Avaliação de Parâmetros Fisiológicos e Andrológicos de Caprinos Jovens da Raça Boer
Abstract
Este trabalho teve o objetivo de determinar a puberdade e o quadro espermático à puberdade de machos (n = 22) da raça Boer, determinando as relações da concentração de testosterona com peso corporal, perímetro escrotal dos 30 aos 300 dias de vida e as relações entre motilidade espermática vs turbilhonamento espermático, vigor espermático, defeitos maiores e defeitos menores dos espermatozóides nas estações seca e chuvosa. Na estação seca esses parâmetros variaram de 3,7±1,1 a 34,0 ± 4,7 (peso corporal) de 7,9 ± 0,8 a 25,7 ± 2,0 (perímetro escrotal) e de 259,4 ± 172,3 a 4613,4 ± 2892 pc/mL (testosterona). A concentração espermática variou de 1,0 ± 0,6 x 109/mL a 2,1 ± 0,7 x 109/mL, a motilidade individual progressiva de 35,4% a 64,1%, o turbilhonamento de 1,7 ± 1,6 a 3,1 ± 1,1, vigor de 2,0 ± 1,6 a 3,0 ± 1,5, defeitos maiores de 16,9% a 4,2% e defeitos menores de 17,5% a 3,2%. Na estação chuvosa oscilou de 9,7 ± 2,3 a 28,1 ± 6,9 (peso corporal) de 9,5 ± 1,5 a 22,0 ± 3,0 (perímetro escrotal) e de 521,9 ± 311,3 a 3417,9 ± 2021,77 pc/mL (testosterona). A concentração espermática variou de 0,90 ± 1,5 x 109/mL a 2,7 ± 1,6 x 109/mL, a motilidade individual progressiva de 16,0% a 62,0%, o turbilhonamento de 0,3 ± 0,9 a 2,6 ± 1,7, vigor de 1,1 ± 0,9 a 2,8 ± 1,8, defeitos maiores de 3% a 18,3% e defeitos menores de 3,4% a 16,1%. Foi registrada correlação positiva entre a concentração de testosterona e peso corporal (r = 0,30; r = 0,43), testosterona e perímetro escrotal (r = 0,42; r = 0,52) e entre peso corporal e perímetro escrotal (r = 0,93; r = 0,88), respectivamente, nas estações seca e chuvosa. Também foi registrada correlação positiva entre motilidade espermática vs turbilhonamento espermático (r = 0,93; r = 0,93), motilidade espermática vs vigor espermático (r = 0,94; r = 0,92), bem como correlação negativa entre motilidade individual progressiva vs defeitos maiores dos espermatozóides (r = -0,28; r = -0,25) e entre motilidade individual progressiva e defeitos menores dos espermatozóides (r = -0,21; r = -0,30), respectivamente, nas estações chuvosa e seca. Aos três meses de idade, 70,0% dos animais nascidos na estação chuvosa apresentaram desbridamento do pênis, fato que somente ocorreu no quinto mês de vida em 67,6% dos animais nascidos na estação seca. Aos quatro e sete meses, respectivamente, o desbridamento ocorreu em todos os animais nascidos nas duas estações. Os resultados permitem concluir que a estação seca retarda o desencadeamento da puberdade, que a concentração plasmática de testosterona está diretamente relacionada com a puberdade e que o peso corporal, perímetro escrotal e desbridamento do pênis, podem ser indicadores importantes do início da puberdade, certificada com base num conjunto de parâmetros andrológicos obtidos no macho caprino jovem da raça Boer.Downloads
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