Evolução de Padrões Argumentativos Acerca de Modelos Atômicos: Uma Proposta Investigativa para o Ensino Fundamental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53003/redequim.v7i3.3887

Palavras-chave:

Argumentação, Histórias em Quadrinhos, Ensino Investigativo

Resumo

No presente artigo, buscamos pesquisar a utilização de uma proposta educacional investigativa, focando no uso de Histórias em Quadrinhos (HQ) em aulas de Química, analisando a compreensão discente de aspectos ligados a modelos atômicos nos anos finais do Ensino Fundamental, em um contexto escolar brasileiro. A HQ utilizada foi criada pelos próprios autores da pesquisa, procurando características que se adequassem ao planejamento das aulas e intervenções pedagógicas, bem como ao caráter lúdico deste recurso didático. Os dados obtidos, em um viés qualitativo de investigação, foram construídos por meio da observação das aulas e de materiais produzidos pelos estudantes e foram analisados à luz de referenciais relacionados com a produção argumentativa, utilizados em caráter de complementaridade no tocante às justificações e hipóteses levantadas pelos alunos. Em particular, pela estudante que representava nosso estudo de caso, e que permitiram evidenciar elementos de uma evolução argumentativa e conceitual relacionados com a proposta investigativa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leonardo André Testoni, UNIFESP

Departamento de Ciências Exatas e da Terra

Solange Wagner Locatelli, Universidade Federal do ABC

Centro de Ciências Naturais e Humanas

Referências

Al-Balushi, Sulaiman M. (2013). The effect of different textual narrations on students’ explanations at the submicroscopic level in chemistry. Eurasia Journal of Mathematics, Science and Technology Education, 9 (1), 3-10.

André, Marli. E.D.A. (2013a). Etnografia da prática escolar. Papirus editora.

André, Marli. E.D.A. (2013b). Estudo de caso: seu potencial na educação. Cadernos de pesquisa, 49, 51-54.

Barboza, Laís D. (2011). Concepções Alternativas dos Alunos do Ensino Médio Público de Diamantina relacionada a Átomo, Natureza do Ar e Estados Físicos. UFVJM.

Bogdan, Robert, & Biklen, Sari (2008). Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto Editora.

Boyle, Elisabeth A., Connoly, Thomas, M., Hainey, Thomas, & Boyle, James, M. (2012). Engagement in digital entertainment games: A systematic review. Computers in Human Behavior, 771-780, 2012.

Bricker, Leah A., & Bell, Philip. (2008). Conceptualizations of argumentation from science studies and the learning sciences and their implications for the practices of science education. Science Education, 92 (3), 473-498.

Camargo, Susan C., & Rivelini-Silva, Angélica C. (2017). Histórias em quadrinhos no ensino de ciências: um olhar sobre o que foi produzido nos últimos doze anos no ENEQ e ENPEC. ACTIO Docência em Ciências, 2 (3), 133-150.

Capecchi, Maria C.V., & Carvalho, Anna M.P. (2016). Argumentação em uma aula de conhecimento físico com crianças na faixa de oito a dez anos. Investigações em Ensino de Ciências, 5 (3), 171-189.

Carmo, Alex (2009). Construindo a linguagem gráfica em uma aula experimental de física. Ciência e Educação, 15 (1).

Carvalho, Anna M.P. (2018). Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Ensino por Investigação. Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências, 18(3), 765-794.

Carvalho, Anna M.P. (2009). Enculturação Científica: uma meta do ensino de ciências. In: atas do XIV Endipe.

Carvalho, Anna M.P. (2000). As Pesquisas em Ensino de Ciências e suas Influências na Formação Docente. São Paulo: FEUSP.

Chinn, Clark, & Malhotra, Betina (2002). Epistemologically authentic inquiry in schools: theoretical framework for evaluating inquiry tasks. Science Education, 86 (2), 175-218.

Cohen, Louis, Manion, Lawrence, & Morrison, Keith (2007). Research methods in education. Routledge.

Jiménez-Aleixandre, María P. (2007). Capítulo 15. El papel de la justificación y la argumentación en la construcción de conocimientos científicos en el aula. In: Cambio conceptual y representacional en el aprendizaje y la enseñanza de la ciência, 253-264.

Jiménez-Aleixandre, María P., & Díaz de Bustamante, Joaquin (2003). Discurso de aula y argumentación en la clase de ciências: cuestiones teóricas y metodológicas. Enseñanza de las Ciencias, Barcelona, 21 (3), 359-370.

Lawson, Anton (2004). T. rex, the Crater of Doom, and the Nature of Science Discovery. Science & Education, 13, 155-177.

Lemke, Jay (1997). Aprender a hablar ciencia: lenguaje, aprendizaje y valores.

Locatelli, Rogério J., & Carvalho, Anna M.P. (2007). Uma análise do raciocínio utilizado pelos alunos ao resolverem os problemas propostos nas atividades de conhecimento físico. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 7 (3).

Locatelli, Solange W., & Arroio, Agnaldo (2017). Dificuldades na transição entre os níveis simbólico e submicro-repensar o macro pode auxiliar a compreender reações químicas? Enseñanza de las ciencias, Extra, 4239-4244.

National Research Council (2000). Center for Science, Mathematics, Engineering and Education. Inquiry and the National Science Education Standards: a guide for teaching and learning. Washington: National Academy Press.

Nascimento, Silvania, & Vieira, Rodrigo (2008). Contribuições e limites do padrão de argumento de Toulmin aplicado em situações argumentativas de sala de aula de ciências. Revista brasileira de pesquisa em Educação em Ciências, 8 (2).

Papageorgiou, George, Markos, Angelos, & Zarkadis, Nikolaos (2016). Understanding the Atom and Relevant Misconceptions: Students' Profiles in Relation to Three Cognitive Variables. Science Education International, 27 (4), 464-488.

Pizarro, Mariana V. (2009). As histórias em quadrinhos e sua relação com o ensino de Ciências: aproximações e reflexos nas dez últimas edições do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC). XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências,11.

Pontecorvo, Clotilde, & Girardet, Hilda (1993). Arguing and reasoning in understanding historical topics. Cognition and instruction, 11 (3-4), 365-395.

Quella-Guyot, Didier (1994). A História em Quadrinhos. São Paulo: Unimarco Editora.

Ramos, Eugenio (1990). Brinquedos e Jogos no Ensino de Física. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Física da Universidade de São Paulo, São Paulo.

Sasseron, Lúcia H., & Carvalho, Anna M.P. (2007). Alfabetização Científica desde as primeiras séries do ensino fundamental – em busca de indicadores para a viabilidade da proposta. Atas Eletrônicas do XVII SNEF, São Luiz, 1-10.

Sasseron, Lúcia H., & Carvalho, Anna. M.P. (2011). Uma análise de referenciais teóricos sobre a estrutura do argumento para estudos de argumentação no ensino de ciências. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (Belo Horizonte), 13, 243-262.

Souza, Eder, Testoni, Leonardo, A., Brockington, G., & Souza, Paulo H. (2015). A perícia criminal vai à escola: uma proposta de utilização de elementos de física forense no ensino de ciências. In: Anais de congresso X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências–X ENPEC, Águas de Lindóia, SP–24 a.

Tonidandel, Sandra M. (2013). Superando obstáculos no ensino e na aprendizagem da evolução biológica. O desenvolvimento da argumentação dos alunos como evidências da seleção natural numa sequência didática baseada em investigação. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação Universidade de São Paulo, São Paulo.

Testoni, Leonardo A. (2010). As histórias em Quadrinhos nos livros de física: uma proposta de categorização. XII EPEF, 2010.

Testoni, Leonardo A., & Abib, Maria L.V.S. (2014). Caminhos Criativos na Formação Inicial do Professor de Física. Paco Editorial.

Toulmin, Stephen (2006). Os Usos do Argumento. São Paulo: Martins Fontes.

Villani, Carlos E.P., & Nascimento, Silvânia S. (2003). Os dados empíricos e a produção de significados no laboratório didático de física.

Downloads

Publicado

2021-12-30

Como Citar

Testoni, L. A., Locatelli, S. W., Viana, H. B., & Costa, A. A. de A. (2021). Evolução de Padrões Argumentativos Acerca de Modelos Atômicos: Uma Proposta Investigativa para o Ensino Fundamental . Revista Debates Em Ensino De Química, 7(3), 58–73. https://doi.org/10.53003/redequim.v7i3.3887

Edição

Seção

Debates em Ensino e Aprendizagem da Química

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)