Ollantay, a tragédia dos Andes
O encontro dramático entre dois mundos
Palavras-chave:
literatura autóctone, teatro inca, literatura hispano-americana, mestiçagemResumo
O presente trabalho visa analisar a obra dramática Ollantay a partir das três hipóteses levantadas para sua autoria anônima: a hipótese incaísta ou autoctonista, a hipótese hispanista e a hipótese intermediária, identificando a coexistência de métodos e características incas e a influência espanhola, sobre a construção do texto enquanto drama e sobre as próprias personagens. Tais análises permitirão que se sistematizem essas literaturas, a literatura autóctone e a literatura hispano-americana colonial, considerando a importância de uma memória histórica e literária da América hispânica. Para isso, a metodologia adotada para a elaboração desse trabalho foi essencialmente de pesquisa documental e bibliográfica, atentando para algumas questões como a invenção da América e suas consequências (O’Gorman); mestiçagem das produções culturais na América Latina e compreensão do que é ser mestiço(Gruzinski; Ortiz; Cornejo Polar); a organização da literatura e, ainda mais especificamente, do teatro inca (Baudot; Inca Garcilaso de la Veja; Cáceres Romero); a literatura hispano-americana colonial (Luciani); uma análise geral do corpus (Bendezú) e uma mais especifica, tomando como base estudos relacionados as três hipóteses supracitadas (Lara; Macchi; Lienhard; Villagra; Del Estal; Macarrini). Dessa maneira, pretende-se recuperar o que poderia ser considerado uma literatura quéchua e o que poderia ser considerado uma literatura criolla, compreendendo que a conjugação dos métodos e costumes espanhóis aos métodos e costumes indígenas deu origem a um novo fazer literário, que podemos chamar literatura criolla ou literatura americana.Downloads
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