Ecotoxicidade do corante Vermelho Direto 09 utilizando Eisenia fetida (Savigny in Cuvier, 1826) e Lactuca sativa L. como indicadores biológicos
DOI:
https://doi.org/10.24221/jeap.9.3.2024.5910.196-204Palavras-chave:
Bioensaios vegetais, ecotoxicologia, poluição aquática, poluição do soloResumo
O setor industrial em constante evolução tem causado poluição crescente em cursos d'água e solo. A produção de corantes contribui com esse problema, pois cerca de 15% das substâncias utilizadas na indústria são descartadas diretamente no meio ambiente. Devido às poucas informações sobre os impactos ambientais dos corantes, o estudo objetivou avaliar o potencial tóxico do corante Vermelho Direto 09 sobre minhocas (Eisenia fetida) e sobre a germinação e o desenvolvimento inicial da alface (Lactuca sativa). Foram avaliadas quatro concentrações do corante (1, 2, 4 e 8 mg mL-1), além do controle (água destilada). Os testes de toxicidade seguiram as normas da OECD 207 para a E. fetida e da ISO 18763 para a L. sativa, ambos com adaptações. Pelos resultados verificou-se que nas minhocas, a exposição ao corante causou 20% de mortalidade na concentração de 8 mg mL-1, enquanto concentrações menores causaram alterações, como perda de coloração e extravasamento de sangue e fluido celômico. Na alface, a concentração de 8 mg mL-1 reduziu em 73,16% a porcentagem de germinação e nas concentrações de 4 e 8 mg mL-1 afetou o índice de velocidade de germinação. O comprimento da parte aérea e da raiz das plântulas foi afetado por todas as concentrações do corante avaliadas, sendo que a concentração efetiva média (EC50) para a raiz foi de 1,75 mg mL-1. Conclui-se que o corante Vermelho Direto 09 é tóxico aos organismos vivos testados, evidenciando a necessidade de controle no descarte dessa substância no ambiente.Downloads
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