame neurológico, observou-se excitação e hipersensibilidade ao toque, resposta ao teste de ameaça no olho direito, mas apresentou reflexo reduzido no olho esquerdo. Os quatro membros responderam satisfatoriamente ao teste de retirada, não manifestando movimentos incoordenados. O animal recebeu suporte terapêutico com administração de antibióticos, analgésicos, anti-inflamatórios, polivitamínicos, fluidoterapia e tratamento tópico. Após 291 dias de iniciado o processo de reabilitação, o animal foi reintroduzido em ambiente natural. Conclui-se que o protocolo terapêutico utilizado na reabilitação deste espécime de tartaruga-cabeçuda foi eficiente, principalmente no que diz respeito à terapia tópica. Além disso, a partir dos exames radiográficos foi possível visualizar a evolução do processo cicatricial das fraturas ósseas, auxiliando assim na tomada de decisão em liberar o animal à natureza.

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Publicado

30-12-2021

Como Citar

Moreira, A. B., Attademo, F. L. N., Oliveira, R. E. M., Melo, L. I. S., Dantas, M. A. M., Freire, A. C. da B., Pires, J. M. de L., Sá Leitão, H. C. M. e, Morais, I. C. da C., & Silva, F. J. de L. (2021). Reabilitação de tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta Linnaeus, 1758) após traumatismo craniano. Medicina Veterinária, 15(4), 303–311. https://doi.org/10.26605/medvet-v15n4-3571

Edição

v. 15 n. 4 (2021): Medicina Veterinária (UFRPE)

Seção

Animais Selvagens

Licença

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