Avaliação ultrassonográfica ocular em modo – B de cães com catarata
DOI:
https://doi.org/10.26605/medvet-v18n3-6487Palavras-chave:
Cristalino, degeneração vítrea, facectomia, ultrassomResumo
A catarata é uma das principais afecções que causam cegueira nos cães. Devido à opacidade do cristalino, ocorre a dificuldade ou mesmo a não visualização de estruturas presentes na câmara vítrea, degenerações e hemorragias. Com isso, a ultrassonografia ocular torna-se uma ferramenta importante para essa avaliação das estruturas oculares. Objetivou-se com esse trabalho realizar a ultrassonografia ocular em cães de diversas raças, idades e graus de desenvolvimento da catarata com o intuito de avaliar a presença da degeneração vítrea (DV), condições do cristalino, localização da opacidade, posicionamento da retina, suas relações e outras alterações que prejudiquem o pós-cirúrgico ou impeçam a realização da facectomia. Um total de 31 animais participaram do estudo, no qual 57 olhos foram examinados. A raça predominante foi a Poodle, com 45,16% (14/31) dos cães avaliados. A idade variou de 2 a 16 anos, 48,4% (15/31) eram machos e 51,6% (16/31) fêmeas. Quanto à DV, 19,29% (11/57) dos bulbos oculares apresentavam grau zero; o mesmo quantitativo foi encontrado nos graus 1 e 2 com 35,8% (20/57) cada e, no grau 3, 10,52% (6/57). Em 12,56% (7/57) havia hialose e em 3,5% (2/57) descolamento parcial da retina. Após a análise dos dados não foi possível observar uma correlação entre a catarata e a DV, bem como o grau de DV e a idade dos animais.Downloads
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